sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mentir, conspirar, trair

O PT nem inventou a corrupção nem a inaugurou no Brasil. Mas só o partido ousou, entre nós, transformá-la numa categoria de pensamento e numa teoria do poder. E isso faz a diferença. O partido é caudatário do relativismo moral da esquerda. Na democracia, sua divisa pode ser assim sintetizada: "Aos amigos tudo, menos a lei; aos inimigos, nada, nem a lei". Para ter futuro, é preciso ter memória.
Eliana Tranchesi foi presa em 2005 e em 2009. Em 2008, foi a vez de Celso Pitta, surpreendido em casa, de pijama. Daniel Dantas, no mesmo ano, foi exibido de algemas. Nos três casos, e houve uma penca, equipes de TV acompanhavam os agentes federais. A parceria violava direitos dos acusados. Quem se importava? Lula batia no peito: "Nunca antes na história deste país se prendeu tanto". Era a PF em ritmo de "Os Ricos Também Choram".
Ainda que condenados em última instância, e não eram, o espetáculo teria sido ilegal. Ai de quem ousasse apontar, como fez este escriba (os arquivos existem), o circo fascistoide! Tornava-se alvo da fúria dos "espadachins da reputação alheia", era acusado de defensor de endinheirados. Procurem um só intelectual petista --como se isso existisse...-- que tenha escrito uma linha contra os exageros do "Estado repressor". Ao contrário! Fez-se, por exemplo, um quiproquó dos diabos contra a correta 11ª Súmula Vinculante do STF, que disciplinou o uso de algemas. "A direita quer algemar só os pobres!", urravam.
Até que chegou a hora de a trinca de criminosos do PT pagar a pena na Papuda. Aí tudo mudou. O gozo persecutório cedeu à retórica humanista e condoreira. Acusam a truculência de Joaquim Barbosa e a espetacularização das prisões, mas não citam, porque não há, uma só lei que tenha sido violada. Cadê o código, o artigo, o parágrafo, o inciso, a alínea? Não vem nada.
Essa mentalidade tem história. Num texto intitulado "A moral deles e a nossa", Trotsky explica por que os bolcheviques podem, e devem!, cometer crimes, inaceitáveis apenas para seus inimigos. Ele imagina um "moralista" a lhe indagar se, na luta contra os capitalistas, todos os meios são admissíveis, inclusive "a mentira, a conspiração, a traição e o assassinato".
E responde: "Admissíveis e obrigatórios são todos os meios, e só eles, que unam o proletariado revolucionário, que encham seu coração com uma inegociável hostilidade à opressão, que lhe ensinem a desprezar a moral oficial e seus democráticos arautos, que lhe deem consciência de sua missão e aumentem sua coragem e sua abnegação. Donde se conclui que nem todos os meios são admissíveis".
O texto é de 1938. Dois anos depois, um agente de Stalin infiltrado em seu séquito meteu-lhe uma picaretada no crânio. Sinistra e ironicamente, a exemplo de Robespierre, ele havia escrito a justificativa (a)moral da própria morte. Vejam ali. Conspirar, mentir, trair, matar... Vale tudo para "combater a opressão". Só não é aceitável a infidelidade à causa. Pois é...
José Dirceu quer trabalhar. O "consultor de empresas privadas" não precisa de dinheiro. Precisa é de um hotel. Poderia fazer uma camiseta: "Não é pelos R$ 20 mil!". Paulo de Abreu, que lhe ofereceu o, vá lá, emprego, ganhou, nesta semana, o direito de transferir de Francisco Morato para a avenida Paulista antena da sua Top TV, informou Júlia Borba nesta Folha. O governo tomou a decisão contra parecer técnico da Anatel, com quem Abreu tem um contencioso razoável. Dizer o quê? Lembrando adágio famoso, os petistas não aprenderam nada nem esqueceram nada.
Aos amigos, tudo, menos a lei. Aos inimigos, José Eduardo Cardozo e Cade. É a moral deles.


twitter.com/reinaldoazevedo
reinaldo azevedo Reinaldo Azevedo, jornalista, é colunista da Folha e autor de um blog na revista "Veja". Escreveu, entre outros livros, "Contra o Consenso" (ed. Barracuda), "O País dos Petralhas" (ed. Record) e "Máximas de um País Mínimo" (ed. Record). Escreve às sextas-feiras.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Retratos do Brasil na prisão dos mensaleiros

 
O escândalo do mensalão gera desdobramentos extraordinários desde a entrevista do então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) à Folha de S.Paulo, em 2005, na qual ele denunciou o esquema de compra literal de apoio político e parlamentar ao governo Lula.

Beneficiário daquela obra de engenharia financeira da baixa política projetada em altos escalões do primeiro governo petista, Jefferson viria a ser um dos condenados no processo que inicialmente arrolou 40 mensaleiros, um fato inédito na mais que centenária história da República brasileira.
E o ineditismo não parou por aí. Como nunca houve um banco de réus VIPs tão amplo, a história da Justiça nacional não aconselhava qualquer otimismo quanto a condenações. Pois aconteceu o oposto.
Apesar de todas as possibilidades de recursos protelatórios permitidos pela legislação — à disposição de alguns dos melhores e mais bem remunerados advogados do país —, ilustres terminaram condenados à prisão, outro fato pouco visto na vida pública. E neste sentido importa menos se o regime da pena é ou não de cárcere fechado do que o veredicto que pune poderosos, importante por si.
Expedidos, durante o feriadão da semana passada, os primeiros 12 mandados de prisão de mensaleiros condenados por corrupção, o processo do mensalão passou a gerar excentricidades. Como o primeiro escalão petista apanhado neste primeiro arrastão judicial se autodeclarar “prisioneiro político”.
Não passa de reação risível, sob encomenda para militantes sectários, o ex-ministro José Dirceu, o deputado e ex-presidente do PT José Genoino e o tesoureiro petista Delúbio Soares se considerarem “presos políticos” devido à sentença de um Supremo Tribunal Federal composto, em sua maioria, por ministros indicados pelos governos companheiros de Lula e Dilma Rousseff, e num processo que transcorre há seis anos, com o exercício de amplos direitos de defesa.
Neste caso, Marcos Valério também seria um perseguido do regime? Bizarro.
A reação dos petistas, coreografada por gestos de punhos cerrados como revolucionários de gibi, da primeira metade do século XX, denuncia uma faceta de uma certa esquerda brasileira ─ a de viver do passado. Já inaceitáveis privilégios com que os prisioneiros petistas têm sido tratados na Papuda, em Brasília, denunciam outra faceta: a do Brasil arcaico, aristocrático até a medula, do “você sabe com quem está falando?”.
Deste Brasil, Dirceu, Genoino e Delúbio também fazem parte. Eles são “mais iguais” que os prisioneiros comuns — entre eles, cardíacos, com certeza — cujo sistema de visita é espartano, em contraste com o regime de portas constantemente abertas que tem valido para as personalidades petistas condenadas.
O velho Brasil das elites — ironicamente tão enxovalhadas por facções do PT — está expresso em cores fortes nos acontecimentos em torno das primeiras prisões de mensaleiros.
 
Publicado no Globo

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Instagram disponível para Nokia Lumia


Aplicativo oficial da rede social de fotos está disponível para download na Windows Phone Store a partir de hoje.
 
Sabe aquele aplicativo que todo mundo esperava, todo mundo queria e todo mundo perguntava? Pois então, o Instagram, a rede social de fotos mais querida por todos – com mais de 150 milhões de usuários – acaba de chegar oficialmente ao Windows Phone!
Com o novo app, você pode exibir para seus amigos as incríveis fotos que a câmera do seu Nokia Lumia faz. Temos certeza que a tag #nofilter, uma das mais famosas na rede social quando a foto é publicada sem filtros, vai ser muito usada entre os usuários da Nokia, afinal, nossas fotos sempre são as mais legais, né?
Com o novo Instagram Beta, você só precisa criar um perfil (se já não tiver um) para compartilhar as fotos na rede social e divulgá-la em seu Twitter, Facebook, Tumblr e Foursquare. A partir daí, você pode selecionar qualquer foto da galeria e colocar um pouco de “arte”, aplicando filtros como Rise, Lo-fi, Earlybird, Sutro, 1977 e outros, além de poder acrescentar moldura, claridade e desfoque. Você também pode utilizar o aplicativo para ver e comentar as fotos dos seus amigos que também usam a rede social.
Uma novidade para quem gosta de ser diferente, só no Windows Phone você pode contar com o recurso do Live Tile na tela inicial que traz as últimas atualizações sem você nem precisar abrir o aplicativo.
Ansioso para usar? O Instagram está disponível na Windows Phone Store e é compatível com todos os aparelhos Nokia Lumia com Windows Phone 8.




domingo, 24 de novembro de 2013

Confirmado: Land Rover terá a sua fábrica no Rio de Janeiro

 
 
Agora é oficial. A Land Rover terá a sua fábrica no Rio de Janeiro. Será em Itatiaia , na divisa com Minas Gerais e pertinho de São Paulo. O anúncio será feito pelo governador Sérgio Cabral dia 3 de dezembro. Será segunda fábrica da Jaguar Land Rover fora da Inglaterra. O investimento será entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Por que não negociar com os EUA?

FOLHA DE S. PAULO
Sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Por MARCOS TROYJO
Por que não negociar com os EUA?
É falta de visão não buscar formas preferenciais de ingressar em um mercado de US$ 16 trilhões
Aturdida com crescente isolamento e erosão da competitividade, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) propõe negociações para um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos.
Asfixiada pelo custo Brasil, cerceada pelo imobilismo e pequena escala do Mercosul, a indústria quer acesso privilegiado ao principal mercado comprador do mundo. Os EUA importam US$ 2,8 trilhões por ano. Só 1% disso vem do Brasil.
Historicamente avessa a acordos dessa natureza, a indústria parece conscientizar-se de que os riscos de pactos comerciais com EUA e Europa podem ser comparativamente pequenos. Pior é alicerçar parcerias econômicas em afinidades ideológicas de ocasião e num romântico latino-americanismo. Ou iludir-se com desfechos milagrosos nas rodadas da OMC.
Nosso Ministério do Desenvolvimento logo tratou de jogar água fria. Informou não prever conversações com os EUA. O Brasil estaria focado na concretização de um acordo Mercosul-União Europeia.
O desdém faz lembrar comentário de graduado integrante do Planalto em março último.
Questionado sobre a posição do país ante o mega-acordo comercial entre EUA e UE, a vigorar em 2015, o palaciano afirmou: "O Brasil acompanha as tratativas sem a afobação de um subordinado".
Melhor no entanto termos pressa. E claro que negociar com a Europa também é bem-vindo --embora o Brasil tenha esperado anos até usar o seu peso relativo no Mercosul para retomar a conversa com Bruxelas.
Tanto Mercosul como UE demandam, contudo, processo de consulta a dezenas de países-membros. Alguns, como Argentina e França, carregam conhecido histórico de manobras protelatórias.
E a negociação agrícola, área sensível -- e indispensável -- de um acordo entre esses dois blocos, não apresenta hoje menos entraves do que há dez anos.
Por que então não começar igualmente uma negociação com os EUA? Não fazê-lo só pode representar falta de gente, vontade ou visão.
Entre os milhões de funcionários do Estado no Brasil, não conseguiríamos destacar contingente para tratar com os EUA?
Nos últimos dez anos, o Brasil relegou seus interesses comerciais nos EUA a segundo plano. Enquanto China e outros emergentes exponenciaram vendas, nosso comércio com os EUA teve crescimento pífio.
Em 1985, vendíamos US$ 7 bilhões por ano. Os chineses, US$ 3,5 bilhões. Em 2013, os EUA terão comprado cerca de US$ 30 bilhões do Brasil. Já a China fechará o ano com exportações aos EUA de mais de US$ 400 bilhões.
O escândalo da espionagem é exemplo de grossas e condenáveis barbeiragens dos EUA contra o Brasil e outros parceiros tradicionais. E hoje as relações entre Brasília e Washington estão estressadas.
Não buscar, porém, formas preferenciais de ingresso num mercado de US$ 16 trilhões é falta de visão. Por mais distantes dos EUA em termos de simpatias ideológicas, os chineses sabem pragmaticamente separá-las de seus interesses nacionais. Deveríamos fazer o mesmo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Taxi em Juiz de Fora: Educação & Boas Maneiras

Acho importante e fundamental a atual discussão sobre a segurança dos taxistas de Juiz de Fora, mas o serviço na cidade também precisa melhorar muito. Quem pega um táxi em Juiz de Fora, depende da sorte para encontrar um taxista bem educado. Sem falar de outras coisas irritantes, como o rádio alto que nos obriga a ouvir de jogo de futebol a programas religiosos . Alguns reduzem o volume a pedidos, mas isso nem sempre acontece. Se a distância é curta, o cara vai resmungando o caminho todo. Parece que está fazendo um favor e não prestando um serviço. Outra coisa desagradável é quando o carro está sujo e com mal cheiro. De uma forma em geral, percebo que os taxistas estão mais irritados, reclamam de tudo: da vida, do trânsito... E há dias que não estou com tanta paciência para ouvir. E para coroar essa bagunça, falta táxi em alguns destinos.

Um novo aliado para o governador Eduardo Campos



O governador de Pernambuco, Eduardo Campos segue seduzindo o PIB brasileiro. O banqueiro André Esteves dono do banco BTG Pactual é mais um que começa a demonstrar simpatia pelo governador de Pernambuco e virtual candidato à Presidência da República.

Imaginem só

Imaginem só um deputado condenado em regime semi-aberto fazendo diariamente o roteiro Papuda-Câmara-Papuda. Isso vai desmoralizar (ainda mais) a Câmara dos Deputados  

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Vai. Vive. Goste. Ame.

Novas amizades sinceras. Não superamos nada sozinhos. Mas toda superação vem acompanhada de uma renovação de relacionamentos. Amigos novos e sinceros. Alguns dos antigos, mas renascidos. Nada pode ser mais importante do que o olhar e a escolha de com quem decidimos encarar a jornada dessa nova vida, na superação. Com quem você “vai” , “vive” e “gosta” é o milagre. Ame.

Vai. Vive. Goste. Ame.

Geociclo recebe injeção de R$ 70 milhões de 2 fundos



A Geociclo, empresa de fertilizantes criada pelo empresário Olavo Monteiro de Carvalho, acaba de receber um aporte de R$ 70 milhões de dois fundos de private equity com foco em projetos de sustentabilidade: Performa Key, uma associação da Performance com a Key Associados, e Mantiq Investimentos, ligado ao Santander. Os recursos são do BNDES e de investidores institucionais e serão usados nos projetos de expansão da empresa.
A primeira fábrica, em Uberlândia (MG), terá a produção ampliada de 40 mil toneladas para 140 mil toneladas já no primeiro semestre de 2014. Uma segunda unidade, com capacidade para 100 mil toneladas, será inaugurada ainda este ano em Goianésia (GO).
A companhia planeja ainda uma terceira planta, provavelmente no Estado de São Paulo, e negocia com grandes empresas do setor agroindustrial a construção de unidades exclusivas para dar destinação a rejeitos orgânicos que são usados na fabricação de seu único produto - um fertilizante organomineral em pelotas que conjuga material orgânico, nitrogênio, fósforo e potássio (o tradicional NPK).
"Com mais duas fábricas, teremos a maior produção de fertilizante organomineral do mundo. O grande salto dessa etapa do projeto é dar escala à produção", resume o presidente da Geociclo, Ernani K. Judice, que espera alcançar um faturamento de R$ 350 milhões apenas com a inauguração da segunda fábrica.
De acordo com Judice, mesmo com o aumento da produção, a participação de mercado da Geociclo ainda será muito pequena em relação à demanda do mercado brasileiro de fertilizantes. Ele destaca, porém, que o interesse dos fundos chancela as soluções embutidas na proposta da empresa. "É um modelo sustentável e inovador, que vai ao encontro das demandas do agronegócio brasileiro", resume.
É o caso dos projetos que estão sendo negociados com grandes grupos para a produção em ciclo combinado - a empresa recebe rejeitos de cana-de-açúcar, de granjas etc, processa, adiciona NPK e revende as pelotas de fertilizante. "O investimento em tecnologia que fizemos corresponde à necessidade de muitas indústrias de dar destino a seus rejeitos orgânicos. Além disso, melhora a aplicação de fertilizantes, diminuindo os gastos e aumentando a produtividade", afirma, citando grupos como Raízen, Bunge e Brookfield entre os possíveis parceiros da Geociclo.
Do montante de R$ 70 milhões, o próprio Monteiro de Carvalho aportou R$ 10 milhões. Com os R$ 50 milhões investidos desde a criação da empresa, o empresário garantiu uma participação de 40% na companhia. As conversas com os investidores, porém, já deixaram encaminhadas as próximas etapas da reestruturação: uma possível oferta pública de ações (IPO) da empresa. "Fiquei impressionado com a mentalidade de investimento desses fundos. O horizonte fica entre três anos", conta Monteiro de Carvalho.
A preocupação com a saída do investimento deve-se ao prazo de desinvestimento dos fundos. U, deles tem prazo de sete anos e já existe há três anos. Mas Monteiro de Carvalho considera o IPO uma boa alternativa para o crescimento da empresa. "Inclusive porque eles pagaram muito barato", brinca, apostando no potencial do negócio que desenvolve há mais de cinco anos e que emprega 120 pessoas, a maior parte dedicada a pesquisa e desenvolvimento.
Na avaliação de Monteiro de Carvalho, a Geociclo é essencialmente uma empresa de pesquisa e inovação. Não à toa, a companhia se credenciou em quatro oportunidades para receber recursos da Finep, em 2008, 2009, 2010 e 2012. O último aporte aprovado chegou a R$ 36 milhões, dos quais R$ 12 milhões já foram liberados. "Ao todo, a Finep colocou cerca de R$ 20 milhões na empresa", resume Judice.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

‘O monarca não é uma pessoa política’, diz rei da Suécia

    • Em visita ao Brasil na semana passada, Carl Gustav XVI, revelou que tenta exercer uma monarquia moderna
    • Seu papel, segundo ele, é abrir as portas de acadêmicos de seu país ao mundo, mantendo-se distante do sistema político 
      RIO — “Vocês celebrarão um feriado amanhã, não é?”, perguntou Carl Gustaf XVI, rei da Suécia há 40 anos, durante visita ao Rio na última quinta-feira. Ao saber que o dia seguinte marcava o aniversário da Proclamação da República, disse: “Está vendo, vocês decidiram isso!”, concluindo uma conversa na qual procurou mostrar-se como um homem aberto a mudanças ao comentar, em um país que foi império e virou república, a permanência de monarquias nos dias de hoje.
      Muito distante dos poderes dos absolutistas de eras passadas e consciente das limitações políticas de um rei em seu país, Carl Gustaf XVI sabe que um monarca precisa manter-se relevante para seus súditos de outros modos. No caso desta passagem pelo Brasil, usou o peso de seu nome e seu cargo para abrir portas para uma delegação de executivos e acadêmicos da Suécia, à frente da Missão Real de Tecnologia. A iniciativa itinerante existe desde 1984, e este ano o Brasil foi o país escolhido. “Esta não é uma visita para vendas”, ressaltou o rei, marcando uma precavida distância do que julga estar fora de sua alçada.

      O GLOBO: O incentivo da monarquia à tecnologia é uma forma de modernizar uma instituição tão antiga?

      Carl Gustav XVI: Bom, para mim, é sempre uma possibilidade de aprendizado. Viajamos com executivos de diferentes indústrias, acadêmicos. Todos aprendem muito, cada um tem trajetórias completamente diferentes. Costumamos dizer que é uma universidade itinerante. Mas, claro, é muito importante para os integrantes dessa delegação que eles passem a se conhecer. É sobre fazer networking, também.

      Então fazer contatos seria um aspecto importante da tarefa de um monarca hoje em dia.

      Carl Gustav XVI: Mas é basicamente isso. Esta é apenas uma das viagens que eu faço. Às vezes em alguns países, não é o caso do Brasil, há uma certa dificuldade em entender o meu papel como membro e patrono da academia.
      Para muitos em países republicanos, o papel do monarca não é muito claro. Para o senhor, qual o papel das monarquias hoje?

      Carl Gustav XVI: É exatamente o que tento explicar. O monarca na Suécia é uma pessoa no sentido mais objetivo, não é uma pessoa política. É alguém que paira à parte do sistema político. Eu não atuo para vender produtos de empresas, mas abro espaço para conversas, reuniões.
      Não é uma visita de vendas. Também não é política?

      Carl Gustav XVI: Não. De forma alguma. Já vim ao Brasil em visitas oficiais para reunir-me com o presidente Lula, por exemplo, mas não anuncio publicamente nenhuma posição política. É claro, no âmbito privado, é possível discutir assuntos de interesse de ambas as partes, sem problemas.

      O senhor é rei há 40 anos. Como vê a evolução da monarquia sueca pelas próximas quatro décadas?

      Carl Gustav XVI: Talvez eu deva mudar a perspectiva desta pergunta. Eu tenho um lema (o lema de seu reinado): “Com os tempos.” Sempre tento acompanhar o desenvolvimento da sociedade. As mudanças têm acontecido de forma devagar. Você precisa sentir o que o público quer de uma monarquia moderna, e isso é algo que deve ser captado no ar, a vontade de mudança. Haverá, claro, na próxima geração, diferenças. Minha filha (Victoria) vai assumir o trono, não se sabe quando - a decisão não é minha. Acho que devemos sempre trabalhar dentro de nossas capacidades e nossas crenças.

      FONTE: Jornal O GLOBO
      Bernardo Barbosa
      Publicado: 18/11/13

      domingo, 17 de novembro de 2013

      Uma nação offline: Coreia do Norte


       
      Impressionante a foto publicada em setembro de 2012 no site especial do programa da Nasa.Vista do espaço, a Coreia do Norte se torna um fantasma mergulhado na escuridão, onde é possível apenas vislumbrar um pequeno foco de luz vindo da capital, Pyongyang, centro do regime. Em contraste, a Coreia do Sul aparece plenamente iluminada. Só na capital falta energia três vezes por semana, por muitas horas. Dá para imaginar ficar sem energia num inverno de 20 graus negativos? O país não tem acesso à internet. A Coreia do Norte tem sua versão da rede, mas restrita a funcionários do governo e estudantes destacados. Até o início do ano era proibido entrar com celulares no pais e turistas deixavam seus aparelhos no aeroporto. Sem o poder econômico chinês para censurar a rede, o país censura aparelhos que possibilitam a conexão. Mas nem pense em fazer ligações para fora do país: a rede telefônica não permite nem mesmo que os funcionários da Air Koryo, empresa aérea controlada pelo governo, possam fazer ligações internacionais nem quando é o caso de contatar as sucursais da empresa em países vizinhos como China e Rússia. A comunicação internacional, em casos como este, é resolvida através de uma tecnologia que, no Ocidente, já morreu e só falta ser enterrada — o fax. Certamente esperamos o dia em que esse governo cairá e todos esses coreanos desfrutem do mundo real sem terem que ser obrigados a colocarem retratos de seus líderes nos prédios.  Coreia do Norte: única dinastia comunista da história, o país mais desconectado da internet — da realidade — e do mundo.

      quinta-feira, 14 de novembro de 2013

      Rei da Suécia chega ao Rio de Janeiro para conhecer tecnologia





      O rei Carlos XVI Gustavo, da Suécia, chegou ontem ao Rio de Janeiro, onde fica até amanhã, sexta-feira. Ele não vem em visita oficial do governo, mas como membro da Missão de Tecnologia da Academia Sueca de Ciências de Engenharia, entidade da qual é patrono. O objetivo da visita é conhecer as soluções tecnológicas e inovadoras que estão sendo adotadas por empresas brasileiras.
      Participam da comitiva 38 suecos, entre executivos de grandes empresas e acadêmicos da Chalmers University of Technology, onde o rei foi aluno na Suécia. Amanhã, o rei e sua comitiva almoçam na Firjan com empresários fluminenses. Depois do almoço, o grupo segue para o Maracanã. A programação inclui ainda visitas a Petrobras e ao Museu Histórico Nacional. Há mais de 200 empresas suecas instaladas no país, como Volvo, Tetra Pak, Electrolux, Sony Ericsson e Scania.
      Nos últimos dez anos, o intercâmbio comercial entre Brasil e Suécia cresceu 162%, saltando de US$ 938 milhões em 2003 para US$ 2,5 bilhões em 2012. No período, as exportações brasileiras para o país aumentaram 62%, alcançando US$ 480 milhões no ano passado. As importações cresceram 209%, atingindo US$ 1,9 bilhão em 2012. No mesmo período, a relação comercial do Rio com a Suécia cresceu 31%: pulou de US$ 45,4 milhões em 2003 para US$ 59,4 milhões em 2012. As exportações do estado do Rio para o país aumentaram 128%, somando US$ 8,6 milhões em 2012. As importações cresceram 22%, atingindo US$ 50,7 milhões no ano passado. 
      Hoje o rei e a comitiva real estiveram visitando o Campus de Laboratórios do Inmetro, em Xerém, Caxias. Com o presidente do Inmetro, João Jornada, o rei descerrou uma placa comemorativa registrando sua visita (foto). A placa ficará exibida no campus. O rei e sua comitiva visitaram os laboratórios de Metrologia de Materiais, que cuida de pesquisas em nanometrologia, área de muito interesse da Suécia. O presidente do Inmetro, João Jornada, presenteou o rei Carlos XVI Gustavo com o monograma real gravado em silício, com dimensões nanométricas, visíveis em microscópio. "Estou lhe presenteando com a nanotecnologia, um novo mundo", disse Jornada.
      Durante o encontro promovido pelo Inmetro, os principais temas abordados foram Tecnologia, Inovação e Competitividade, junto a representantes da Academia Real de Engenharia da Suécia, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Firjan, da Academia Brasileira de Ciências (ABC), entre outros.

      quarta-feira, 13 de novembro de 2013

      Preparação de Juiz de Fora para receber eventos impressiona organizadores e promotores de São Paulo

       
       
      A estrutura e a preparação de Juiz de Fora para receber eventos e negócios surpreenderam organizadores, promotores de eventos e empresários de São Paulo no encontro “Juiz de Fora: Uma Nova Oportunidade Para Seus Negócios e Eventos”. O evento, realizado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e pelo Sebrae nesta terça-feira, 12, no Espaço Minas Gerais, na capital paulista, teve a presença do prefeito Bruno Siqueira, do secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Geração de Emprego e Renda, André Zuchi, e do secretário de Comunicação Social, Michael Guedes.

      O prefeito, os secretários e os integrantes da Rede de Turismo de Negócios e Eventos de Juiz de Fora receberam os convidados com o típico café da manhã mineiro, uma alusão à receptividade e hospitalidade do povo juiz-forano. Bruno Siqueira deu boas-vindas aos presentes e destacou a importância do encontro para o município. “Estamos aqui para apresentar o potencial da nossa cidade e mostrar que estamos preparados para receber eventos que, normalmente, são realizados em grandes metrópoles. A Prefeitura entende a importância desta oportunidade de apresentar Juiz de Fora a esse mercado. Esperamos, em breve, recebê-los”, destacou o prefeito.

      Abrindo o evento, o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Eventos (Abeoc), Rodrigo Cordeiro, diretor da Acqua Consultoria, falou do importante momento vivido pela cidade de Minas. “Juiz de Fora vive um momento próspero para o setor de eventos, apresentando-se ao mercado de São Paulo como destino de excelência. A presença do prefeito e de seu secretariado mostra o engajamento da cidade e a importância dada ao setor”, disse.

      O gerente regional do Sebrae Minas, João Roberto Marques Lobo, ressaltou os motivos pelos quais Juiz de Fora é considerada destino de excelência no segmento. “Hoje os profissionais do trade de Juiz de Fora são competentes e não deixam a desejar para os grandes centros. Esse é um dos motivos que colocam a cidade na rota das melhores para receber turismo de eventos e negócios”, argumentou.

      O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Geração de Emprego e Renda, André Zuchi, apresentou os dados econômicos e a infraestrutura local. Michael Guedes, secretário de Comunicação Social, falou do perfil do município “que faz de Juiz de Fora uma das melhores cidades do Brasil para receber eventos”. Entre os pontos de destaque, Michael abordou o pioneirismo da cidade, a inovação, aglomeração e qualidade de vida. “Ao mesmo tempo em que aproveitamos a proximidade dos grandes centros, vivemos o distanciamento dos problemas comuns nestes”, declarou.

      Os dados surpreenderam os promotores de evento presentes, como destacou o presidente da Abeoc de São Paulo, Osvaldo Barbosa: “Estou impressionado com os equipamentos e a preparação de Juiz de Fora para receber eventos. Impressionado com a grandeza da cidade.” Entre os números expostos aos presentes, estão os apresentados pela promotora de eventos Simone Fernandes, que revelaram a diferença de 35% nos gastos para a realização de um evento em São Paulo e em Juiz de Fora.

      O encontro também contou com o depoimento de Flávia Rocha, organizadora do concurso “Comida di Buteco”, referência em Juiz de Fora. “Em 25 anos de trajetória é a primeira vez que vejo uma cidade apresentar ao mercado de São Paulo. Em três anos do evento Comida di Buteco em Juiz de Fora, é a cidade com o maior retorno sobre investimento para o concurso”, revelou.

      Ao final do evento, os presentes receberam como brindes cervejas artesanais produzidas na cidade, distribuídas pelo Circuito Turístico Caminho Novo. “Juiz de Fora teve a primeira cerveja artesanal de Minas Gerais. O produto tem tudo a ver com o nosso público: depois dos negócios, os visitantes querem conhecer nossa gastronomia e a cerveja artesanal agrega nesse sentido”, disse a presidente do Circuito, Danielle Feyo.

      Para a organizadora de eventos Renata Souza, da empresa Soma, de São Paulo, Juiz de Fora está preparada. “Achei o evento muito interessante, com informações que eu não tinha. Os valores são atrativos. Não conhecia Juiz de Fora”, salientou.

      Bela Ischia investe R$400 mil

       
      Com fábrica em Astolfo Dutra, na Zona da Mata mineira, a Bela Ischia coloca neste mês no mercado dois novos sabores de sucos tropicais – graviola e acerola. A empresa investiu cerca de R$400 mil no lançamento dos dois sucos prontos. De acordo com a diretora Renata Tilli, a Bela Ischia – líder no mercado de venda de sucos prontos concentrados em MG, RJ e ES – deve fechar o ano com crescimento de 30% ante o ano passado.
       
      4 milhões de litros de suco por mês são produzidos
      8 milhões de litros de suco por mês é a capacidade


      segunda-feira, 11 de novembro de 2013

      Mario Garnero convidado por Primeiro-Ministro israelense para falar em conferência sobre biocombustíveis


      Mario Garnero, fundador e presidente do Brasilinvest, primeiro merchant bank brasileiro, é um dos principais personagens por trás do lançamento da produção em massa do etanol no Brasil e foi convidado pelo Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu para ser um palestrante na conferência Bloomberg Fuel Choices, que será realizadaem Tel Aviv nos dias 12 e 13 de novembro. Israel vem liderando as pesquisas em biocombustíveis e energia limpa desde que estabeleceu o objetivo mais ambicioso do mundo: modificar seu sistema de transporte de modo que 60% do seu consumo de combustível provenham de novas tecnologias até 2025.
      Garnero, que ainda hoje é chamado de “pai do etanol”, falará no primeiro painel do evento – “Estabelecendo uma agenda para Israel e para o mundo” – juntando-se a Robert McFarlane, presidente do Instituto para Análise de Segurança Global e co-fundador do Conselho de Segurança em Energia dos Estados Unidos; Professor Eugene Kandell, diretor da Comissão Nacional de Economial de Israel; e Bill Richardson, ex-Governador do Novo México. “Espero que a experiência brasileira com etanol estimule e inspire outros países a começar uma produção em massa de biocombustíveis. É produtivo, é possível e, atualmente, é uma necessidade para um futuro melhor”, disse Garnero.

