Após o presidente nacional
do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), divulgar nota criticando o “caráter
político-partidário” do pronunciamento oficial da presidente Dilma Rousseff, em
rede nacional de rádio e televisão, sobre a redução dos preços das contas de
energia, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez uma dura declaração sobre o
assunto.
Nome mais cotado para disputar a
Presidência da República pela oposição, o senador mineiro atacou a utilização
de estruturas de Estado pelo PT, com objetivos políticos. "O Brasil
assistiu ontem a mais um exemplo inaceitável de como o PT usa, sem
constrangimentos, estruturas de Estado para alcançar seus objetivos políticos”,
afirmou. Para Aécio, houve “quebra do princípio da impessoalidade no exercício
da Presidência da República".
Na declaração, divulgada à
imprensa, o senador afirma que não havia razão para a formação de uma rede
nacional obrigatória. “Vimos a apropriação de um instrumento de Estado para
fins político-partidários. Falou à Nação não a presidente da República, mas um
partido político, evidenciando, como nunca antes neste país, a mistura entre o
público e o particular; o institucional e o partidário”, diz Aécio.
O presidente do Democratas,
senador José Agripino (RN), parceiro do PSDB na oposição ao governo, também
divulgou nota, cobrando “cautela” da presidente. "O que é bom para
os brasileiros, a oposição aplaude. Mas a proclamada redução das tarifas de energia
elétrica precisa acontecer e ter permanência”, diz Agripino, que adota um
tom menos duro que os tucanos.
“A medida tem por base o esforço
de muitos brasileiros que terão de subsidiar o governo, e de investidores que
podem cortar parte dos recursos para a proteção do sistema. Só por isso, o
anúncio da diminuição das tarifas deveria ter sido marcado pela cautela do que
pelo exagero do desafio o qual o governo pode um dia se arrepender. Deus queira
que tudo dê certo", afirma.
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