O MST invade fazendas produtivas, mata quem se coloca à sua frente e o governo federal ainda apoia e financia essa onda de vandalismo.
CENAS DE UM CONFLITO ARMADO: abaixo, as últimas imagens dos seguranças que foram assassinados por integrantes do MST em Pernambuco. Líderes do movimento defenderam os assassinatos como um "ato legítimo" depois de ocuparem a fazenda.
É COMUM QUE REDES TERRORISTAS exibam mortos como troféus. No último dia 22 de fevereiro, o Brasil viveu uma situação parecida. Quatro pessoas foram friamente assassinadas em Pernambuco. O MST assumiu as mortes e defendeu a legitimidade dos seus crimes. O líder do movimento, Jaime Amorim, explicou: "O que matamos não foram pessoas comuns, foram contratados para matar, pistoleiros violentos." A cena das mortes, no entanto, é tratada pela polícia pernambucana como chacina. A briga começou de manhã entre o líder do acampamento, Aluciano Ferreira, e o segurança da fazenda Jabuticaba, João Arnaldo da Silva, 40 anos. Na discussão, João foi surpreendido com dois tiros. Tombou ali mesmo. Agonizando, levou mais dois tiros. O sangue dele se misturou à terra argilosa e ao sangue do colega Rafael Erasmo, 20 anos, que caiu com um tiro no peito e depois recebeu mais três. Em meio ao tiroteio, outros três empregados da fazenda, que não estavam armados, fugiram correndo. Os sem-terra recolheram as armas de João e de Rafael e perseguiram de moto José Wedson da Silva, 26 anos, Wagner Luiz da Silva, 25, e Donizete de Oliveira Souza, 24. José e Wagner foram atingidos. Donizete conseguiu escapar. Nessa história, o MST sujou suas mãos de sangue. Mas o problema maior é que a organização conta com beneplácito do governo federal. Depois do episódio, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que o índice de violência no campo não tem aumentado. "O que ocorre é a mobilização dos movimentos sociais, em determinadas circunstâncias, de uma maneira arrojada." Definir uma chacina como um ato de "arrojo" é tão inusitado quanto conflitante com a noção elementar de Justiça.
O apoio oficial ao movimento não se limita às declarações de um ministro que passa a mão na cabeça de assassinos. Embora nem sequer possua existência jurídica, ou mesmo um CNPJ, o MST se financia com repasses de recursos do governo federal. Isso se dá por meio de associações, ligadas ao MST, que receberam R$ 49,4 milhões entre 2002 e fevereiro de 2009. Mas há quem estime que esse valor possa chegar a mais R$ 200 milhões. A situação é tão grave que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, se viu obrigado a interferir: "Temos uma lei que estabelece a necessidade de que o poder público não subsidie tais movimentos e cesse de repassar recursos para este tipo de movimento." Depois da declaração, Mendes sentiu o poder da máquina de intimidação do MST. O movimento iniciou uma campanha difamatória contra ele, logo após invadir duas fazendas, no Pará, da Agropecupária Santa Bárbara Xinguara, controlada pelo Opportunity, de Daniel Dantas. "Crime não é ocupar terras que não cumpram com sua função social, mas (vender) terras públicas a banqueiros corruptos que são soltos pelo mesmo juiz que faz acusações difamatórias aos movimentos sociais", afirmou uma nota do MST paraense. Na prática, invadiu-se uma fazenda produtiva para retaliar as declarações legalistas de um ministro.
Na sua nova ofensiva, o MST demonstrou ter estratégia. Com invasões de cunho político, tirou o foco dos quatro assassinatos cometidos em Pernambuco. E mostrou ainda que tem aliados em várias esferas do poder. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, do PT, já avisou que não deve cumprir mandados de reintegração de posse nos próximos dois meses, porque "as desocupações são caras e demandam o deslocamento de policiais". O quadro é tão surreal que a governadora fala como se coubesse a ela decidir se deve ou não cumprir a lei.
Ações desse tipo minam a confiança num setor que hoje garante a maior parte do superávit comercial brasileiro: o agronegócio. E isso, naturalmente, preocupa as lideranças rurais. "O MST é uma entidade ilegal que pratica crimes em série. Seus líderes comandam grupos que sequestram, vandalizam, torturam e matam", disse a senadora Kátia Abreu, que decidiu entrar com pedido de intervenção federal no Pará. Para encerrar o teatro do absurdo, na noite da última quarta-feira 4, o Ministério do Desenvolvimento Agrário divulgou uma nota dizendo que, após um acordo, as famílias dos sem-terra desocuparam pacificamente a fazenda Jabuticaba, em Pernambuco. "Pacificamente", depois de quatro assassinatos.
O apoio oficial ao movimento não se limita às declarações de um ministro que passa a mão na cabeça de assassinos. Embora nem sequer possua existência jurídica, ou mesmo um CNPJ, o MST se financia com repasses de recursos do governo federal. Isso se dá por meio de associações, ligadas ao MST, que receberam R$ 49,4 milhões entre 2002 e fevereiro de 2009. Mas há quem estime que esse valor possa chegar a mais R$ 200 milhões. A situação é tão grave que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, se viu obrigado a interferir: "Temos uma lei que estabelece a necessidade de que o poder público não subsidie tais movimentos e cesse de repassar recursos para este tipo de movimento." Depois da declaração, Mendes sentiu o poder da máquina de intimidação do MST. O movimento iniciou uma campanha difamatória contra ele, logo após invadir duas fazendas, no Pará, da Agropecupária Santa Bárbara Xinguara, controlada pelo Opportunity, de Daniel Dantas. "Crime não é ocupar terras que não cumpram com sua função social, mas (vender) terras públicas a banqueiros corruptos que são soltos pelo mesmo juiz que faz acusações difamatórias aos movimentos sociais", afirmou uma nota do MST paraense. Na prática, invadiu-se uma fazenda produtiva para retaliar as declarações legalistas de um ministro.
Na sua nova ofensiva, o MST demonstrou ter estratégia. Com invasões de cunho político, tirou o foco dos quatro assassinatos cometidos em Pernambuco. E mostrou ainda que tem aliados em várias esferas do poder. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, do PT, já avisou que não deve cumprir mandados de reintegração de posse nos próximos dois meses, porque "as desocupações são caras e demandam o deslocamento de policiais". O quadro é tão surreal que a governadora fala como se coubesse a ela decidir se deve ou não cumprir a lei.
Ações desse tipo minam a confiança num setor que hoje garante a maior parte do superávit comercial brasileiro: o agronegócio. E isso, naturalmente, preocupa as lideranças rurais. "O MST é uma entidade ilegal que pratica crimes em série. Seus líderes comandam grupos que sequestram, vandalizam, torturam e matam", disse a senadora Kátia Abreu, que decidiu entrar com pedido de intervenção federal no Pará. Para encerrar o teatro do absurdo, na noite da última quarta-feira 4, o Ministério do Desenvolvimento Agrário divulgou uma nota dizendo que, após um acordo, as famílias dos sem-terra desocuparam pacificamente a fazenda Jabuticaba, em Pernambuco. "Pacificamente", depois de quatro assassinatos.
Um comentário:
Meu caro William
Parabéns por seu blog, sempre variado e com bons comentários.
Esta sua nota a respeito do MST é muito boa e importante.
Na realidade, como você bem diz, o movimento tem estratégia (de terrorista) e tem grandes armas, o apoio oficial e a certeza da impunidade.
Um abraço.
Postar um comentário