sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Conferência sobre desenvolvimento sustentável é sucesso de público

Debate sobre tema encheu anfiteatro do Granbery

Mais de 150 pessoas estiveram presentes no anfiteatro do Instituto Metodista Granbery, nesta quinta-feira (08), para a primeira edição da conferência As novas fronteiras do Desenvolvimento Sustentável, organizado pelo WXC Banco de Negócios em parceria com a revista Ponto de Vista.

No discurso de abertura, William Xavier, coordenador do evento, defendeu que o mundo já tem a ciência, informação, tecnologias, capacidade e recursos financeiros necessários para buscar uma agenda de desenvolvimento de negócios sustentáveis. O que é necessário agora, na opinião dele, é uma ação global coordenada nas próximas décadas para conciliar essas capacidades e recursos em conjunto, colocando o mundo no caminho para a sustentabilidade. “Assim como defende o filósofo Nagib Anderáos Neto, a base de toda a sustentabilidade é o desenvolvimento humano que deve contemplar um melhor relacionamento do homem com os semelhantes e a Natureza”, completou.
           
PALESTRAS

A primeira palestrante da manhã foi Renata Meireles, coordenadora de sustentabilidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Com o tema A Economia Verde e Seus Aspectos Econômicos, Financeiros e Sociais: Metas do governo para o desenvolvimento sustentável, ela falou sobre a importância da sustentabilidade se tornar uma prática incorporada em todas as atividades diárias. “O planejamento do governo estadual para o período 2011-2014 é fazer a gestão para cidadania. Dessa forma, o Plano Mineiro para o Desenvolvimento Integrado está baseado no conjunto de quatro fatores: prosperidade, qualidade de vida, sustentabilidade e cidadania”, defendeu Renata.

José Mario de Oliveira, CEO da BIOKRATOS Consultoria Ambiental, subiu ao palco para falar sobre Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos, um caminho para a Sustentabilidade. Ele defendeu o investimento na educação ambiental como futuro para que a sociedade alcance o tão almejado desenvolvimento sustentável. “Não podemos simplesmente fazer campanhas educacionais ou coleta seletiva de lixo. Sem a educação ambiental nada funciona. Precisamos instruir nossos educadores e, consequentemente, a sociedade civil”, endossou.

Em seguida, os presentes puderam conhecer mais sobre Economia Criativa: Criatividade e Inovação no Âmbito das Organizações, com Adolfo Menezes Melito, Chief operating officer (COO) do Grupo Check Express e presidente do Instituto de Economia Criativa, de São Paulo. Segundo ele, o termo determina processos que envolvam criação, produção e distribuição de produtos e serviços, a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual visando a geração de trabalho e renda.

A quarta palestra do dia foi com Fernanda Gimenes, diretora do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que falou sobre o Visão 2050, um trabalho de 18 meses com executivos e especialistas de mais de 200 empresas e parceiros externos em cerca de 20 países, entre eles o Brasil. Como proposta de funcionar como uma agenda para uma nova sociedade, o relatório apresenta novas oportunidades para as empresas de uma ampla gama de segmentos, com o objetivo de levar para suas sociedades uma agenda de desenvolvimento de negócios sustentáveis. “Na Rio+20, em 2012, vamos lançar a versão brasileira para o Visão 2050. Nosso desafio é que as mudanças, além de tecnológicas, sejam no âmbito do social, do pensamento e no de opinião”, apontou Fernanda.

Para terminar os trabalhos, o vice-presidente de operações do Grupo Brasilinvest e fundador do Centro de Diplomacia Empresarial, Marcos Troyjo, discursou sobre Estratégias de Inovação e Desenvolvimento Sustentável. Professor convidado da Universidade de Paris 5, a Sorbonne, ele defendeu o desenvolvimento sustentado, aquele que atende as necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender as suas próprias necessidades e de continuarem se desenvolvendo, tendo como principais componentes a proteção do meio ambiente, o crescimento econômico e a igualdade social. “Vivemos uma Era da Destruição Criativa, um processo de reinventação constante no qual as tecnologias nascem, envelhecem e morrem numa ruptura brutal. Nesse sentido o Brasil está muito atrasado. Temos no pré-sal nosso ingresso para um novo futuro, mas necessitamos aproveitar enquanto os combustíveis fósseis ainda são valiosos”, sustentou Troyjo.

William Xavier gostou do resultado: “Alcançamos nosso principal objetivo, que era proporcionar aos empresários e empreendedores informações qualificadas sobre o desenvolvimento sustentável empresarial. Agora é preparar a próxima edição”.

A cobertura do evento vai estar na TV Zine, Programa Fatos em Foco, e Gente & Empresa da BAND Minas

Nenhum comentário: