E se o desemprego bate à sua porta, não se preocupe. Você não está sozinho. Por determinação do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Superman, Batman, Mulher-Maravilha e Homem-Aranha também estão com seus dias de super-heróis contados. Como é sabido, durante anos Chávez tem se manifestado contra os personagens americanos, inclusive os da ficção, afirmando que representam um domínio cultural "imperialista". O dirigente socialista pede aos pais que não comprem esses brinquedos para seus filhos, argumentando que as crianças deveriam brincar com figuras que representem os ícones históricos da Venezuela. Assim, Joyce Parra e seu pai, Angel, seguidores de Chávez, estão planejando lançar uma linha completa de bonecos de personagens históricos, tais como os heróis da independência Simón Bolívar e Francisco de Miranda. Dentre os bonecos, há um tal de Antonio José de Sucre, marechal que ajudou Bolívar a libertar a Venezuela, Colômbia, Equador, Bolívia e Peru do colonialismo espanhol; Pedro Camejo, um ex-escravo que chegou a tenente durante a luta pela independência; e Guaicaipuro, um cacique indígena que resistiu à conquista espanhola. Também está previsto um boneco da amante de Bolívar, Manuela Sáenz, que, dizem, salvou a vida do Libertador depois de ter entrado num complô para matá-lo. E, apostas feitas, podem esperar para que o ególatra Chávez lance, logo, logo, um super-herói à sua imagem e semelhança. Um boneco falante com sua cara já existe e é vendido por camelôs venezuelanos desde o Natal de 2005. O boneco, de 30 centímetros de altura, e que é fabricado na China, porta a tradicional boina vermelha em sua cabeça de borracha e repete declarações revolucionárias quando se aperta um botão em suas costas. Que medo!
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