      Sem falsas ilusões

      A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) preparam uma iniciativa conjunta para todo o país. A ideia é  prestar esclarecimentos para o mercado sobre os riscos das atividades de petróleo no Brasil. Um dos objetivos é mostrar que a indústria pode ter mais erros do que acertos. Ou seja, é mais comum do que se imagina não achar petróleo após a perfuração de poços.Um exemplo interessante vem da Bacia de Campos, que responde por mais de 80% da produção nacional de petróleo. Lá, a cada seis poços perfurados, apenas um é declarado comercial. A nova campanha será anunciada até janeiro de 2014.

      domingo, 10 de novembro de 2013

      Juiz de Fora entre as 20 melhores cidades

       
      Orgulhoso em ler agora na Revista EXAME que Juiz de Fora é a 14º no ranking das 20 melhores cidades para morar depois da aposentadoria. A reportagem mostra que o aumento radical da expectativa de vida mudará a cara do mundo nas próximas décadas - e isso deverá se transformar em imensas oportunidades para as economias e para as empresas.
       
       

      sexta-feira, 8 de novembro de 2013

      Guerra Santa: Valdemiro vai à Justiça e quer R$ 200 milhões de indenização



      A Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, decidiu entrar na Justiça contra o Grupo Bandeirantes de Televisão, proprietário do Canal 21, por causa da rescisão unilateral de um contrato de compra e venda com a emissora, segundo seus advogados. O Canal 21 transmitia, até a meia-noite de quinta-feira, a programação religiosa da igreja, durante 23 horas ao dia. A Mundial quer R$ 200 milhões de indenização.

      A igreja de Valdemiro - uma dissidência da Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo - pagava R$ 8,5 milhões ao mês ao grupo Band. Mas atrasou pagamentos e a dívida chegou a R$ 21 milhões. A Universal, concorrente direta, entrou no negócio, pagou mais e desbancou o apóstolo Valdemiro. A programação religiosa deveria continuar a ser veiculada até a conclusão de uma auditoria.


      Quinta-feira, a empresa WS Music, de propriedade de Valdemiro - que oficialmente detém o contrato de compra e venda com a Rede 21 -, notificou a Band, por meio de seus advogados, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e Miguel Pereira Neto, sobre a quebra contratual do negócio envolvendo as duas empresas. Há cerca de 10 dias, a emissora havia informado oficialmente a Mundial sobre a "inadimplência" contratual.
      Kakay, contratado por Valdemiro, é conhecido como "o advogado de todas as causas". Defende o cantor Roberto Carlos e já atuou em casos polêmicos em favor de famosos como Duda Mendonça (no mensalão), Marconi Perillo, Demóstenes Torres e Carlos Cachoeira.

      A Band justifica a rescisão do contrato com a inadimplência, mas a WS contesta e aponta "além de vários outros itens contratuais ilegais constatados como, por exemplo, a existência de um terceiro sócio na Rede 21 (TV Cidade)", a falta "de prestação de contas sobre despesas administrativas". Os advogados disseram que a rescisão do contrato "deve-se a interesses financeiros e comerciais, envolvendo outra empresa que estaria interessada no canal".
      Em nota, a A WS diz que ingressará com medida judicial contra "as condutas arbitrárias" do Grupo Band, "dentre as quais a interrupção abrupta da programação da TV Mundial, bem como cobrará todos os danos experimentados em razão das atitudes praticadas". A assessoria do grupo Bandeirantes informou que não comenta esse assunto. Procurado, o vice-presidente da Band, Paulo Saad, não foi encontrado.

      Juiz de Fora: uma nova oportunidade para seus negócios e eventos


      Na próxima terça-feira, 12, acontece em São Paulo (SP) o encontro ‘Juiz de Fora: uma nova oportunidade para seus negócios e eventos’, realizado pela Prefeitura de Juiz de Fora, Sebrae-MG e com o apoio da Companhia Mineira de Promoções (Prominas) e da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc).
      Aberto a empresários e realizadores de eventos de todo o país, o encontro busca parcerias e negócios para o nosso município.

      No páreo para receber a fábrica da Land Rover

       

      Minas Gerais ainda está no páreo para receber a fábrica da montadora inglesa dos veículos de luxo off-road Land Rover. A unidade no Brasil deve ser bem maior do que o projeto inicial, e pode atender até mesmo o mercado norte-americano.

      quinta-feira, 7 de novembro de 2013

      100 milhões de reais para empresas de TI em Minas


      Em 2014, vai chover um pouquinho mais na horta das empresas de TI instaladas em Minas Gerais. O BDMG deverá liberar cerca de R$ 100 milhões, 20% a mais do que a cifra prevista para este ano.

      quarta-feira, 6 de novembro de 2013

      Nova data do nascimento de Jesus

      O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está caprichando: depois de criar o vice-ministério da Suprema Felicidade (por que é "vice-ministério" e não "ministério"?), decidiu mudar por decreto a data tradicional do nascimento de Jesus. Na Venezuela, o Natal passou a ser comemorado no dia 1º de Novembro. "Queremos a felicidade para todo o povo, a paz", disse Maduro. "O Natal antecipado é a melhor vacina para aqueles que querem inventar tumulto e violência". E - acredite - inaugurou em Caracas a Feira Natalina Socialista 2013. Que o caro leitor não se assuste: Maduro já conversou com um passarinho, a quem considerou porta-voz do falecido presidente Hugo Chávez; e viu nas paredes de um túnel que está sendo escavado em Caracas a imagem de Hugo Chávez, que estaria ali para solidarizar-se com os operários. Maduro é assim mesmo.

      Pimenta nos olhos

      Pimenta nos olhos
       
       
      A espionagem americana era intolerável, tanto que a presidente Dilma cancelou a visita ao presidente Obama. Mas a espionagem do Brasil é boa e desejável, tanto que os brasileiros que vazaram sua existência serão severamente punidos, segundo nota do Governo. “O vazamento de relatórios classificados como secretos constitui crime”, informa Brasília. Snowden, aqui como lá, iria a julgamento.
      O Governo brasileiro tem razão nos dois casos; e não tem razão em nenhum dos dois. A espionagem deve ser combatida, deve haver protestos diplomáticos; mas sabendo-se que quem combate a espionagem também a faz. É dupla moral, sim. Faz parte do jogo internacional. Espionagem é um fato da vida: existiu, existe e continuará existindo, entre inimigos e amigos. Há que proteger-se, há que evitá-la, sabendo que sempre existirá. Há que monitorar amigos e inimigos, sabendo que, se descobrirem, haverá protestos e encenações de grande indignação. Só não se pode levar a sério as promessas de que essas coisas agora vão mudar.
      Às vezes, espionar é vital. Richard Sorge, jornalista alemão a serviço da União Soviética no Japão, soube que a Alemanha declararia guerra a Moscou; Stalin não acreditou nele e foi surpreendido. Mais tarde, Sorge informou que o Japão não atacaria a URSS, permitindo que as tropas soviéticas fossem deslocadas para a frente alemã. Alguém acredita que algum país possa desistir dessas informações? O Brasil também as quer, claro.
      Só não precisava passar pelo ridículo de ficar bravo com a espionagem de lá e com os vazadores da espionagem daqui.

