segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O extermínio dos Romanov


“Lênin era absolutamente indiferente ao sofrimento humano e não hesitava em ordenar as medidas mais selvagens para se vingar.” (Helen Rappaport)

Que o comunismo ainda consiga adeptos em pleno século 21 é um mistério, mas mais absurdo ainda é essa ideologia ser vista como nobre em sua origem. Muitos condenam o chamado “socialismo real” para proteger a utopia igualitária defendida por gente como Lênin, como se o comunismo tivesse se degenerado com o tempo. Mas o fato é que, desde sua concepção, aqueles atraídos pelo comunismo sempre foram os mais ressentidos. Os bolcheviques anunciaram que havia chegado a hora de fazer “a burguesia passar fome”. O próprio Lênin alimentava um ódio pela morte de seu irmão em 1887, enforcado por ter se envolvido em uma conspiração para assassinar o czar. A máscara do altruísmo foi usada pelos bárbaros em busca de vingança, sangue e violência.
Existem inúmeros casos que podem ser citados para corroborar com esta afirmação, mas poucos concentram tão bem esse lado negro do comunismo como o assassinato da família Romanov após a tomada de poder pelos bolcheviques. A historiadora Helen Rappaport, especialista em história russa, fez uma pesquisa minuciosa, relatada no livro “Os últimos dias dos Romanov”, sobre esse evento sombrio. O grau de detalhes contido no livro é impressionante, e ao mesmo tempo assustador. A frieza dos líderes bolcheviques fez com que as vítimas não fossem vistas como seres humanos, mas sim como representantes de uma classe política que deveria ser eliminada. Até mesmo as crianças eram apenas uma “instituição” a ser extirpada do jogo político para sempre.
Naturalmente, o destino dos Romanov não inocenta o governo autocrático de Nicolau, um czar tolerante à repressão violenta aos rebeldes. Mas nada justifica a forma com a qual os bolcheviques, liderados por Lênin, trataram a família durante a fase de consolidação do poder. O império de Nicolau estava bastante impopular devido à miséria agravada pela guerra. A imagem negativa de Alexandra, esposa de Nicolau, não ajudava; sua forte ligação com o manipulador Rasputin era motivo de insatisfação popular. O “homem santo” desfrutava da confiança da czarina pois Alexandra jurava que somente ele era capaz de cuidar da doença de seu filho hemofílico. Ainda assim, o povo russo, em geral, não compartilhava do mesmo ódio que os bolcheviques. Tanto que a prisão domiciliar de dezesseis meses da família e seu desfecho trágico tiveram que ser mantidos em sigilo, pois os bolcheviques sabiam o quão impopular seriam seus atos se viessem à tona.
O relato de Rappaport mostra uma família bastante comum durante o período confinada em uma casa em Ecaterimburgo, na Sibéria. O desespero frente às incertezas de seu destino fez com que a família imperial buscasse na fé religiosa a força para resistir. Seu cotidiano era basicamente preenchido com leitura e orações, uma vez que o confinamento dentro da casa era total. As janelas haviam sido pintadas e um muro de paliçada fora erguido para impedir a visão dos ilustres prisioneiros. Do lado de fora, reinava um clima de guerra civil, com a fome se espalhando após as medidas bolcheviques. As pessoas estavam sendo presas indiscriminadamente, e, com prisões lotadas, os hotéis e fábricas foram usados como locais de confinamento. Nesse tenebroso contexto, uma família buscava, unida, manter a esperança no futuro. Mas os bolcheviques tinham em mente um destino diferente para a dinastia dos Romanov.

Planos para resgatar o czar foram elaborados, mas Nicolau se recusava a ser salvo deixando para trás sua família. E resgatar todos, incluindo suas quatro filhas e seu primogênito doente, parecia tarefa quase impossível. Aceitando seu destino com resignação, Nicolau aguardaria aquilo que Deus tivesse preparado para sua vida. Ele não sabia que era Lênin, o diabo em pessoa, quem dava as cartas. Lênin considerava o regicídio uma necessidade, e julgamentos transparentes não passavam de uma besteira burguesa. Os bolcheviques jogavam no tudo ou nada, e quaisquer meios eram aceitáveis para seus fins. Trotski chegou a afirmar: “À nossa frente está a vitória total ou a ruína absoluta”. A palavra preferida dos bolcheviques era “aniquilação”: da propriedade privada, da monarquia, da religião, dos costumes burgueses etc. A palavra se tornou um eufemismo empregado pelos bolcheviques quando se referiam a assassinar seus oponentes, ou até para justificar uma extensa limpeza social.
Exterminar a família Romanov inteira não era algo politicamente tão simples assim. Lênin desejava colocar um fim na dinastia, mas não sabia como fazer isso sem manchar seu nome. Além disso, uma coisa era matar o czar, mas outra completamente diferente era eliminar a família toda, incluindo as crianças. Os líderes bolcheviques teriam que manter isso em segredo de Estado, ocultando os fatos principalmente dos estrangeiros. Apenas a lógica política era levada em conta pelos bolcheviques. Questões humanísticas não tinham espaço em suas reflexões. Como Trotski afirmaria mais tarde, “a família do czar foi vítima do princípio que compõe o próprio eixo da monarquia: a herança dinástica”. Diferente da Revolução Francesa ou da revolução de Cromwell, não bastava cortar a cabeça do rei; era preciso cortar “uma centena de cabeças Romanov”. Na verdade, o número foi infinitamente maior que este.

Os momentos finais da família Romanov são contados com riqueza de detalhe por Rappaport. Trata-se de uma cena digna de filme de terror. A família foi acordada no meio da noite e colocada num quarto escuro no subsolo da casa que funcionava como sua prisão. Foi dito aos Romanov que se tratava de uma mudança de endereço, pois estava perigoso demais permanecer naquele local. Yurovsky, que era muito próximo de Lênin e estava no comando da operação, leu um trecho da mensagem que selava o destino da família. Então, após a perplexidade do czar, o bolchevique sacou sua arma, deu um passo à frente e atirou no peito de Nicolau à queima-roupa. Em seguida, os demais bolcheviques encarregados da chacina abriram fogo no apertado cômodo escuro, fuzilando cada membro da família, incluindo o médico do czar.
Os tiros deixaram uma névoa que tornava a visão ainda mais difícil, e os gemidos vinham de toda parte. Os assassinos tiveram que golpear os corpos com a baioneta para finalizar o serviço, descarregando todo seu ódio. Nenhuma das filhas teve morte rápida ou pouco dolorosa. “Foram necessários vinte minutos de atividades frenéticas para matar os Romanov e seus serventes”, conforme explica Rappaport. Ela completa: “O que deveria ter sido uma execução limpa e rápida se transformou em um banho de sangue”. Não menos fria foi a tarefa de se livrar dos corpos na floresta depois, ateando fogo neles. Lênin tomou o devido cuidado de apagar qualquer registro oficial que ligasse seu nome a este ato bárbaro e covarde cometido pelos bolcheviques sob o comando de seu camarada Yurovsky, subalterno de sua extrema confiança.
Helen Rappaport resume a situação: “A execução a sangue-frio das crianças Romanov, junto com a tentativa de promover um extermínio sistemático de toda a dinastia, foi o teste final para a imoralidade da política bolchevique”. E pensar que até hoje há quem acredite que o comunismo é uma utopia nobre que atrai pessoas altruístas em busca de justiça e de um mundo melhor, e não bárbaros ressentidos procurando dar vazão ao seu ódio e sua pulsão de morte.

XIV Almoço Empresarial da ACJF terá convidados especiais

O XIV Almoço Empresarial  agendado para amanhã dia 01/03 no Victory Business Hotel às 12h, terá como convidados especiais Pedro Janot – Diretor Presidente da Azul Linhas Aéreas e  Wandir Luiz Silva – Presidente da FEDERAMINAS e o Prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos.O evento já consolidado na agenda da cidade acontece toda primeira terça-feira de cada mês atraindo empresários de diversos seguimentos. Para participar o interessado deve adquirir seu convite na sede da Associação Comercial e Empresarial de Juiz de Fora, localizada na Praça João Penido (Praça da Estação), 48/52, Centro. O valor é de R$ 35,00 para não associado e R$ 25,00 para associados.

Mais informações pelos telefones (32) 3215-2123 | (32) 8834-2509  |  (32) 9977-0007.
                 Não haverá venda de convite no dia do evento.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Abra os olhos para este chinês


No dia 18 de março, 46 concessionárias da chinesa JAC Motors serão inauguradas no Brasil ao mesmo tempo. Trata-se da aposta mais ousada do Grupo SHC, do empresário Sérgio Habib, ex-presidente da Citröen no país e atual representante das marcas Jaguar e Aston Martin. Junto com as lojas, a JAC contará com uma boa infraestrutura de pós-venda: Habib trouxe sete contêineres de peças – que ficarão num Centro de Distribuição em Barueri (SP) – e vai oferecer três anos de garantia, além de revisões com preço fixo.
Bom, até aí você pode alegar que a Chery promete condição parecida... A diferença crucial com relação às marcas conterrâneas é que os modelos da JAC passaram por uma longa bateria de testes no Brasil.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Uma piada contada por comunistas. Com o seu dinheiro



Querem ler uma piada de comunista? Só que vai ser contada com o seu dinheiro, tá?

Por Vera Rosa, no Estadão:
O presidente do PC do B, Renato Rabelo, disse hoje não ver irregularidade no fato de a organização não-governamental “Bola Pra Frente” cobrar uma taxa de intermediação de prefeituras para levar o programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, até as cidades. “ONGs podem cobrar taxas ou comissões”, disse ele. “E o Bola Pra Frente é um exemplo de ONG, segundo o Tribunal de Contas da União”.
Rabelo garantiu que o PC do B manterá “apoio e solidariedade” ao ministro do Esporte, Orlando Silva". “Alguém está fazendo intriga contra ele e o PC do B”, comentou. Desde domingo, o jornal O Estado de S. Paulo vem publicando reportagens que apontam falhas em convênios firmados pelo Ministério com instituições ligadas a representantes do PC do B.
Embora os comunistas não tenham obtido o espaço desejado no governo Dilma Rousseff, Rabelo amenizou o desconforto externado por dirigentes e parlamentares do partido. “Eu não posso me queixar de nada. Estamos em processo permanente de negociação e, só quando essa etapa for encerrada, poderemos fazer o balanço”, afirmou ele, numa referência aos cargos.

