Comparar
o Brasil com economias consolidadas de países desenvolvidos é de má fé.
Já repararam que o governo sempre usa países de primeiro mundo pra
fazer comparações com o Brasil? Ah o Brasil vem crescendo 2,3%, dai cita
os países de primeiro mundo dizendo que eles pararam de crescer. Ora, o
Brasil é um país emergente, tem todo o gás e recursos para crescer mais
do que isso. Tem que ser comparado com outros emergentes. Países de
primeiro mundo já possuem melhores tecnologias, melhores hospitais,
melhores escolas e faculdades, melhores estradas e afins. Alguém sabe
qual o PIB dos EUA? 15 trilhões de dólares. E o do Brasil? Não chega nem
a 3 trilhões de dólares. Nos países desenvolvidos, quase tudo que nós
precisamos já está feito: aeroportos, rodovias, ferrovias, hidrovias,
cidades bem servidas por água e esgoto tratados e asfalto, saúde,
educação e transporte público de excelente qualidade, crianças nas
escolas e em média 2% de analfabetos, etc. Uma França, por exemplo,
crescer 0,3% em 2013, tem um valor mais significativo que o Brasil
crescer 2,3%. No Brasil, todos nós sabemos como estão as rodovias,
ferrovias, aeroportos. Saúde e educação nem se fala. E o IDH das nossas
cidades? O que o governo petista faz é enganar as pessoas dizendo: o
Brasil teve o MAIOR crescimento do mundo, considerando somente os países
da lista que eles escolhem. Sou a favor de criar o BOLSA VIAGENS
INTERNACIONAIS a cada brasileiro, pra deixar cada brasileiro uma semana
(e só uma semana já basta) em um pais de verdade, talvez assim chega com
um pensamento diferente e deixa de ser refém de esmola.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
A pior petrolífera
A pior petrolífera
Por Carlos Alberto Sardenberg
O melhor negócio do mundo é uma companhia de
petróleo bem administrada; o segundo, dizia Nelson Rockefeller, é
uma petrolífera mal administrada. E o terceiro, acrescentou um
gaiato brasileiro, é a Petrobrás.
Seria a venezuelana PDVSA a quarta?
A gestão do negócio é um desastre. Na era
chavista, num momento de alta demanda pelo óleo, a empresa conseguiu
perder produção e reservas. Isso foi consequência de incapacidade
gerencial, na medida em que os postos de comando da estatal foram
preenchidos por políticos e militantes. Menos engenheiros, mais
companheiros.
Mas como petróleo dá dinheiro mesmo com ofensas,
o segundo grande desastre venezuelano foi na utilização das
receitas da PDVSA. O que seria o certo? Investir primeiro na própria
companhia, de modo a torná-la mais produtiva e mais rica - quando,
então, pagaria mais dividendos e mais impostos para o caixa do
governo. Com esse bom financiamento, o governo poderia fazer as
políticas sociais que quisesse.
Chávez, porém, avançou no caixa da empresa.
Convenhamos que era uma tentação irresistível para um político
populista: todo mês, aquela montanha de dinheiro ali, dando sopa....
Precisa comprar fogão para distribuir nas favelas? Manda a PDVSA
comprar. Quem precisa de petróleo e faz fogão barato? A China.
Negócio fechado.
Para Cuba e outros amigos, a PDVSA passou a
entregar petróleo quase de graça e, ainda assim, pago com o
trabalho de médicos e agentes do serviço secreto. Verdade que os
médicos também são muito mal remunerados e os agentes, muito úteis
para reprimir protestos. Mas o óleo continua saindo barato para os
amigos e caro para a PDVSA.
Com tudo isso, não espanta que um dos
maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo tenha
conseguido ficar sem dólares . O caos econômico em que o chavismo
meteu a Venezuela é o desastre da PDVSA em escala nacional.
A Petrobrás não é a PDVSA - qualquer um percebe
isso. Mas olhando no detalhe, parece que tem muita gente do governo
querendo imitar os companheiros venezuelanos.
A estatal brasileira divulgou lucro em seu balanço
na última terça. Ontem, as ações da companhia despencaram na
bolsa. As ordinárias caíram abaixo dos R$ 13,00. Valiam mais de R$
50 há apenas cinco anos.
Não é especulação de mercado. Reflete, por
exemplo, a queda na produção nacional, embora existindo muito
petróleo para ser explorado. Uma queda tão expressiva que se a
produção subir 7% neste ano - conforme promessa da empresa -
voltaria ao nível de 2010. Ou seja, a empresa está fazendo muito
menos do que poderia. Por isso, vale menos.
A presidente da Petrobrás, Graça Foster, ali
colocada pela presidente Dilma, não critica a gestão anterior, do
tempo de Lula. Mas tudo que ela faz e diz é, sim, crítica a seus
antecessores. Diz que, para recuperar a companhia, está cortando
custos e mudando sistemas de modo a ganhar mais eficiência e
eliminar desperdícios. Feitos por quem?
Também criou um programa de prevenção a
fraudes. Notaram a palavra "prevenção"? Pois é, por que
não colocaram "combate" à corrupção? Porque seria um
ataque direto aos antecessores, também petistas, como elas, Dilma e
Graça.
Mas está claro para todo mundo que o
programa foi anunciado quando apareceram denúncias fortes, inclusive
no exterior.
O governo brasileiro não está avançando
diretamente no caixa de sua petrolífera. Mas indiretamente, está.
Ao reprimir os preços da gasolina e do diesel, para combater a
inflação, o governo obriga sua empresa a importar por um preço e
vender aqui mais barato. Prejuízo na veia, dívida em alta.
Nesse ambiente, manda a Petrobrás ampliar seus
investimentos, inclusive em refinarias alocadas politicamente, uma
delas, a de Pernambuco, em sociedade com, ela mesma, a PDVSA.
Graça Foster diz, em resumo, o seguinte: ok,
tivemos problemas, mas daqui em diante será diferente. Mas faz algum
tempo que diz isso. E faz algum tempo que não consegue seus
objetivos, como a crucial correção dos preços dos combustíveis.
E há detalhes, digamos assim, que inquietam.
Descobriram que a Petrobrás entrou com R$ 650 mil em patrocínios
para o congresso nacional do MST - aquele em que os congressistas
tentaram invadir o Supremo Tribunal Federal. Perguntada, a Petrobrás
disse que o dinheiro se destinava a uma mostra de cultura camponesa,
parte do congresso, e que o patrocínio se alinha com o programa da
estatal na direção de uma "produção inclusiva e
sustentável".
Petróleo "inclusivo e sustentável"?
Nem a PDVSA conseguiria frase, assim, mais reveladora.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Coisas estranhas pairam no céu do país
Por Marcus Pestana
Não é comum um cinegrafista morrer em praça
pública exercendo a profissão que tanto amava fruto de um ataque
selvagem, difuso e por motivos que não lhe diziam respeito. Não é normal
o fusca de um serralheiro, evangélico e pobre, ser queimado em plena
avenida pela mesma explosão irracional de um movimento sem bandeiras e
objetivos claros. Não é aceitável a sociedade ficar refém de uma minoria
barulhenta e raivosa, em plena democracia, que quebra lojas, bancos e
agências de automóveis por não querer a Copa no Brasil ou reajustes nas
tarifas do transporte coletivo. Não é usual a população do Rio de
Janeiro ficar sem o direito de trafegar por uma das principais vias da
cidade porque a guerra do tráfico incendiou as entradas de um túnel.
