Hoje recebi um e-mail de um conhecido, com um artigo do jornalista Luis Nassif batendo no ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nassif é daqueles petistas enrustidos que a gente encontra por aí, muitos deles aqui em Juiz de Fora, principalmente aos sábados lá no calçadão da rua Halfeld. Luis Nassif faz o que faz todo "bom" petista: suas conclusões já estão prontas dentro de sua cabeça (afinal, é um "militante", um que milita, um militar, um soldado raso, está lá para qualquer coisa, menos pensar... Esse Luis Nassif, se vivêssemos num país sério, já estaria esquecido ou, pelo menos, não teria tanta evidência como ainda tem. Lembro do comentário dele na BAND quando houve a crise cambial pós crise russa: "O plano Real acabou". Já, na época, dava suas estocadas petralhas e, como sempre, suas análises econômicas eram desmentidas pelos fatos. Mas ele continua aí, como voz e com crédito. Nassif pratica o mau e velho leninismo: "acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é".Os casos de jornalistas que se vendem ao poder em busca de sinecuras, verbas e cargos públicos e vários tipos de mamações nas tetas do Estado, sempre ocorreram em todas as épocas e lugares.Mas, talvez por estarmos sob um governo com manifestações claras de vocação ao controle totalitário da opinião pública, a coisa ultimamente tem sido exacerbada. Estamos assistindo - pelo menos aqueles com um pouco de visão crítica - a uma prostituição explícita e vergonhosa de boa parte de nossa mídia em relação ao poder e às verbas públicas. São cenas e manifestações deploráveis,uma tendência corrosiva e destrutiva da imagem do jornalismo como um todo. "Isso é uma vergonha", diria o Boris Casoy. Afinal, todo excesso de intimidade entre o poder de crítica e o poder político estabelecido sempre coincidiu com retrocessos e desastres - que a História devia nos ter ensinado a evitar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário