Um dos melhores vilões do cinema está de volta. Gordon Gekko, o inescrupuloso financista vivido por Michael Douglas em 1987 no filme Wall Street-Pode e Cobiça sai da prisão e tenta voltar ao mercado financeiro. A cobiça, as vaidades e os excessos dos Senhores do Universo (assim definidos por Tom Wolfe) estão mais em voga do que nunca na América, a mesma que o condenou por crimes do colarinho-branco e mandou Bernard Madoff para trás das grades por 150 anos. O cenário é o distrito financeiro de Manhattan, agora sem as torres gêmeas do World Trade Center, destruídas por extremistas em 11 de setembro de 2001. O fato é que a crise do subprime, em 2008, reabriu as feridas do capitalismo selvagem e criou o incentivo necessário para trazer Oliver Stone de volta a Nova York para rodar Wall Street 2. As filmagens começaram na semana passada.Seu novo filme está apenas começando, mas, na vida real, o drama continua. É forte o legado de gente como Gekko, Madoff e Dick Fuld , o vilão de carne e osso que dirigia o Lehman Brothers e será lembrado novamente nesta semana, no primeiro aniversário da crise. Algumas pérolas negras de Gekko - greed is good (a cobiça é boa), money never sleeps (o dinheiro nunca dorme) - inspiraram jovens que entraram no mercado financeiro depois de assistir ao filme. Nos últimos anos, esses admiradores participaram da farra do subprime, vendendo para investidores incautos operações contaminadas por ativos tóxicos do mercado imobiliário. O final da história todo mundo conhece. O tombo do Bear Stearns e a falência do Lehman Brothers criaram um clima de pânico em Wall Street no ano passado, o governo americano injetou bilhões nos bancos e a economia mundial entrou em recessão. Um epílogo tétrico difícil de imaginar até por alguém como Stone. Quem não assistiu o filme Wall Street - Poder e Cobiça, pode encontrar em DVD na locadora Movie Sound (3218-6472), aqui em Juiz de Fora, o filme é muito bom, é um dos meus preferidos. Filme para jovens e adultos refletirem sobre o seu papel no mercado profissional e na sociedade contemporânea, reconhecendo, identificando valores e anti-valores, capazes de transformar a vida afetiva e profissional de acordo com o grau de coragem com que se dispuserem a trabalhar e a viver.
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