Não é normal o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal ficarem sitiados por uma ruidosa manifestação do MST. Não são confortáveis cenas dramáticas como as do presídio do Maranhão e as declarações prostradas de autoridades, prisioneiras de uma situação lamentável do sistema penitenciário brasileiro. É estranho um país como o Brasil, com enorme potencial energético, conviver com apagões. Não é compreensível uma poderosa empresa como a Petrobras, diante da descoberta do pré-sal, conviver com queda contínua de produção, aperto de caixa e ações despencando.
Não é confortável conviver com níveis alarmantes de corrupção contaminando as instituições em todos os níveis. Não é edificante ver o aparelhamento e o fatiamento político rasteiro da máquina pública, com inaceitáveis e inexplicáveis 39 ministérios. Não é desejável ver o Brasil no segundo lugar da lista de emergentes mais vulneráveis, no relatório do banco central dos Estados Unidos, e um país dinâmico como o nosso como fruto de contabilidades criativas e intervencionismos atabalhoados. Não é possível compreender as baixas taxas de investimento e crescimento, que sacrificam a renda e o emprego de qualidade, em um Brasil cheio de potencialidades. Não é possível aceitar a desmoralização do discurso oficial, que anuncia por 11 anos conquistas que não saem nunca do papel. Não é normal uma federação estraçalhada, com a maioria dos municípios à míngua e a arrecadação federal batendo recordes.
Às vezes, a gente se acostuma, mas não devia.
A qualidade de uma nação se mede pela qualidade de suas instituições. O futuro depende visceralmente da confiança que a sociedade tem em seus líderes e no ambiente institucional reinante. O valor do governo, dos políticos e dos partidos se mede não por suas intenções ou por sua retórica, mas por seus resultados.
Alguma coisa está fora da ordem. Os ventos da mudança começam a soprar. O contraponto dos defensores do atual estado das coisas é poderoso. Mas a mudança é inexorável.
A morada da mudança é a consciência e a atitude de cada um. Cada um faz a sua parte. Mas a mudança só nascerá a partir da vontade coletiva.
O futuro do país é uma obra em construção.
Não é normal o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal ficarem sitiados por uma ruidosa manifestação do MST. Não são confortáveis cenas dramáticas como as do presídio do Maranhão e as declarações prostradas de autoridades, prisioneiras de uma situação lamentável do sistema penitenciário brasileiro. É estranho um país como o Brasil, com enorme potencial energético, conviver com apagões. Não é compreensível uma poderosa empresa como a Petrobras, diante da descoberta do pré-sal, conviver com queda contínua de produção, aperto de caixa e ações despencando.
Não é confortável conviver com níveis alarmantes de corrupção contaminando as instituições em todos os níveis. Não é edificante ver o aparelhamento e o fatiamento político rasteiro da máquina pública, com inaceitáveis e inexplicáveis 39 ministérios. Não é desejável ver o Brasil no segundo lugar da lista de emergentes mais vulneráveis, no relatório do banco central dos Estados Unidos, e um país dinâmico como o nosso como fruto de contabilidades criativas e intervencionismos atabalhoados. Não é possível compreender as baixas taxas de investimento e crescimento, que sacrificam a renda e o emprego de qualidade, em um Brasil cheio de potencialidades. Não é possível aceitar a desmoralização do discurso oficial, que anuncia por 11 anos conquistas que não saem nunca do papel. Não é normal uma federação estraçalhada, com a maioria dos municípios à míngua e a arrecadação federal batendo recordes.
Às vezes, a gente se acostuma, mas não devia.
A qualidade de uma nação se mede pela qualidade de suas instituições. O futuro depende visceralmente da confiança que a sociedade tem em seus líderes e no ambiente institucional reinante. O valor do governo, dos políticos e dos partidos se mede não por suas intenções ou por sua retórica, mas por seus resultados.
Alguma coisa está fora da ordem. Os ventos da mudança começam a soprar. O contraponto dos defensores do atual estado das coisas é poderoso. Mas a mudança é inexorável.
A morada da mudança é a consciência e a atitude de cada um. Cada um faz a sua parte. Mas a mudança só nascerá a partir da vontade coletiva.
O futuro do país é uma obra em construção.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Meu estômago embrulha
Pizzolato, peixe médio do mensalão, um pau-mandado, comprou três imóveis em condomínio de luxo no litoral da Espanha... e Zé Dirceu pedindo dinheiro em vaquinha! Depois dessa vou tomar um Engov e uma injeção de Plasil, meu estômago embrulha.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
A nova Era do Talento
Por Marcos Troyjo
O Brasil tem de alimentar sua elite de talentos para que não
fique à margem da definição dos rumos globais
Armas, recursos naturais, produção tecnoindustrial,
influência da cultura. Critérios tradicionalmente elencados para estabelecer se
um país tem mais ou menos poder. Desponta, no entanto, novo e determinante
fator: consolida-se uma nova Era do Talento.
Não é recente a percepção de uma guerra global por talento.
Este, contudo, era tido como sinônimo de vocação. Cabia desenvolver aptidões
naturais ou nichos. Idealizávamos indivíduos "especialistas",
companhias com "core business", países com "vantagens comparativas".
Em 2008, Malcolm Gladwell popularizou em
"Outliers", seu best-seller de alta vulgarização sobre o DNA do
sucesso, a "regra das 10 mil horas". O talento emergiria da devoção
de tal estoque de tempo a atividades tão distintas como tocar violoncelo ou
programar computadores. Quanto mais cedo começar, melhor. Dessa disciplina
surgiram Yo-Yo Ma e Bill Gates.
A reglobalização que agora chega prenuncia a
pós-especialização. Há seis anos, computação em nuvem, tablets e seu
ecossistema de aplicativos eram incipientes. Hoje permitem um atalho da
história. É possível compactar as 10 mil horas. Novas tecnologias catalisam
talento.
Assim, pessoas, empresas e nações têm de ser multifuncionais
e complexas. Engenheiros que escrevem bem. Agronegócio preocupado com design.
Países produtores de petróleo transformando-se em "hubs" de
entretenimento.
Já existem métricas para delinear essa nova Era do Talento.
Harvard elaborou um "Atlas de Complexidade Econômica". Avalia o
impacto do talento (ali chamado de know-how) sobre renda e crescimento. Não
importa o número de horas-aula a que foi exposto determinado aluno, mas o que
consegue fazer pragmaticamente com o que aprendeu. É, portanto, umbilical a
relação entre atitude empreendedora e talento no êxito de empresas e nações.
O Insead também formulou seu "Índice de Competitividade
do Talento Global". Na pesquisa, que envolve 103 países e 96% do PIB
mundial, o Brasil ocupa a 59ª posição.
As razões do fraco desempenho extrapolam o ensino deficiente
ou o PIB destinado à inovação (apenas 1%). Estatismo, baixa conexão a mercados
globais, predileção de jovens por concursos públicos e a mentalidade vigente na
maioria das universidades brasileiras de não "submeter-se à lógica do
mercado" são inibidores de talento.
Surge assim um duplo desafio. Se falamos em parâmetros além
das 10 mil horas, que dizer dos que, no início da idade adulta, sequer têm mil
horas de foco em aptidões?