Por Reinaldo Azevedo

Amigo, irmão e líder

Na Guiné, onde estava num evento de reconstrução de uma ferrovia com apoio do Brasil, levado por Roger Agnelli, da Vale, o ex-presidente Lula não abriu a boca sobre a crise na Líbia e a nova disposição do ditador Muammar Kadafi de “virar mártir” por lá. Em 2009, sem nenhuma compensação diplomática ou comercial para o Brasil, Lula esteve lá, posou para fotos ao lado de Kadafi e chamou o coronel que está no poder há 42 anos de “amigo, irmão e líder”. Nessas horas, também o ex-chanceler Celso Amorim, o famoso Celsinho Quitandeiro, evapora.

Mordomias

A idéia de Dilma Rousseff de convidar o ex-presidente Lula para ser uma espécie de ministro extraordinário junto a países africanos esconde uma outra generosidade. Na condição de titular de um cargo oficial e sem nenhuma interferência nas representações diplomáticas na África, Lula terá direito a uma série de mordomias: passagens de primeira classe, hospedagem e transporte terrestre, tudo pago pelo governo, mais assessores e seguranças fora de sua cota, com possibilidade de visitar outros países sempre usando como desculpa conversas sobre a África. E tradutores, claro.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pergunta que não quer calar


Terá Lula enviado uma mensagem de apoio a seu “amigo, irmão e líder Kadhafi" ? Essas coisas são assim, né? Na alegria e na tristeza…

Príncipe Dom João de Orleans e Bragança



Sua Alteza, o Príncipe Dom João de Orleans e Bragança está sempre às voltas com muitos projetos e ocupações, às vezes bem variados. Quando aconteceu a tragédia na Região Serrana do Rio (começo de janeiro), por exemplo, o Príncipe foi um dos que participaram ativamente da ajuda às vítimas, chegando a passar dias e dias descarregando caminhão. Sua última vontade vai ser concretizada nesta terça-feira (22/02): será inaugurada a exposição “Retratos do império e o exílio — Imagens da família imperial brasileira no acervo de Dom João de Orleans e Bragança”, com todas as fotos emprestadas por ele. E, certamente, esse prazo deve ser estendido. Dom Joãozinho acha que ali é o lugar ideal para guardar tão rico acervo, com todas as condições técnicas e cuidados necessários. João, que é fotógrafo, deve saber o que está falando. Ele diz ainda que tem tanto amor pelo material, que está fazendo isso para garantir sua preservação. A partir das 20h, vai ter mesa-redonda sobre o tema “O imperador D. Pedro II e a fotografia brasileira no século XIX”, com Pedro Afonso Vasquez e Joaquim Marçal, dois estudiosos do assunto, em noite de convidados. Já a exposição ficará até 29 de maio

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

AZUL em Juiz de Fora


Em breve a AZUL Linhas Aéreas estará  chegando em Juiz de Fora. O anúncio deve ocorrer no próximo almoço empresarial promovido pela Associação Comercial de Juiz de Fora - ACEJF, que acontece dia 1º de março no Victory Business Hotel. O presidente da empresa, Pedro Janot, é esperado no almoço.

Universo à venda ?

O ex-senador Wellington Salgado, dono da Universo, está com as portas da universidade abertas para a chegada de um novo sócio. Mas se a proposta for caprichada, Salgado não pensa nem uma vez e meia. Vende toda a sua participação no negócio.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

"O Homem do Risco” é capa da Exame


O banqueiro André Esteves, dono do banco BTG Pactual está na capa da revista EXAME que chega as bancas amanhã em todo o país. A Edição relata como o CEO do BTG Pactual quadruplicou o valor do banco. No mercado financeiro brasileiro, 2010 foi o ano de André Esteves. Controlador do banco de investimento BTG Pactual, Esteves participou de grandes negócios do início ao fim do ano. Assessorou a venda da TAM para a chilena Lan e a associação entre Cosan e Shell. Fez uma série de aquisições com dinheiro do próprio banco. Prédios, redes de farmácias e hospitais estiveram entre seus alvos. Finalmente, vendeu em dezembro uma participação de 18% no BTG Pactual para um consórcio de fundos de investimento por 1,8 bilhão de dólares. Assim, o banco, comprado por ele em abril de 2009 por 2,5 bilhões de dólares, vale hoje quatro vezes mais.
Ambicioso ao extremo, conhecido por sua dedicação descomunal ao trabalho e sua agressividade na hora de fazer negócios, Esteves se transformou na última década. O antigo operador de renda fixa deu lugar a um banqueiro que circula no meio empresarial e em círculos políticos com a mesma desenvoltura. A venda do Pactual para os suíços do UBS fez dele um dos mais jovens bilionários brasileiros — tinha, então, 37 anos. Mas, como ele gostava de dizer, seu objetivo sempre foi transformar “2 bilhões em 6”. Acabou deixando o UBS Pactual após uma tentativa frustrada de comprar o banco de volta em meio à crise financeira de 2008. Saiu, fundou a BTG e, menos de um ano depois, conseguiu reassumir o Pactual. O recém-fechado negócio com os fundos de investimento dará a ele a chance de catapultar suas ambições. Um dos objetivos atuais de Esteves é estender os tentáculos do banco para outros países da América Latina. A corrida para multiplicar bilhões não vai parar.