      Final infeliz

      Richard Sorge foi capturado pelos japoneses, que o ofereceram à URSS em troca de espiões presos pelos soviéticos. Moscou rejeitou a proposta, alegando que nem sabia quem era aquele senhor. Sorge foi enforcado. Vinte anos depois, foi-lhe outorgado o título (merecido) de Herói da União Soviética.

      terça-feira, 5 de novembro de 2013

      Um Príncipe Injustiçado

       Conde d'Eu

      "No recém lançado livro "Depois da Glória",do embaixador Vasco Mariz,editora Civilização Brasileira,o autor trata no capítulo "Um Príncipe Injustiçado",do Príncipe Gastão de Orleans, Conde d'Eu (1842 - 1922),príncipe - consorte da Princesa Dona Isabel, a Redentora, e revela uma curiosidade:

      "Em 2002,fui designado por Arno Wehling,presidente do I.H.G.B.,para representar a entidade em uma conferência interamericana de institutos históricos em Assunção do Paraguai.Lá pronunciei um discurso sobre a formação da fronteira do Mato Grosso,pesando bem as palavras para não sensibilizar os donos da casa.Creio que agradei,mas ao comparecer a um almoço na residência do presidente do Instituto Histórico Paraguaio,ocorreu um fato extraordinário que me surpreendeu muito.
      De acordo com a minha prática diplomática,fui o primeiro a chegar e ao entrar no salão principal da residência encontrei várias crianças brincando.Quase ao mesmo tempo ingressou na sala uma senhora que se dirigiu às crianças aos gritos,dizendo lhes mais ou menos o seguinte:
      "Parem! Basta! Vão brincar lá fora no jardim,senão mando chamar o Conde d'Eu."

      Ante essa ameaça terrível as crianças fugiram imediatamente e a senhora se desculpou pela balbúrdia.Confesso que fiquei paralisado de surpresa,mas depois aproveitei para conversar com colegas paraguaios presentes ao congresso sobre a cena que havia presenciado.Todos me confirmaram:O Conde d"Eu é o brasileiro mais detestado no Paraguai e é,até hoje,o bicho - papão das crianças paraguaias.Apressei me a esclarecer - lhes que o Conde d'Eu era francês,neto do rei da França Luis Felipe e genro do Imperador,mas ouvi frases agressivas contra o comandante em chefe das tropas da Tríplice Aliança na última etapa da Guerra do Paraguai".Mas para o bisneto do Conde d'Eu ,o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança:"Bicho  - Papão realmente foi o ditador Solano Lopez.Coube ao meu bisavô a fase mais cruel da guerra,finalizá - lá, e é bom lembrar que o Conde d'Eu libertou os escravos no Paraguai,antes da esposa ,a Princesa Dona Isabel, no Brasil em 1888."

      VEM AÍ O BAR EM BAR, O FESTIVAL QUE TÁ NA BOCA DO POVO


      Evento acontece de 07 de novembro a 1º de dezembro
      com a participação de 13 bares em Juiz de Fora

      Aqueles que não dispensam o bom papo em um ambiente de descontração e celebração, com cerveja gelada e tira-gostos deliciosos, podem se preparar. Com o slogan “Tá na boca do povo”, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) promoverá a sétima edição do Bar em Bar, que promete movimentar o Brasil de ponta a ponta no período de 7 de novembro a 1° de dezembro.
      Em Minas Gerais, o Bar em Bar traz para o público nada menos que 80 participantes, configurando-se como o maior festival em número de bares já realizado no estado. São 62 estabelecimentos em Belo Horizonte, 01 em Contagem, 01 em Brumadinho, 01 em Cachoeira do Campo, 02 em São João del Rei e 13 em Juiz de Fora (Apriori, Pro-Copão, Bodega do Tropeiro, Cantagalo, Carioca do Brejo, Churrasqueira São Mateus, Churrasqueira Alto dos Passos, Espeto & Cia, Estação grill, Estância Dom Viçoso, Filezinho Grill, Mercearia Gastrô e Quintal).
      A grande novidade do Bar em Bar 2013 é a promoção “Terça é dia de bar”. Em qualquer terça-feira do período, os clientes que apresentarem o guia ou aplicativo do festival em um dos bares participantes terão 50% de desconto no preço das porções inscritas. Os aplicativos estão à disposição para ser baixados gratuitamente na App Store e Google Play desde o dia 1° de novembro.
      A expectativa de vendas para o período do Bar em Bar é de 30.000 petiscos, gerando uma movimentação financeira de 1 milhão de reais em Minas Gerais. Os bares oferecem opções para todos os gostos e bolsos, com preços que vão de R$15,00 a R$43,50 e podem ser comprados pela metade do preço às terças-feiras. Os tira-gostos são servidos nos próprios bares conforme os horários de funcionamento de cada estabelecimento. Confira a lista completa dos 80 bares, com as respectivas porções no site ou na fanpage do festival.

      Serviço:

      Festival Bar em Bar:

      7 de novembro a 1° de dezembro em 80 bares de Minas Gerais, sendo 13 em Juiz de Fora.
      Site: www.barembar.com.br
      Fanpage: www.facebook.com/barembarminas
      Informações: (32) 3218-4080 (Abrasel/ZM)
      (32) 3215-3087 (909 Comunicação)

      segunda-feira, 4 de novembro de 2013

      Guido Mantega, um legítimo membro da esquerda caviar!



      Enquanto as principais companhias aéreas do país passam a cobrar pelos lanches oferecidos a bordo para economizar nas despesas, os lanches oferecidos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegam a incluir canapés de caviar, camarão e salmão defumado. As regalias podem chegar a R$ 74,6 mil por ano, valor do contrato firmado pelo Ministério da Fazenda com a RA Catering LTDA, empresa especializada no fornecimento de refeições rápidas para companhias aéreas.
      O contrato, assinado em outubro, tem validade de um ano e prevê o fornecimento de refeições e lanches quando do deslocamento do ministro e comitiva partindo de Brasília, para outras localidades da Federação ou ao exterior, em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
      Os serviços foram contratados por meio de inexigibilidade de licitação, com fundamento no artigo 25 da Lei nº 8.666, de 1993 (lei de licitações), que prevê a inexigibilidade de licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial para a contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização.
      O valor mensal estimado é de R$ 6,2 mil, o qual não necessariamente será empenhado, pois a demanda é vinculada à necessidade do serviço. O Contas Abertas só encontrou uma nota de empenho direcionada a empresa até o momento, no valor de R$ 1 mil.
      O contrato prevê o fornecimento de água mineral, refrigerantes e sucos diversos, almoços e jantares, bandejas de frutas inteiras e fatiadas, breakfasts e cafés. Sanduíches de atum, frango e peito de peru, iogurtes,chocolates, sopa e queijos diversos completam o cardápio oferecido pela RA Catering, que também oferece caixa acrílica, embalagens de alumínio e gelo em cubos.
      Enquanto as principais companhias aéreas do país passam a cobrar pelos lanches oferecidos a bordo para economizar nas despesas, os lanches oferecidos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegam a incluir canapés de caviar, camarão e salmão defumado. As regalias podem chegar a R$ 74,6 mil por ano, valor do contrato firmado pelo Ministério da Fazenda com a RA Catering LTDA, empresa especializada no fornecimento de refeições rápidas para companhias aéreas.
      O contrato, assinado em outubro, tem validade de um ano e prevê o fornecimento de refeições e lanches quando do deslocamento do ministro e comitiva partindo de Brasília, para outras localidades da Federação ou ao exterior, em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
      Os serviços foram contratados por meio de inexigibilidade de licitação, com fundamento no artigo 25 da Lei nº 8.666, de 1993 (lei de licitações), que prevê a inexigibilidade de licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial para a contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização.
      O valor mensal estimado é de R$ 6,2 mil, o qual não necessariamente será empenhado, pois a demanda é vinculada à necessidade do serviço. O Contas Abertas só encontrou uma nota de empenho direcionada a empresa até o momento, no valor de R$ 1 mil.
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      O contrato, assinado em outubro, tem validade de um ano e prevê o fornecimento de refeições e lanches quando do deslocamento do ministro e comitiva partindo de Brasília, para outras localidades da Federação ou ao exterior, em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
      Os serviços foram contratados por meio de inexigibilidade de licitação, com fundamento no artigo 25 da Lei nº 8.666, de 1993 (lei de licitações), que prevê a inexigibilidade de licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial para a contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização.
      O valor mensal estimado é de R$ 6,2 mil, o qual não necessariamente será empenhado, pois a demanda é vinculada à necessidade do serviço. O Contas Abertas só encontrou uma nota de empenho direcionada a empresa até o momento, no valor de R$ 1 mil.
      O contrato prevê o fornecimento de água mineral, refrigerantes e sucos diversos, almoços e jantares, bandejas de frutas inteiras e fatiadas, breakfasts e cafés. Sanduíches de atum, frango e peito de peru, iogurtes,chocolates, sopa e queijos diversos completam o cardápio oferecido pela RA Catering, que também oferece caixa acrílica, embalagens de alumínio e gelo em cubos.
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      ABC da Construção recebe aporte de R$ 70 milhões


      Mendonça, da ABC: caixa para avaliar atuação em outros Estados e aquisições


      Há cinco anos, Tiago Moura Mendonça assumiu o comando de uma das empresas de sua família, uma rede de lojas de materiais de construção de Minas Gerais, chamada ABC da Construção. Foi seu avô, que tinha uma bagagem de anos no ramo, quem fundou a empresa em 1990. Quando se sentou na cadeira de diretor-presidente, Mendonça, que à época tinha apenas 27 anos, começou a pôr em prática mudanças para profissionalizar e expandir o negócio.
      Na semana passada, ele fechou um acordo para uma injeção de R$ 70 milhões na empresa. O objetivo é dar base a um plano de crescimento ambicioso: até 2016, passar das atuais 32 lojas para 90 unidades e elevar o faturamento para R$ 500 milhões - este ano deve ficar um pouco abaixo de R$ 180 milhões. Hoje, diz o empresário, a ABC já é, em número de lojas, a maior varejista do ramo de construção em Minas.
      Parte dos R$ 70 milhões virá da própria família do empresário. Parte virá da Conedi Participações, uma companhia da família Menin - fundadora e proprietária da construtora MRV. As duas são mineiras.
      "Eu tinha sido procurado por fundos, mas esse relacionamento mais próximo [com os Menin] vai nos ajudar melhor a concretizar nossos planos de expansão", disse Mendonça. O diretor-presidente da Conedi (holding que atua como investidora em diversas empresas pelo país) é outro jovem herdeiro empresarial, João Vitor Menin, filho de Rubens Menin, da MRV. Rubens é também o presidente do conselho da Conedi, que para essa operação com a rede de materiais de construção foi assessorada pelo banco BTG Pactual.
      Os Menin terão participação nas decisões da ABC da Construção, por meio de sua participação no conselho administrativo da empresa. As partes não revelaram qual a fatia de cada uma no aporte de R$ 70 milhões.

      O varejo de material de construção brasileiro - que de janeiro a agosto registrou alta de vendas de 7% em volume e de 10% em valor, segundo dados do IBGE - tem chamado a atenção de investidores e também de grupos internacionais. O maior e mais recente movimento nessa área foi feito pelo grupo chileno Falabella, que entrou no país com a compra do controle da Dicico, numa operação de R$ 388 milhões.
      Tiago Mendonça já havia feito uma operação de captação em 2011. A Fir Capital investiu um montante não divulgado, que ajudou a ABC da Construção, diz o empresário, a contratar uma diretoria profissional e a adotar métodos de governança - os resultados passaram a ser auditados pela KPMG.
      Formado em engenharia, Mendonça enveredou pela administração. Completou seus estudos nessa área na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio e em IAE Grenoble, na França.
      A ampliação no número de lojas da ABC já está em andamento. "Definimos 40 locais e os nossos planos são abrir essas lojas nos próximos 18 meses. Já estamos treinando equipe", disse Mendonça.
      As novas unidades serão principalmente em Minas Gerais. O objetivo é consolidar a presença em regiões onde a ABC já opera e estrear em outras. "Esse caixa vai nos permitir avaliar oportunidades de atuar em outros Estados e também de algumas aquisições."
      A ABC concorre com grandes redes, como Leroy Merlin e Telha Norte, e com uma miríade de lojas locais, que no interior conta com uma clientela fiel - e que em muitos casos faz uma concorrência desleal e difícil por causa da informalidade, segundo Mendonça.
      Mesmo assim, a ABC tem crescido ao ritmo de 40% ano. "O nosso plano de expansão prevê pelo menos manter essa taxa de crescimento". Para ele, o desempenho está diretamente associado às melhorias em sua empresa, mas também à elevação da renda e ao aumento do número de famílias com casa própria, graças ao crédito imobiliário mais fácil.
      Além da expansão da rede e de possíveis aquisições, estão nos planos de Mendonça a criação de uma plataforma para compras on-line. "Esse novo aporte será todo para a expansão. A empresa tem zero de dívida líquida", disse.

      Por Marcos de Moura e Souza | Jornal VALOR Econômico