Os brasileiros nascem com expectativa de viver 75 anos. Sem
o potencial do talento, terão pouca utilidade à economia do conhecimento. Serão
contudo "úteis", e durante bastante tempo, ao tráfico de drogas, à
pirataria e às manifestações mais virulentas do lumpesinato urbano.
E, na ponta mais sofisticada, o Brasil tem de alimentar sua
elite de talentos para que ela própria não seja crescentemente marginalizada da
redefinição dos rumos globais.
P.S.: Parabéns ao CIEE, Centro de Integração Empresa-Escola,
por 50 anos de lapidação de talentos no Brasil.
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Com 16 vagas na garagem, apartamento no Rio, custa R$ 61 milhões
A rede de hotéis Hyatt está construindo um prédio residencial de alto padrão na Barra da Tijuca; o apartamento mais caro do empreendimento vai custar R$ 61,124 milhões, segundo a imobiliária Lopes; na foto, sala e varanda de um apartamento Diplomatic.
Fachada
Planta do apartamento Diplomatic:
Click nas imagens para ver ampliado
Comissão da vingança
Uma das características mais marcantes dos regimes
comunistas é o seu revisionismo histórico. Stalin, o ditador da URSS, foi uma
espécie de precursor do photoshop: modificava fotos históricas para sumir com
seus inimigos e aumentar seu peso na Revolução Russa.
Na China, a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung destruiu
parte da rica herança do Império Chinês. A ascensão da esquerda na América
Latina chancelou uma série de narrativas históricas irreais com base na
"luta de classes".
Assim, as Farc tornaram-se um movimento que luta contra a
opressão e a pobreza, Che Guevara transformou-se em "combatente pela
liberdade" e Fidel Castro exemplifica o "baluarte contra o
imperialismo", entre outras insanidades.
O Brasil não escapou da tendência. Aqui há uma espécie de
obsessão pelo período de 1964 a 1985, anos durante os quais esteve em vigor o
Regime Militar. O PT e seus asseclas criaram uma mitologia de que as guerrilhas
comunistas surgiram como reação à derrubada de João Goulart e do AI-5.
No entanto, desde 1961 já havia guerrilhas financiadas e
treinadas pela ditadura cubana em ação no Brasil. Por isso, é mentira que os
guerrilheiros lutassem pela democracia.
Eles lutavam pela "Ditadura do Proletariado" e
para implantar um regime comunista inspirado em Cuba, uma ditadura que fuzilou
nada menos que 17 mil inimigos políticos desarmados em seus primeiros anos e é
responsável por mais de 100 mil mortes em seus 54 anos de existência.
Mesmo com toda essa brutalidade, ainda hoje em vigor, Cuba
segue sendo uma espécie de "Disneylândia para petistas" e um exemplo
a ser seguido. É razoável supor que, se aqueles guerrilheiros comunistas
tomassem o poder no Brasil na década de 60, teria havido um derramamento de
sangue infinitamente maior no país.
Desde a elaboração do "Programa Nacional de Direitos
Humanos - PNDH 3" tem-se tentado adulterar a história, com a criação de
uma "verdade oficial" com objetivo explícito de rasgar a Lei de
Anistia e punir os militares.
O PT, cuja liderança é formada por ex-guerrilheiros e
"intelectuais" marxistas, quer vingança e não justiça, reconstruindo
o passado através da "Comissão da Verdade".
Em uma comissão preocupada com fatos e comprometida com a
verdade, crimes de guerrilheiros e militares seriam investigados.
Mas a comissão foi criada para investigar apenas um lado,
pois vários integrantes do PT e do atual governo teriam muitas explicações a
dar e muito a temer da Justiça, afinal seus atos criminosos, esquecidos pela
Lei da Anistia, são abundantes. Com a "Comissão da Vingança" petista
é o Brasil e a ordem democrática que têm muito a temer.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Novo aeroporto
Um aeroporto com financiamento do banco BMG, maior que o aeroporto da
Pampulha, em BH, será instalado ao fundo do condomínio Morro do Chapéu,
em Nova Lima, com capacidade para abrigar voo comercial, de acordo com o
secretário de comunicação de Nova Lima, Sérgio Motta.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Marcus Pestana: Unir para vencer, vencer para avançar e inovar
Por Marcus Pestana *
Na última
segunda-feira, 10, retirei a minha pré-candidatura ao governo de
Minas, apoiada por dezenas de lideranças políticas municipais e
parlamentares, em favor do ex-prefeito de BH e ex-ministro Pimenta da
Veiga. Aqui vai um breve resumo do meu pronunciamento na
ocasião:
“Daqui a oito meses elegeremos o novo presidente da República e o novo governador de Minas. Serão escolhas definidoras do futuro que imaginamos para as novas gerações brasileiras. É preciso avançar. E Minas estará no centro dos acontecimentos em 2014.
A política é a grande ferramenta de mudança da realidade. A política é a arte de tornar possível o necessário, é o campo onde podemos realizar e praticar sonhos, projetos, valores, ideais, objetivos coletivos.
A política para mim sempre teve sentido coletivo e embasamento ideológico e ético. Desde os tempos do combate à ditadura, minhas convicções não se alteraram. O amadurecimento natural das ideias e da postura pessoal não apagou o espírito essencial de enxergar na política a possibilidade de revolucionar o mundo e a vida a partir de um conjunto de ideias e princípios. A política não é campo para vaidades ou ambições pessoais.
Enxergo a política e a administração pública, minhas duas vocações, faces diferentes da mesma moeda.
Em 2014, temos como tarefa central mudar o Brasil. Com Aécio, o maior e mais completo líder político de minha geração, poderemos levar Minas ao coração das decisões nacionais. Isso é bom para Minas, mas melhor ainda para o país. Tendo à frente Aécio poderemos desencadear um ousado programa de reformas que responda aos desafios do Brasil neste início de século XXI. Temos que construir uma grande vitória em Minas para levar Aécio à Presidência da República. E, para isso, temos que estar unidos.
Mas temos uma segunda tarefa em 2014: reivindicar junto à sociedade mineira a renovação do mandato de confiança para que, a partir de 2015, Minas continue no rumo certo.
Há momentos de avançar, e há momentos em que é preciso saber recuar. Política não é uma travessia solitária, é esforço de time, é obra de muitos. Retiro o meu nome do processo como pré-candidato a governador para apoiar com todas as minhas energias Pimenta da Veiga.
Eu o conheço desde 1986. Não existem diferenças de fundo, de visão de mundo, de concepção política, de olhar sobre o futuro, sobre Minas e o Brasil, entre Pimenta da Veiga e eu. Há uma grande identidade política e ideológica entre nós dois, e esse é o fundamento sólido de nossa unidade. As diferenças geracionais, de estilo pessoal e de trajetória recente são pequenas e secundárias, em face dos desafios que juntos enfrentaremos a partir de agora.
Peço a cada companheiro que era entusiasta da minha pré-candidatura que faça por Pimenta da Veiga o que faria por mim. Vamos à luta. Unidos, venceremos. Vencendo, continuaremos a transformar Minas e o Brasil, com ousadia e coragem”.
“Daqui a oito meses elegeremos o novo presidente da República e o novo governador de Minas. Serão escolhas definidoras do futuro que imaginamos para as novas gerações brasileiras. É preciso avançar. E Minas estará no centro dos acontecimentos em 2014.
A política é a grande ferramenta de mudança da realidade. A política é a arte de tornar possível o necessário, é o campo onde podemos realizar e praticar sonhos, projetos, valores, ideais, objetivos coletivos.
A política para mim sempre teve sentido coletivo e embasamento ideológico e ético. Desde os tempos do combate à ditadura, minhas convicções não se alteraram. O amadurecimento natural das ideias e da postura pessoal não apagou o espírito essencial de enxergar na política a possibilidade de revolucionar o mundo e a vida a partir de um conjunto de ideias e princípios. A política não é campo para vaidades ou ambições pessoais.
Enxergo a política e a administração pública, minhas duas vocações, faces diferentes da mesma moeda.
Em 2014, temos como tarefa central mudar o Brasil. Com Aécio, o maior e mais completo líder político de minha geração, poderemos levar Minas ao coração das decisões nacionais. Isso é bom para Minas, mas melhor ainda para o país. Tendo à frente Aécio poderemos desencadear um ousado programa de reformas que responda aos desafios do Brasil neste início de século XXI. Temos que construir uma grande vitória em Minas para levar Aécio à Presidência da República. E, para isso, temos que estar unidos.
Mas temos uma segunda tarefa em 2014: reivindicar junto à sociedade mineira a renovação do mandato de confiança para que, a partir de 2015, Minas continue no rumo certo.
Há momentos de avançar, e há momentos em que é preciso saber recuar. Política não é uma travessia solitária, é esforço de time, é obra de muitos. Retiro o meu nome do processo como pré-candidato a governador para apoiar com todas as minhas energias Pimenta da Veiga.
Eu o conheço desde 1986. Não existem diferenças de fundo, de visão de mundo, de concepção política, de olhar sobre o futuro, sobre Minas e o Brasil, entre Pimenta da Veiga e eu. Há uma grande identidade política e ideológica entre nós dois, e esse é o fundamento sólido de nossa unidade. As diferenças geracionais, de estilo pessoal e de trajetória recente são pequenas e secundárias, em face dos desafios que juntos enfrentaremos a partir de agora.
Peço a cada companheiro que era entusiasta da minha pré-candidatura que faça por Pimenta da Veiga o que faria por mim. Vamos à luta. Unidos, venceremos. Vencendo, continuaremos a transformar Minas e o Brasil, com ousadia e coragem”.
*Marcus Pestana é Deputado federal (PSDB-MG)
Embarque travado
Os
exportadores de açúcar estão penando nos portos brasileiros para
embarcar a produção. Até o fim da semana passada, nada mais, nada menos
do que 27 navios estavam atracados na barra, esperando a hora de
embarcar, gerando prejuízos diários. Além de todas as dificuldades no
campo, o transporte, desde a fazenda até o consumidor final, eleva o
preço e torna o açúcar brasileiro pouco competitivo no mercado
internacional.
Nas mãos de São Pedro
A
temperatura alta não está causando problemas só com o abastecimento de
água e a produção de energia. Chegou ao principal cardápio dos
brasileiros: a oferta de feijão está comprometida neste semestre. O
forte calor afetou a produção na safra que acaba de ser colhida e terá
efeitos na que está sendo plantada. O mercado só deverá voltar ao normal
com o plantio da terceira safra, no segundo semestre. Mesmo assim, se
São Pedro ajudar.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
QUEM FINANCIA OS BLACK BLOCS? QUEM FINANCIA O FORO DE SP?
Paulo Eduardo Martins sempre direto no xis da questão: quem financia os
black blocs, o Foro de São Paulo, essa “comunistada” toda que espalha o
caos pelo continente? Eis a pergunta que não quer calar…
black blocs, o Foro de São Paulo, essa “comunistada” toda que espalha o
caos pelo continente? Eis a pergunta que não quer calar…
PS: Ficarei feliz no dia em que um apresentador do Jornal Nacional
adotar esta postura firme diante de 70 milhões de espectadores.
adotar esta postura firme diante de 70 milhões de espectadores.
Por Rodrigo Constantino
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Qranio, startup de Juiz de Fora, atinge 20 milhões de reais em valor de mercado
Gian Menezes (E), Gui Affonso, Samir Iásbeck e Flávio Augusto (D)
Qranio, startup de quiz educativo, atinge o valor de R$ 20 milhões de reias no mercado
O quiz de game e educação Qranio recebeu uma nova rodada de investimentos e com isso atingiu o valuation (preço no mercado) - quanto a empresa vale, determinando seu preço justo e o retorno de um investimento em suas ações - de R$ 20 milhões. Com o novo investimento a equipe de desenvolvimento será ampliada.
Além disso, até o fim do primeiro semestre de 2014 devem ser lançadas versões do aplicativo nas plataformas Windows Phone, Windows 8 e Firefox OS. Novas categorias de perguntas serão lançadas no intervalo médio de 15 dias.
Outra novidade é a entrada de três sócios novos na startup. Dois deles empresários do mercado de capitais e o outro é um executivo do setor de telecomunicações. O investidor-anjo Gui Affonso foi o primeiro a acreditar e oferecer sociedade aos criadores da empresa Samir Iásbeck, Gian Oliveira e Flávio Augusto.
“Até 2017 seremos a principal plataforma mundial de educação e entretenimento”, comemora Iásbeck, CEO da Qranio. A empresa conta hoje com mais de 900 mil usuários que trocam moedas virtuais por prêmios.
Além disso, até o fim do primeiro semestre de 2014 devem ser lançadas versões do aplicativo nas plataformas Windows Phone, Windows 8 e Firefox OS. Novas categorias de perguntas serão lançadas no intervalo médio de 15 dias.
Outra novidade é a entrada de três sócios novos na startup. Dois deles empresários do mercado de capitais e o outro é um executivo do setor de telecomunicações. O investidor-anjo Gui Affonso foi o primeiro a acreditar e oferecer sociedade aos criadores da empresa Samir Iásbeck, Gian Oliveira e Flávio Augusto.
“Até 2017 seremos a principal plataforma mundial de educação e entretenimento”, comemora Iásbeck, CEO da Qranio. A empresa conta hoje com mais de 900 mil usuários que trocam moedas virtuais por prêmios.
Aceleradora do estado
Em um encontro com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastásia (PSDB) no início de fevereiro, Samir foi nomeado embaixador do programa Startup and Entrepreneurship Ecosystem Development (SEED), que fomenta e acelera startups no estado. “Assumo uma responsabilidade desafiadora, sinto um orgulho imenso de ser em Minas Gerais, pois conheço outros empreendedores do estado e sei quanto todos vão evoluir”, garante o CEO.
Fonte: Correio Braziliense
Fonte: Correio Braziliense
Soja no Brasil ficará apodrecendo no pé
O Brasil, como já se estima há bom tempo, deve ter uma safra recorde de 90 milhões de toneladas de soja em 2014. Também já se sabe que mais de 20% desse total será simplesmente jogado no lixo, porque os portos brasileiros não têm condições de escoar uma produção de tamanho volume. Por que, sabendo perfeitamente disso tudo, o governo aplicou miseráveis 15 milhões de dólares em seus portos em todo o ano de 2013 — contra, por exemplo, 1,4 bilhão de reais gastos para construir o Estádio Mané Garrincha, em Brasília? Pior: por que Dilma deu de presente a Cuba um porto novo em folha, no valor de 1 bilhão de dólares, enquanto nossa soja ficará apodrecendo no pé?