Empresa familiar de Juiz de Fora pode trocar de dono em breve

Uma importante empresa familiar, de Juiz de fora pode trocar de dono, as negociações estão em curso podem ser concluídas nas próximas semanas. Em breve mais detalhes aqui no BLOG

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dengue assola Rio Novo - Situação crítica na cidade

Transcrito do Jornal Tribuna de Minas - 17 / 02 / 2011

Rio Novo tem apoio da Marinha contra dengue

Mariana Nicodemus
Repórter

A cidade de Rio Novo, a 52 quilômetros de Juiz de Fora, recebeu ontem o reforço de 14 fuzileiros Marinha no combate à dengue. O município, com cerca de nove mil habitantes, vive situação crítica, com 488 casos notificados em 2011 - o dobro do registrado até fevereiro de 2010 -, segundo a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Juiz de Fora. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a cidade é a primeira de Minas em número de registros de suspeita da doença por habitante. O percentual ultrapassa os 5% da população, e a previsão é que, em dois meses, até 60% dos moradores tenham sido infectados. Apesar do quadro, a Prefeitura local decidiu manter o carnaval, que é um dos mais populares da região e deve atrair 15 mil pessoas. A preocupação é de que a movimentação reflita no aumento das taxas de transmissão da dengue em cidades vizinhas.
Segundo a coordenadora do Setor de Epidemiologia da GRS, Lourdes Tavares, embora o índice de infestação predial de Juiz de Fora esteja alto, 6,4% conforme o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), a taxa de transmissão na cidade é baixa. O município contabiliza 159 notificações, segundo a GRS, o que corresponde a menos de 0,5% da população. "Podemos ter muitos mosquitos, mas eles só transmitirão a doença se estiverem infectados. A taxa de transmissão deslancha quando pessoas que contraíram dengue em outros locais voltam contaminadas e são picadas de novo."
O prefeito de Rio Novo, Antônio (Totõe) de Moura Varotto, nega que a situação na cidade seja alarmante e diz que o problema será contido até o carnaval. "Estamos fazendo nossa parte. O fumacê está rodando e oficiais da Marinha reforçam as equipes de combate. Além disso, se cada um cuidar de seu quintal, fica mais fácil. Aí teremos um carnaval melhor que o do ano passado, sem dengue." Ele destaca, ainda, que a cidade está preparada para prestar atendimento médico a todos os doentes.
A população, no entanto, não demonstra a mesma tranquilidade. A técnica em enfermagem Carla Soares, teve que vir a Juiz de Fora colher material para os exames de sorologia dela e da filha, que apresentaram sintomas de dengue na última semana. "A situação é precária. O único hospital da cidade não está dando vazão, já está lotado." A professora Maria Virgínia Braga teme que não haja assistência médica suficiente para moradores e visitantes durante o carnaval. "Quem ainda não teve dengue, já está preparado para ter. E quem já teve, está alarmado, porque pode ter novamente."
O infectologista Rodrigo Daniel de Souza aconselha que as pessoas evitem localidades com surto declarado de dengue, já que medidas paliativas, como uso de repelentes, não são totalmente eficazes para evitar o contágio. Ele também orienta que se evite a automedicação, pois remédios com ácido acetilsalicílico na fórmula podem provocar complicações em caso de dengue. Matias Barbosa, a 20 quilômetros de Juiz de Fora, também contabiliza alto número de notificações, com 108 casos suspeitos.
Em JF, pastores vão propagar mensagens contra o Aedes
Mantendo a estratégia de mobilização social para ampliar o cerco à dengue, que já tem 43 casos confirmados na cidade este ano, o prefeito Custódio Mattos (PSDB) se reuniu ontem com o Conselho dos Pastores de Juiz de Fora (Compas). Ele pediu apoio da entidade e dos filiados para tentar evitar nova epidemia da doença, que provocou 17 mortes em 2010."Estamos procurando os líderes, para que possam ajudar na disseminação da mensagem. Queremos que os pastores transmitam o apelo aos fiéis e também aos sacerdotes de outras igrejas, com os quais tenham contato."
Já o secretário de Saúde, Cláudio Reiff, lembrou que a luta contra o Aedes aegypti deve ser rápida, já que, em cerca oito dias, dependendo das condições do ambiente, o ovo se transforma em mosquito. Ele alerta que a situação tende a piorar nos próximos anos, pois o inseto já está é encontrado em água suja e salinizada, e não apenas em água parada e limpa.
Segundo o presidente do Compas, pastor Lourenço da Costa Júnior, a instituição vai multiplicar as mensagens de combate à doença em seus programas de rádio e nos cultos. "Vamos auxiliar para que, cada igreja, dentro de sua rotina, propague o cronograma dos mutirões e inclua em seus informativos e celebrações as mensagens sobre como evitar a doença".
No próximo sábado e domingo serão realizados as primeiras "Batalhas Regionais contra a Dengue", nas zonas Sul e Norte da cidade, respectivamente. Serão três finais de semana de atividades em todas as regiões do município, definidas com base no último Levantamento de Índice Rápido Aedes aegypti (Liraa), realizado em janeiro. Cerca de 1.200 funcionário da PJF participarão das atividades, entre agentes de saúde, fiscais de posturas, agentes de trânsito e guardas municipais. O Exército e a Polícia Militar também integram a força-tarefa contra a doença.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

muBoi.com - leilões

Fomentar negociações em um ambiente seguro, prático e de fácil acesso. Esse é o objetivo do muBoi.com, o novo site de leilões 100% online, criado pelos empresários Samir Iásbeck de Oliveira (CEO Emiolo), Vítor Velloso (dono do Mary Milk) e Giancarlos Wallyce Menezes. Com uma plataforma diferenciada de atuação, o muBoi.com oferece, aos seus clientes, um site inovador em tecnologia de leilões, baseado nos seguintes pilares de atuação: segurança, transparência e credibilidade nas transações.

Empenhado em apresentar animais de raça, gados de elite, gados de corte, sêmen e embrião, o muBoi.com avalia todos os cadastros realizados e conta com uma equipe especializada que visitará todos os animais em negociação, com o intuito de ressaltar as principais características do objeto do leilão. Os animais serão caracterizados e descritos para que todas as análises ocorram antes do arremate.
Visando manter uma conduta ética com vendedores e compradores, o muBoi.com se compromete com a veracidade das informações prestadas e com a fiscalização das negociações. Para nós, sua satisfação está em primeiro lugar.

A qualquer hora do dia ou da noite, durante sete dias por semana, você pode leiloar ou arrebatar animais de todo o território nacional. Através de um sistema rápido, seguro e econômico, você encontra o retorno e lucro desejado, tanto para os vendedores quanto para os compradores.

Com um formato diferenciado, as transações são simplificadas e você pode efetuar suas compras sem sair de casa. Com o muBoi.com você fica a apenas um clique de animais de raça de todo o Brasil. Acesse e confira www.muBoi.com

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Nova marca

O slogan que acompanhava a marca do governo federal nos oito anos de Lula era Um país de todose não era. A criação havia sido do baiano Duda Mendonça, que ainda não conseguiu desbloquear todos seus bens, devido aos processos de caixa dois na campanha de 2002. E se Duda exagerara nas cores, a nova marca do governo Dilma, criada pelo também baiano João Santana, é mais comportada, envolvendo verde e amarelo e inaugurando um losango laranja. O novo slogan é mais uma convocação à luta contra a miséria do que uma realidade: País rico é país sem pobreza. Entre pobres, extremamente pobres e subnutridos (ou seja, comem de vez em quando), são mais de 20 milhões de brasileiros. Pelos critérios da ONU, pobres são aqueles que conseguem sobreviver com menos de dois dólares por dia.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Intrigante


Se você ainda não recebeu, certamente receberá um e-mail que não soluciona o mistério, mas deixa a gente com a pulga atrás da orelha. Veja só: observe a tal mensagem que, em 2011, tivemos ou teremos as seguintes datas um tanto enigmáticas:

1/1/11, 11/1/11, 1/11/11 e 11/11/11.

Não contente, o e-mail convida o leitor a somar os dois últimos dígitos de seu ano de nascimento com a idade que fará em 2011. O resultado será sempre 111 (para os nascidos depois de 2000, o resultado será... 11) Duvida? Tire a prova... Mas o que isso quer dizer, ninguém soube explicar. Sugestões são benvindas...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Olho vivo em Madonna


A cantora Madonna virou persona non grata no território de Malaui, onde nasceram dois de seus filhos adotivos. Há dois anos, ela prometera construir uma escola para meninas em Chinkhota e até agora, não deu nem sinal. A população usava a área da escola para atividades agrícolas, foi removida e agora, quer o terreno de volta. Também no Brasil não foram confirmados nenhum dos projetos sociais prometidos por Madonna.  Eike Batista já recomendou a suspensão de parte de sua doação de US$ 7 milhões , dada em parcelas e condicionada à execução dos planos.

Encarado como suspeito


A mesma Caixa Econômica Federal que enterrou R$ 739 milhões na compra de 49% do Banco Panamericano, quando o banco já estava mal das pernas, demora, hoje em dia, quase dois meses para apurar saques de quantias pequenas, via cartão de débito clonado, de correntistas de mínimos saldos.
Pior: até que a Caixa chegue à conclusão de que o dinheiro foi surrupiado da conta por qualquer bandido, o próprio correntista (e se for pessoa humilde é pior) é encarado como suspeito.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Incompetência na Prefeitura de Rio Novo


Essa epidemia de DENGUE que assola Rio Novo, é fruto da incompetência do atual prefeito Antonio de Moura Varotto, e também culpa de certa parte da população da cidade que teve a oportunidade de mudança na última eleição para prefeito, e preferiu dar um segundo mandato ao Totõe.
Rio Novo padece de um governo municipal atrasado dezenas de anos. Um governo que constitui um verdadeiro entrave ao avanço da cidade. A pergunta que não quer calar é como a população elegeu um prefeito tão atrasado em um momento tão importante para o Brasil devido ao grande crescimento econômico dos últimos anos?
Onde estão aqueles que se juntaram para criar este caos na cidade e mesmo os que estavam antes no governo e hoje deveriam estar na vigilância da oposição?
A falta de medicamentos, a epidemia de dengue,  as mortes por falta de atendimento médico, o calote nos médicos e o abandono da Santa Casa de Misericórdia de Rio Novo , a falta de atendimento aos mais pobres de forma geral compõem a dor do povo que não sai nos jornais da cidade.
O pior sentimento para um povo é a falta de esperança. Diante dos desmandos desta administração e a inércia de políticos e da sociedade organizada é justamente o sentimento que está se instalando.
O Totõe Varotto deve estar achando que a epidemia de dengue é uma competição onde a cidade que possuir mais casos vence.
Para finalizar, o prefeito quer responsabilizar também os governos federal e estadual pela incompetência da Prefeitura Municipal de Rio Novo em impedir o avanço da epidemia de dengue.
Até coloca a responsabilidade em toda a sociedade residente e domiciliada no município.
A Prefeitura de Rio Novo está sem saber qual caminho seguir para impedir o avanço da dengue e preferem inventar culpados a achar uma saída eficaz.
Parabéns Sr. Prefeito Totõe Varotto por toda sua competência e inteligência ao escolher todos aqueles “funcionários de confiança” que deveriam exercer suas funções corretamente, mas não conseguem e buscam achar a culpa em todos, menos neles próprios.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

RESULTADO DA TRAGÉDIA



A União Soviética demorou sete décadas na maior barbárie do século passado (1917-1991) para abandonar a ilusão da “construção do igualitarismo dos pobres pelo socialismo utópico”, do estatismo e seus subprodutos como a luta de classes, a ditadura do proletariado, o ‘centralismo democrático’, o regime do partido único (ESTADO-PARTIDO), a censura, a ausência de liberdade, a repressão do Gulag, para ‘redescobrir’ a via do CAPITALISMO, ou seja, o óbvio: QUE TODOS OS PAÍSES DESENVOLVIDOS O FORAM COM O CONCURSO DECISIVO DO CAPITAL PRIVADO, ECONOMIA DE MERCADO, LIBERDADE, PLURALISMO, RESPEITO À PROPRIEDADE PRIVADA, AOS CONTRATOS E OS NECESSÁRIOS LIMITES AO GOVERNO.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

BTG Pactual XII CEO Conference


Recebi hoje convite da diretoria do banco BTG Pactual, para participar do BTG Pactual XII CEO Conference nos dias 15, 16 e 17 fevereiro, no Grand Hyatt São Paulo, um dos mais notáveis hotéis 5 estrelas em São Paulo.
O evento tem como o objetivo  discutir as tendências predominantes para o mercado de investimentos. O BTG Pactual organiza anualmente o CEO Conference, que em 2011 chega a sua 12a. edição.O principal evento organizado pelo Banco reúne os mais importantes fundos de investimento estrangeiro dos EUA, Europa e Ásia, centenas de investidores brasileiros e de outros países latino-americanos, líderes das 120 maiores empresas brasileiras de capital aberto, além de funcionários e especialistas da área administrativa e econômica.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Em Fórum na Rússia, Mario Garnero destaca liderança dos BRICs



O empresário Mario Garnero, presidente do Grupo Brasilinvest, primeiro merchant bank do Brasil, afirmou que os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) serão "o dínamo do crescimento econômico mundial nos próximos 10 anos". Ele falou para uma audiência de 500 líderes empresariais e políticos durante o Fórum Rússia 2011, organizado pelo Troika Diologue no World Trade Center de Moscou, nesta quarta-feira (2 de fevereiro de 2011) .
A conferência de Garnero foi precedida por palestras do ex-secretário do Tesouro dos EUA e chefe Econômico da Casa Branca no governo Barack Obama, Lawrence Summers, e do Prêmio Nobel em Economia, Joseph Stiglitz.
Ao analisar o crescimento de cada país do BRIC, Garnero disse que a China segue estratégia comercial bem definida há mais de três décadas. "A China continuará como potência industrial do mundo por muitos anos, porém focada nos mercados de exportação, deixando seu mercado interno para trás", sugeriu.
O presidente do Brasilinvest também salientou as vantagens competitivas da Índia como a mão-de-obra barata e a adição de valor no setor têxtil, outsourcing e TI. Elogiou a Rússia por sua grande comunidade científica e apontou que a recuperação da economia européia será bastante benéfica para Moscou. Além disso, apelou para a necessidade de se estabelecer maior intercâmbio de negócios entre Rússia e Brasil, cujo potencial é enorme.
Segundo Garnero, a presidenta Dilma Rousseff "está convencida da necessidade das reformas trabalhistas, previdenciária e fiscal, pelas quais está trabalhando com afinco".
Para os próximos cinco anos, o Grupo Brasilinvest atrairá recursos externos para a expansão da infraestrutura no Brasil e a realização de megaeventos esportivos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. "Também vamos contribuir com grandes projetos imobiliários no hub econômico de Campinas (Estado de São Paulo) e na renovação da área portuária do Rio de Janeiro", acrescentou.
Garnero asseverou que a posição do Brasil na economia global será resultado da sua competitividade na agricultura, mineração, extração de petróleo offshore, biocombustíveis, aviões e conglomerados bancários. "No Brasilinvest, também procuraremos novas tecnologias que possam auxiliar no desenvolvimento das indústrias de energia e TI, áreas prioritárias para nós" concluiu.