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
A confiança dos empresários no governo acabou, diz sócio da Natura
Presidente do Iedi, Pedro Passos, diz que a ‘falta de direção’ na economia cria instabilidade e ‘insegurança no meio empresarial’
Pedro Passos é um dos principais representantes da indústria brasileira.
Além de ser um dos fundadores e sócios da fabricante de cosméticos
Natura, ele é presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial (Iedi), organização que reúne alguns dos maiores industriais
do País.
Passos atribui os resultados ruins da indústria de 2013, divulgados
na semana passada, ao que chamou de "ambiente econômico prejudicado".
Para o empresário, "falta direção" na economia e há insegurança no meio
empresarial. "O clima de confiança do empresariado não existe, acabou",
disse Passos, na entrevista a seguir.
O que explica os dados ruins da produção industrial em 2013, especialmente em dezembro?
Foi uma surpresa negativa, a queda foi muito maior do que se previa. Uma primeira análise mostra um desempenho setorial disperso, com retração nos setores de consumo. Mas tivemos performance melhor de alguns setores, inclusive dos ligados ao comércio exterior. Setores de transporte, calçados e madeira, apesar da fragilidade, exportaram mais, principalmente para a Argentina. Apesar de um resultado global muito ruim, há uma perspectiva positiva.
Como o setor empresarial reage a esse resultado?
O ambiente econômico está muito prejudicado no País. A taxa de investimento é muito baixa, o clima de confiança não existe, acabou. Falta direção. Não está claro para onde estamos indo, quais são os grandes compromissos. Isso cria instabilidade. O resultado de dezembro é um problema que vem se acumulando há muito tempo. E esse cenário não nos dá muita esperança porque a gente já entra em 2014 com ritmo lento. E ainda sujeitos à volatilidade da economia internacional. Esse cenário volátil repercute com a falta de definição interna. As dificuldades que temos em saber qual é o caminho, qual é a aposta (do País), criam um ambiente de muita insegurança no meio empresarial.
Como assim?
Existe necessidade de uma nova definição de modelo econômico. O cenário muda e o País precisa se adaptar. É importante retomar uma agenda que o Iedi coloca há algum tempo, de busca de produtividade.
FONTE: O Estado de S. Paulo - Cleide Silva e Ricardo Grinbaum - 08 de fevereiro de 2014
O que explica os dados ruins da produção industrial em 2013, especialmente em dezembro?
Foi uma surpresa negativa, a queda foi muito maior do que se previa. Uma primeira análise mostra um desempenho setorial disperso, com retração nos setores de consumo. Mas tivemos performance melhor de alguns setores, inclusive dos ligados ao comércio exterior. Setores de transporte, calçados e madeira, apesar da fragilidade, exportaram mais, principalmente para a Argentina. Apesar de um resultado global muito ruim, há uma perspectiva positiva.
Como o setor empresarial reage a esse resultado?
O ambiente econômico está muito prejudicado no País. A taxa de investimento é muito baixa, o clima de confiança não existe, acabou. Falta direção. Não está claro para onde estamos indo, quais são os grandes compromissos. Isso cria instabilidade. O resultado de dezembro é um problema que vem se acumulando há muito tempo. E esse cenário não nos dá muita esperança porque a gente já entra em 2014 com ritmo lento. E ainda sujeitos à volatilidade da economia internacional. Esse cenário volátil repercute com a falta de definição interna. As dificuldades que temos em saber qual é o caminho, qual é a aposta (do País), criam um ambiente de muita insegurança no meio empresarial.
Como assim?
Existe necessidade de uma nova definição de modelo econômico. O cenário muda e o País precisa se adaptar. É importante retomar uma agenda que o Iedi coloca há algum tempo, de busca de produtividade.
FONTE: O Estado de S. Paulo - Cleide Silva e Ricardo Grinbaum - 08 de fevereiro de 2014
Black blocs, PSOL, raposas e sininhos: alguém ainda acredita em “manifestação” espontânea?
Muitas perguntas ficam no ar. Por
exemplo: qual o real grau de envolvimento do deputado do PSOL Marcelo
Freixo nesse vandalismo todo orquestrado pelos black blocs? O deputado
nega qualquer envolvimento, claro. Mas as suspeitas existem, seu nome foi mencionado
pelo advogado do rapaz acusado de ter ajudado a jogar o rojão que
ameaça tirar a vida do cinegrafista da Band, Santiago Andrade.
Eliza Sanzi, cuja “profissão” é ser
manifestante, ofereceu ajuda (de que tipo?) às pessoas ligadas a Marcelo
Freixo. Sininho, como é conhecida, já esteve presa por baderna em
frente à Câmara dos Vereadores, em outubro. Talvez essa gente sofra da
Síndrome de Peterpan, e nunca tenha amadurecido. Se acham os eternos
rebeldes sem causa, que ainda precisam confrontar todo tipo de
autoridade para se provar na vida.
De onde vem o dinheiro que sustenta tanto
vagabundo mascarado? Qual o envolvimento do próprio PSOL nisso tudo?
Freixo, que virou herói em filme de ficção e é idolatrado pela esquerda
caviar, precisa se explicar. A mãe de Fábio Raposo, o tatuador preso por
entregar o rojão ao comparsa, disse acreditar que o filho tenha algum
tipo de ligação com Freixo sim.
Alguém ficaria realmente surpreso se
ficasse comprovado o envolvimento do partido? Um partido, não custa
lembrar, que já deu todo apoio até para terrorista assassino, como o
italiano Cesare Battisti. E que tem, entre seus fundadores, outro
terrorista italiano, o socialista Achille Lollo. Alguém acha mesmo que o PSOL é digno de alguma confiança?
O PSOL é apenas o PT de ontem. Mesmo ainda minúsculo, já tem sua cota de escândalo de corrupção, como aquele envolvendo a deputada Janira Rocha
no Rio. Imaginem com mais poder! Quem ainda acredita no PSOL como um
partido puro? É preciso ser muito ingênuo mesmo. Até podemos desculpar
quem um dia acreditou no PT. Mas quem ainda acredita no PT hoje, ou em
seu filhote PSOL, não tem desculpa: é idiota útil mesmo.
Raposo, Sininho, Freixo, black blocs:
alguém ainda acredita em “manifestação” espontânea? Alguém realmente
acha que não há interesse político nisso tudo? A esses, aviso que Papai
Noel não vai levar presente no Natal deste ano, por mau comportamento ou
por abusar do direito de ser néscio.
Por fim, fica um puxão de orelha na
própria imprensa, que ajudou a alimentar o monstro que agora quer
devorá-la. Ajudou a enaltecer os vagabundos mascarados, a criar a falsa
imagem de que o gigante havia acordado, de que a polícia era o problema
na questão da violência.
A esquerda caviar, então, nem se fala!
Quantos “intelectuais” e artistas defenderam os black blocs? Alguns até
se fantasiaram para ajudar a vender a ideia de que eram revolucionários
em nome da justiça e liberdade. Não é verdade, Caetano Veloso?
O resultado está aí: um cinegrafista
entre a vida e a morte. Pergunto: se fosse um policial, a reação seria a
mesma? Se fosse um transeunte, um cidadão comum passando por ali, a
reação seria a mesma? São muitas perguntas…
PS: E por favor, vamos parar de chamar criminoso de “ativista”, caramba?!
Rodrigo Constantino
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Emergentes: a ‘Grande Triagem’
Por Marcos
Troyjo
Grandes
mamíferos, assim como investidores internacionais, são hipersensíveis.
Comportam-se como manada. Reagem instintivamente a oportunidade e perigo.
Bancos de investimento são intérpretes, e muitas vezes origem, do estouro da
boiada.
Após 6
anos em que mercados desenvolvidos foram fonte de más notícias, é hora dos
emergentes sentirem o impacto da aversão ao risco.
Há grande generalização nesses
movimentos. O índice MSCI de Mercados Emergentes, por exemplo, abarca países
tão distintos quanto Egito, México, República Tcheca, Qatar, Coreia do Sul ou
Grécia.
Para
evitar mais superficialidades, Wall Street liga a máquina de produzir siglas e
modula os que mais perdem. As estrelas cadentes são os “Fragile-5”:
Brasil, Indonésia, África do Sul, Índia e Turquia, identificados pelo Morgan
Stanley como mais vulneráveis em razão de quadro fiscal insatisfatório.
A
ojeriza surge em grande parte de fatores externos aos emergentes. Retomada do
crescimento nos desenvolvidos. Diminuição dos estímulos monetários nos EUA.
Propalada desaceleração da China. Todos esses vetores vêm sendo exacerbados.
Os
ricos não estão com essa bola toda. Embora o Banco Mundial estime que neste ano
os EUA cresçam 2,8%, a Zona do Euro expandirá 1% e o Japão, 1,4%. Os
emergentes, 5,3%.
Entre
2004 e 2006, período em que países emergentes foram responsáveis por 70% do
crescimento mundial, a taxa básica de juros dos EUA (FED funds) subiu de 1%
para 5,25 %. Hoje, está entre 0% e 0,25% e mantém-se a recompra de ativos em
US$ 65 bilhões mensais. Será que a atual bomba de sucção de liquidez é tão
poderosa assim?
A
aterrissagem chinesa também precisa ser vista de forma proporcional ao peso do
dragão asiático no mundo. Entre 2004 e 2006, a economia chinesa cresceu à média
anual de 11,4%. Seu PIB saltou de US$ 2 trilhões para 2,7 trilhões.
Contribuição incremental de US$ 700 bilhões à economia global.
Se
entre 2014 e 2016 a China crescer em média 7% ao ano, seu PIB pulará dos atuais
US$ 9 trilhões para US$ 10,3 trilhões. A diferença positiva é quase o dobro do
que há 10 anos a China agregava ao PIB mundial. Quanto à demanda, em 2004 a
China comprava US$560 bilhões do exterior. Neste ano importará mais de US$ 2
trilhões.
Há,
portanto, muito de Maria-vai-com-as-outras na atual sabedoria convencional
contra os emergentes. Reações epidérmicas vão passar. Não nos aguarda uma
reedição da velha geometria Norte-Sul. Nada, contudo, de nova febre pelos
emergentes. Após essa grossa generalização, deve seguir-se uma depuração dos
emergentes com maior potencial.
Nesse
processo, o foco se lançará para além da macroeconomia. Será mais do que
contrapor panorama internacional de liquidez ao quadro fiscal de curto prazo
deste ou daquele país.
O
critério diferenciador será o modelo de economia política adotado para lidar
com um cenário de cadeias produtivas globais, acordos seletivos de comércio e
investimento e a corrida por inovação. O Brasil terá sucesso nessa "Grande
Triagem”?
domingo, 9 de fevereiro de 2014
Financiamento para empresas une Fiat, XP e BDMG
Um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) foi constituído em parceria com o Grupo Fiat, a XP Investimentos e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. O banco, além de ser consultor especializado, é investidor. O objetivo é oferecer às empresas uma alternativa de financiamento de curto prazo. O Fundo provê capital de giro a empresas de cadeias produtivas mineiras por meio da antecipação de recebíveis, atuando de maneira complementar à carteira de produtos do BDMG.
R$ 98 milhões é o patrimônio líquido do FIDC
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Aécio Neves ganha jantar de João Dória Jr
Aécio Neves será o centro de um jantar, dia 31 de março, oferecido por
João Dória Jr. Deverá ser a primeira recepção em que o senador
responderá como candidato oficial do PSDB à Presidência da República. O
encontro acontecerá na casa do anfitrião, no Jardim Europa, em São
Paulo. É bom lembrar que essa é a data em que o golpe militar de 1964
completa 50 anos.
Mensaleiro Esperança
Piadistas no engraçado mundo da internet não
perdem tempo.
Já informam que a Rede Globo e a Unesco esperam
contar com duas ajudas de peso para reforçar a arrecadação no
Criança Esperança de 2014.
Mas José Genoíno e Delúbio Soares - que
comprovaram ser bons em captar doações - têm planos de fundar uma
seita para concorrer com a igrejinha PT...
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Máquina que faz pizza em 2,5 minutos chega ao Brasil a 130 mil para investidor
Os empresários do ramo de alimentação estão apostando suas fichas nas
“vending machines" (máquinas de vendas) para elevar os lucros. A bola da
vez é uma máquina italiana que faz pizza em até três minutos. A
novidade já desembarcou no país e as primeiras unidades serão instaladas
nos próximos dias, à princípio em São Paulo, mas pelo menos 50 peças já
estão reservadas e 2 mil interessados, sendo 101 em Minas Gerais.
A
expectativa é instalar pelo menos 100 vending machines este ano.
Segundo o italiano Enrico Mondio, diretor da PVM, responsável pela vinda
das máquinas para o Brasil, a empresa foi criada especialmente para
trazer a operação da Pizza Pronto para o Brasil. Ele afirmou que a
máquina foi descoberta durante uma viagem para a Europa, em um aeroporto
de Milão. “Fomos até a fábrica no Norte da Itália e percebemos que o
negócio poderia ser interessante para o Brasil”, conta.
Segundo ele, as
negociações começaram em 2011. “Assinamos um acordo de exclusividade e
começamos a desenvolver parcerias com fornecedores brasileiros, o único
ingrediente que é trazido da Itália é uma farinha especial, o restante
foi adaptado para o gosto do brasileiro, inclusive, o molho vem de Minas
Gerais”, disse.
Para quem quiser investir em uma máquina, a empresa trabalha com o
sistema de comodato e licenciamento, além de estudar a possibilidade de
abrir franquias. O investimento é de R$ 130 mil, com contrato de quatro
anos. O custo sugerido de venda ao público será de R$ 15 por pizza,
tamanho 27 cm de diâmetro (seis pedaços), sendo que o custo para o
franqueado ou licenciado da matéria prima (incluindo embalagens e
ingredientes) por pizza é indicativamente de R$ 8,00 (sem considerar o
custo do ponto comercial).
O cliente receberá também no momento da compra uma caixinha com guardanapos, faca e garfo (gratuitamente e embutidos no preço da pizza), além da caixa da pizza com tampa. “No nosso business plan estamos calculando que a máquina iniciará a dar um retorno depois de 1 ano e meio, dependendo do numero de pizzas vendidas por dia. O nosso cálculo foi baseado com uma venda de cerca 40 pizzas/dia, durante 30 dias".
Outra consideração interessante feita pela empresa é que o Brasil, segundo consumidor de pizzas do mundo, perde somente para os EUA e, em países que não tem alguma tradição cultural com pizzas (Israel, Chile, Rússia, Emirados Árabes, etc.) se vendem no mínimo 30 pizzas por dia. O funciomento da máquina pode ser visto no site da empresa.
O cliente receberá também no momento da compra uma caixinha com guardanapos, faca e garfo (gratuitamente e embutidos no preço da pizza), além da caixa da pizza com tampa. “No nosso business plan estamos calculando que a máquina iniciará a dar um retorno depois de 1 ano e meio, dependendo do numero de pizzas vendidas por dia. O nosso cálculo foi baseado com uma venda de cerca 40 pizzas/dia, durante 30 dias".
Outra consideração interessante feita pela empresa é que o Brasil, segundo consumidor de pizzas do mundo, perde somente para os EUA e, em países que não tem alguma tradição cultural com pizzas (Israel, Chile, Rússia, Emirados Árabes, etc.) se vendem no mínimo 30 pizzas por dia. O funciomento da máquina pode ser visto no site da empresa.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A História e a Europa
Para o historiador Harold James, no centenário da eclosão da Primeira Guerra, outros conflitos, como o da Síria, poderiam ser estopim para um novo conflito
Soldados alemães usam máscaras de gás enquanto operam uma arma especializada em abater aviões
na I Guerra Mundial
(General Photographic/Getty Images)
Por Harold James *
A História influi, mas de diferentes maneiras. Em alguns lugares e
para algumas pessoas, a História significa eternos confrontos que são
moldados por forças geopolíticas profundas: o que ocorreu há quatro
séculos pode representar o mesmo que ontem. Em outros lugares e para
outras pessoas, a História sugere uma necessidade de encontrar maneiras
de escapar de situações antigas e complexas e preconceitos
ultrapassados. É essa diferença que define a batalha intelectual que
ocorre atualmente ao redor da Europa.
Com o centenário da eclosão da Primeira Guerra Mundial, este ano,
dezenas de novas análises da "guerra para terminar todas as guerras"
surgiram na imprensa. E é tentador ver paralelos contemporâneos na
complacência imperial da Europa, particularmente na firme convicção de
que o mundo seria tão interligado e próspero que qualquer inversão fosse
impensável. Hoje, apesar dos supostos efeitos civilizadores de cadeias
globais de abastecimento, as tensões na Síria ou no mar da China
Meridional poderiam explodir o mundo – assim como ocorreu no conflito na
Bósnia, em 1914.
Refletir sobre o legado da Grande Guerra é também uma ocasião de
reviver a mentalidade da época. No Reino Unido, o secretário da
Educação, Michael Gove, recentemente levantou um forte debate político,
posicionando-se contra os historiadores que enfatizam a futilidade da
guerra, chamando-a de uma "guerra justa" contra o "implacável darwinismo
social das elites alemãs." Isto parece ser uma alusão velada às lutas
de poder da Europa contemporânea.
Mas o ano de 1914 não é o único, nem o mais atraente ponto de
comparação para interpretar o passado da Grã-Bretanha. O ano de 2015
será o bicentenário da Batalha de Waterloo e da derrota final de
Napoleão. O político de direita britânico Enoch Powell costumava afirmar
que o mercado comum europeu é a vingança que os alemães e os franceses
impuseram à Grã-Bretanha pelas derrotas que o bloco de países lhes
infligiu.
As celebrações e comemorações estarão cheias de simbolismo
relacionado aos conflitos contemporâneos. O primeiro-ministro britânico,
David Cameron, já teve de deslocar uma reunião de cúpula com o
presidente francês François Hollande do Palácio de Blenheim, local
proposto inicialmente, porque diplomatas franceses perceberam que o
edifício havia sido construído para homenagear John Churchill, o Duque
de Marlborough, que esmagou as forças de Luís XIV em 1704, perto da
pequena cidade da Baviera que deu o nome ao palácio.
O ano de 1704 é repleto de significado. A vitória sobre a França
estabeleceu as bases para o Tratado de União de 1707 entre Inglaterra e
Escócia. Essa união é objeto de um referendo importante que será
realizado este ano em território escocês.
Datas históricas alusivas estão sendo usadas ostensivamente, de forma
semelhante, em outro extremo do continente europeu, para invocar
imagens de inimigos que repercutem em debates políticos contemporâneos.
Há alguns anos, um filme russo, simplesmente intitulado “1612”,
evocou a era das trevas na Rússia, quando a enfraquecida liderança levou
o país a ser invadido e subvertido por astuciosos empresários e
aristocratas poloneses.
O diretor do filme, Vladimir Khotinenko, disse que foi importante que
seu público "não tenha considerado o filme como algo que aconteceu na
História Antiga, mas como um evento recente, que tenha sentido a ligação
entre o ocorrido há 400 anos e hoje."
Enquanto a Rússia luta para trazer a Ucrânia de volta à sua órbita,
outra data antiga se agiganta: 1709, quando o Tsar Pedro I, o Grande,
esmagou os exércitos sueco e cossaco na Batalha de Poltava. As margens
da Europa ocidental e oriental são obcecadas por datas que lembram suas
lutas: 1914, 1815, 1709, 1707, 1704 e 1612, entre outras. Por outro
lado, o núcleo do continente europeu é obcecado por transcender a
História, operando os mecanismos institucionais para superar os
conflitos que marcaram a Europa na primeira metade do século XX. O
projeto de integração europeu é uma espécie de libertação das pressões e
restrições do passado.
Após a Segunda Guerra Mundial, Charles de Gaulle desenvolveu uma
metafísica complicada para explicar o relacionamento do seu país com seu
passado problemático. Todos os países europeus foram traídos. "A França
sofreu mais que os outros porque foi traída mais que os outros. É por
isso que a França que deve perdoar... Somente eu posso conciliar a
França e a Alemanha, porque somente eu posso tirar a Alemanha da sua
decadência”.
Winston Churchill (um descendente direto do Duque de Marlborough), no
pós-guerra, tinha uma visão similar para superar as divisões e
contendas nacionalistas. "Este continente nobre (...) é a fonte da fé
cristã e a ética cristã", afirmou. "Se a Europa se unisse na partilha do
seu patrimônio comum, não haveria limite à felicidade, à prosperidade e
à glória dos seus trezentos ou quatrocentos milhões de habitantes.”
Hoje, o Centro Europeu é muito ingênuo ou muito idealista? É mesmo
possível escapar da História? Ou, ao contrário, há algo estranho na
maneira como as margens europeias obsessivamente recorrem aos marcos
históricos? Na Grã-Bretanha e na Rússia essa obsessão parece não ser
apenas uma maneira de defender os interesses nacionais, mas também um
mecanismo para apelar a uma população desencantada com a realidade
contemporânea do declínio do passado imperial.
De Gaulle e Churchill sabiam muito sobre a guerra, e queriam
transcender o legado sangrento de Poltava, Blenheim e Waterloo. Viam a
História como garantia de lições concretas sobre a necessidade de
escapar do passado. Hoje, as margens da Europa, por outro lado, parecem
determinadas a escapar para o passado.
* Harold James é professor de História na Universidade de Princeton
e pesquisador sênior do Centro para Inovação em Governança
Internacional
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Fusão no transporte rodoviário
O Grupo Águia Branca e a Itapemirim - parecem dispostas a ignorar as
hostilidades do passado e seguir numa só direção. Por uma só direção,
entenda-se a fusão de dois dos maiores conglomerados de
companhias de ônibus do país, que transportam por ano cerca de 15
milhões de pessoas. A associação daria origem a uma empresa
responsável pela venda de aproximadamente 12% de todas as passagens
interestaduais comercializadas no país e com uma receita anual perto
de R$ 3 bilhões - o valor contabiliza apenas a unidade de transporte
rodoviário da Águia Branca, que corresponde a 20% do faturamento do
grupo (R$ 4 bilhões em 2013). Ao volante deste comboio estão o nonagenário Camilo Cola, fundador da
Itapemirim, e Nilton Carlos Chieppe, presidente e um dos principais
acionistas da Águia Branca. Chieppe vislumbra na parceria um movimento estratégico capaz de revigorar sua operação de transporte de passageiros, que, ano a ano, tem participação cada vez menor no faturamento do Grupo Águia Branca. O nonagenário Camilo Cola é quem tem as maiores - e mais dolorosas - motivações para
fechar o negócio. A operação seria uma porta de saída para o
inflamável contencioso familiar e o impasse sucessório que pesam
sobre os ombros do empresário e colocam em dúvida o próprio futuro da
Itapemirim. O imbróglio consanguíneo teve início em 2008, com a morte
de Ignez Cola, mulher de Camilo. Desde então, sua filha, Ana Maria
Cola, briga na Justiça contra o pai e, por tabela, com o irmão, Camilo
Filho.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Problemas na Bacia
A produção de petróleo da Petrobras em 2013
foi 2,5% menor do que em 2012. Mas o que realmente chamou a atenção em
2013 foi a queda da produção na Bacia de Campos.
Em dezembro de 2013, foi 10% menor do que em dezembro de 2012. A
explicação técnica seria o fato de a Bacia de Campos estar entrando em
declínio pela idade.
Muitos analistas acham, porém, que a queda ocorre de forma muito
rápida – e aí a explicação seria uma gestão errada na produção.
Além disso, o número de sondas na Bacia de Campos caiu 30% entre 2011
e 2013 – e sem sonda não dá para aumentar a produção de petróleo,
lembra o consultor Adriano Pires.
Por Lauro Jardim - Veja
sábado, 1 de fevereiro de 2014
Não fui eu...
Publicado na edição impressa de VEJA
J. R. GUZZO
Nada como o fracasso para trazer à luz do sol alguns dos
defeitos mais desagradáveis que o ser humano esconde nos subúrbios distantes da
sua alma. Diz-me como lidas com teus fracassos, e eu te direi quem és
─ eis aí o resumo da ópera, numa adaptação do velho provérbio sobre as más
companhias. De fato, é quando as coisas complicam que fica mais fácil dividir o
bom do mau caráter. Personalidades construídas com material de primeira
qualidade sabem que o fracasso, em si, não é fatal; é apenas o resultado
dos erros de julgamento de todos os dias, e, portanto, deve ser enfrentado com
a disposição de fazer mudanças, adquirir mais conhecimento, ouvir mais gente e
assim por diante. Mas sabem, também, que o fracasso pode ser um pecado mortal
quando o seu autor não admite que fracassou, ou nega que tenha havido
realmente um fracasso, ou, pior que tudo, põe a culpa do fracasso nos outros.
Seu mandamento principal é uma frase muito ouvida nas salas de aula infantis:
“Não fui eu”. São pessoas fáceis de encontrar. Um dos seus habitats é
o governo.
A presidente Dilma Rousseff, por
exemplo, não perde nenhuma oportunidade de dizer
“não fui eu”. O ano de 2013, para ir direto ao assunto, foi uma
droga. O PIB cresceu abaixo de 2,5% ─ quase metade do que o governo tinha
prometido no começo do ano. O saldo da balança comercial teve o pior resultado
desde 2000, com uma queda de quase 90% em relação a 2012. Num tipo de molecagem
contábil cada vez mais comum, registrou-se como “exportação” a venda de
equipamento que nunca saiu do território nacional. Em dólar,
mesmo, não entrou um centavo no Brasil. Mas no papelório oficial
consta o ingresso de quase 8 bilhões, sem os quais, aliás, teria havido déficit
na balança de 2013. Outros truques parecidos fazem do Brasil um aluno promissor
da Escola de Contabilidade Cristina Kirchner.
Pela primeira vez em dez anos, caíram as vendas de carros. O
contribuinte pagou 1,7 trilhão de reais em impostos ─ a maior soma de todos os
tempos. Os brasileiros gastaram cerca de 25 bilhões de dólares no exterior,
quatro vezes mais do que os estrangeiros gastaram aqui ─ e qual a surpresa,
quando ficou mais barato comprar um enxoval em Miami do que em Botucatu? A
maior empresa do Brasil, a Petrobras, teve um desempenho calamitoso: em apenas
um ano, de 2012 a 2013, foram destruídos 40 bilhões de reais do seu valor de
mercado. O Brasil (que Lula, em 2006, proclamou “autônomo” em petróleo, e já
pronto para “entrar na Opep”) importou 40 bilhões de dólares em petróleo e
derivados em 2013.
A presidente, cada vez mais, dá a a impressão de estar
passeando num outro planeta. Segundo Dilma, 2013 até que foi um ano bem
bonzinho, e o que pode ter acontecido de ruim não foi culpa dela, e
sim da “guerra psicológica” que teria sofrido. Foram condenados, também, os
“nervosinhos” ─ gente que, segundo o ministro Guido Mantega, fez cálculos
pessimistas para as contas públicas de 2013. Veio, então, com uns miseráveis
decimais acima das tais previsões ─ que, de qualquer forma, ficaram muito
abaixo da meta prometida. Os juros foram a 10,5% ao ano, a inflação voltou a
roncar e o Brasil pode perder o seu sagrado “grau de investimento” em 2014.
A estratégia econômica resume-se hoje a repetir a ladainha
de sempre sobre o desemprego de “apenas 4,6%”, que na verdade parece ser de 7%,
e o aumento de renda que levou “milhões de brasileiros” a sair da miséria e
subir à “classe média”. Chega a ser piada de humor negro misturar dados de
desemprego no Brasil e em países do Primeiro Mundo, para vender a ilusão de que
“estamos melhor que eles”. O que adianta isso, quando o abismo entre nosso
bem-estar e o do mundo desenvolvido continua igual? Da “subida social” dos
brasileiros, então, é melhor nem falar. Falar o quê, quando o governo decidiu
que faz parte da classe média todo cidadão que ganha de 291 reais por mês a 1
019? A presidente quer que acreditemos no seguinte disparate: a pessoa entra na
classe média se ganhar menos da metade do salário mínimo por mês; se ganhar 1
020 reais, já fica rica.
A presidente Dilma daria um enorme passo adiante se deixasse
entrar na própria cabeça a ideia de que um fracasso é apenas um fato,
e não um julgamento moral. Ninguém se torna um ser humano melhor
porque acerta, ou pior porque erra. Mas no Brasil o que vale não é
enfrentar o fracasso lutando pelo sucesso. Melancolicamente, o que funciona é
negar a derrota e chamar a marquetagem para dar um jeito nas coisas. O
resultado são anos como 2013.
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