Endereços da web podem se esgotar esta semana


A internet está para ficar sem novos endereços, o que está levando gigantes da web como o Facebook Inc. e o Google Inc. a criar novas versões de seus sites e motivando telefônicas como a AT&T Inc. nos Estados Unidos ou a Telefônica no Brasil a renovar suas redes.
Esta semana, a organização que coordena os endereços da internet deve distribuir seu último lote de endereços existentes do protocolo de internet, ou IP, um passo equivalente a empresas telefônicas ficarem sem números para oferecer a seus clientes.
Os endereços de IP são sequências numéricas que direcionam o tráfego on-line para o lugar certo, similar à maneira como uma carta atravessa o sistema postal. Esse tipo de roteamento é geralmente invisível para os usuários - quando eles digitam www.facebook.com, por exemplo, estão na verdade conectando-se a um computador localizado no endereço numérico 66.220.149.32. É a oferta desses números que está para acabar.
Embora haja um novo sistema de endereçamento para a internet pronto para ser utilizado, que expande enormemente o número de endereços, ele não é compatível com o sistema atual. Por isso, em junho o Google, o Facebook, o Yahoo Inc. e outras empresas vão trocar para o novo endereço por um dia, no primeiro teste de larga escala da nova rede, apelidada de IP versão seis, ou IPv6.
Uma mudança permanente para um novo sistema de endereçamento de internet ainda vai levar anos. Mas agora ela é inevitável, disse Lorenzo Colitti, um engenheiro do Google que está ajudando a supervisionar a transição da empresa de busca para o IPv6.
A mudança é necessária por causa de um problema na maneira como a internet é projetada. A web é constituída de equipamentos de rede, como roteadores e servidores, que decodificam sinais eletrônicos usando um sistema de endereçamento criado mais de 30 anos atrás.
Esse sistema de endereçamento é chamado IP versão quatro, ou IPv4, que permite cerca de 4,3 bilhões de possíveis endereços. Nos anos 70, isso era mais do que o suficiente, já que a internet conectava somente uns poucos pesquisadores de governo e de universidades.
Mas agora todo tipo de aparelho se conecta à internet, bem como uma parcela cada vez maior da população mundial. Isso fez com que o número de endereços disponíveis caísse de mais de 1 bilhão em junho de 2006 para somente 117 milhões em dezembro de 2010, de acordo com a American Registry for Internet Numbers.
Mais de dez anos atrás, os fundadores da internet desenvolveram o sistema de endereçamento IPv6, que é muito maior e permite um número quase infinito de aparelhos e websites. Mesmo assim, menos de 0,25% das pessoas acessam atualmente a internet com conexões IPv6, informa o Google.
Se a mudança para o IPv6 der certo, a transição - que provavelmente ocorrerá gradualmente em vários anos - não terá um grande impacto nos consumidores. Alguns sistemas operacionais e roteadores mais antigos não vão funcionar com os novos endereços, mas os que foram comprados nos últimos dois ou três anos devem funcionar, de acordo com especialistas em rede.
As empresas de telecomunicação vêm atualizando suas redes de internet e celular. No Brasil, a Telefônica afirma que tem feito testes para implantar o IPv6 desde 2005 e que deve ter sua rede atualizada nos próximos dois anos. Nos EUA, a AT&T, por exemplo, gastou nos últimos anos "centenas de milhões" de dólares para atualizar sua rede de internet para grandes empresas, bem como na compra regular de equipamentos de rede que sejam compatíveis com o novo sistema de endereçamento, disse Dale McHenry, vice-presidente de serviços de redes empresariais.
Agora, as empresas vão precisar instalar equipamentos de rede compatíveis com os novos endereços e construir conexões para seus websites para as pessoas que utilizam os novos endereços.
No ano passado, a principal autoridade americana na área de tecnologia da informação determinou que todas as novas compras de tecnologia feitas pelo governo americano precisam ser compatíveis com o novo esquema de endereçamento e ordenou que as agências governamentais atualizem seus websites e equipamentos.
Empresas como a Cisco Systems Inc., que fabrica roteadores e comutadores, devem se beneficiar da mudança. "É uma mina de ouro, porque no final todo mundo vai ter que atualizar" para equipamentos que sejam compatíveis com o IPv6, que a Cisco começou a vender vários anos atrás, disse Joel Conover, um gerente sênior de marketing da Cisco.
No Facebook, a empresa informou que começou a planejar para a transição para o IPv6 três anos atrás, atualizando constantemente seus equipamentos com aparelhos que funcionam tanto no esquema novo quanto no antigo. A empresa lançou seu site na versão IPv6 no meio do ano passado, mas ele raramente é visitado.
O site, www.v6.facebook.com, precisa ser digitado manualmente e só pode ser visto por pessoas com uma conexão IPv6, o que significa que mais de 99% dos visitantes do Facebook que usam o sistema antigo de endereços receberiam uma mensagem de erro.
Facebook, Google e outras empresas anunciaram o teste de junho no mês passado.
Até agora, o novo esquema de endereçamento está travado no dilema do ovo e da galinha. Ninguém quer criar serviços que usam o novo esquema enquanto não houver uma rede para que eles sejam acessados, e ninguém quer construir uma rede até que haja serviços para impulsionar a demanda.

FONTE: Wall Street Journal

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

BTG Pactual paga R$ 450 milhões a Silvio Santos




"Qual é a música?", perguntava, em tom de comemoração, o banqueiro André Esteves na noite de ontem depois de selar a compra do controle do banco PanAmericano. O empresário e apresentador Silvio Santos, que deu fama à frase ao repeti-la incansavelmente em um de seus programas dominicais no SBT, também tinha motivos para comemorar, apesar de ter dado adeus, na noite de ontem, à vida de banqueiro ao entregar o controle da instituição ao BTG Pactual, do jovem Esteves, que tem praticamente a metade de seus 80 anos de idade.
Silvio Santos mostrou-se um negociador hábil e tenaz, irritou muita gente, mas no fim conseguiu o que parecia um milagre: saiu da operação sem o banco, mas também sem dívidas com o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e com todas as demais empresas do seu grupo completamente liberadas. Até mesmo a exigência de que desse garantias para futuras contingências do banco Silvio Santos conseguiu derrubar ao mostrar-se irredutível.
Para assumir o controle do PanAmericano, especializado em financiamento de veículos, o BTG Pactual pagará R$ 450 milhões ao empresário num prazo de até 17 anos. Sobre esse valor correrão juros equivalentes a 110% do CDI. O BTG poderá quitar a dívida quando quiser, dentro desse prazo. No entanto, segundo apurou o Valor, a cifra total paga ao final do período não poderá ultrapassar R$ 3,8 bilhões. O BTG assume 37,64% do capital total do PanAmericano, sendo 51% do capital votante e 21,97% do preferencial.
Mas a conta para o BTG não é tão simples. O banco se comprometeu com o Banco Central a colocar dinheiro para suportar as operações da instituição adquirida. A cifra acertada poderia rondar os R$ 3 bilhões.
O sócio do BTG José Luiz Acar Pedro, até o ano passado vice-presidente do Bradesco, vai presidir o PanAmericano, que terá atuação independente do Pactual. Acar participou das negociações para a compra da instituição desde o início.
O Valor apurou que o Fundo Garantidor de Créditos vai injetar outro R$ 1,3 bilhão para entregar o banco saneado ao BTG - essa cifra se soma aos R$ 2,5 bilhões já injetados em novembro, que seriam corrigidos pelo IGP-M com prazo de dez anos. No total, são R$ 3,8 bilhões que saem do caixa do FGC para o PanAmericano.
Pela engenharia montada, Silvio Santos conseguiu quitar essa dívida com o FGC apresentando ao fundo o recebível de 17 anos dos mesmos R$ 3,8 bilhões que tem contra o BTG Pactual. O BTG, na prática, passa a dever ao fundo garantidor.
Mas a conta parece não fechar, porque os R$ 3,8 bilhões são desembolsados pelo FGC no presente, enquanto o recebível do BTG tem valor presente de apenas R$ 450 milhões. Por esse raciocínio, o FGC parece estar pagando a maior parte do rombo. A dúvida fica no ar, já que o fundo não esclareceu o acordo.
Além do valor a ser pago ao empresário, o BTG terá que fazer uma oferta de compra das ações dos minoritário (OPA), que têm direito de "tag along". O valor a ser pago por ação será de R$ 4,89, embutindo prêmio de 14,8% sobre o valor dos papéis em bolsa ontem. A Caixa Econômica Federal, que renovou o acordo de acionistas, não venderá suas ações na oferta aos minoritários. Os controladores se comprometerão a manter o capital do PanAmericano aberto por pelo menos um ano.
O BTG Pactual substituirá o grupo Silvio Santos no acordo de acionistas pré-existente com a Caixa. O BTG será o acionista majoritário, mas o acordo garante direitos à Caixa que se aproximam de um compartilhamento do controle. As duas instituições deverão apoiar financeiramente o PanAmericano, com compra de recebíveis de crédito e financiamento no interbancário.
Até ontem, ainda não havia uma data definida para a divulgação do aguardado balanço do terceiro trimestre da instituição.
Silvio Santos chegou à sede do BTG depois das 18 horas para acertar os últimos detalhes e às 20h30 os contratos eram impressos para dar início à assinatura. A notícia de que Silvio Santos havia se dirigido à sede do BTG, na avenida Faria Lima, em São Paulo, levou à portaria do elegante edifício um grande número de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, que aguardaram a sua saída. Ao deixar o prédio, Silvio Santos declarou que, após vender o banco, não tem mais dívidas com o FGC, de quem tomou R$ 2,5 bilhões emprestados no ano passado.
Entre a proposta encaminhada pelo BTG, na quinta-feira, conforme revelado pelo Valor, e o desfecho do acordo, passaram-se apenas quatro dias de intensas negociações. Os maiores bancos do país estiveram envolvidos no processo. A Caixa Econômica Federal porque detém 36,56% do capital total do PanAmericano e 49% das ações com direito a voto, além do acordo de acionistas. O investimento foi costurado no fim de 2009, na esteira dos efeitos da crise financeira de 2008. Quando a Caixa concordou em pagar R$ 740 milhões por um terço do capital do banco, não fazia ideia do rombo ali existente. As auditorias feitas na época não revelaram problemas e Silvio Santos embolsou a cifra, além de manter o controle da instituição na ocasião.
Além da Caixa, entretanto, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú envolveram-se na condição de maiores cotistas do FGC, que já havia injetado R$ 2,5 bilhões na instituição e que acabou aprovando um novo empréstimo bilionário para viabilizar o resgate do banco e a transferência do controle. Esses grandes bancos de varejo tinham uma exposição bilionária ao PanAmericano porque eram grandes compradores de carteiras de crédito da instituição e, portanto, provedores de "funding". De certo modo, eram os maiores credores do banco e poderiam ter perdas expressivas em caso de quebra.
Na sexta-feira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão, presidente do conselho de administração do Bradesco, e Roberto Setubal, controlador e presidente do Itaú, foram pessoalmente à sede do FGC, no bairro de Pinheiros, em São Paulo, para discutir o novo resgate do PanAmericano, em encontro de cerca de duas horas e meia.
A saída de Silvio Santos da posição de controlador do PanAmericano foi uma exigência do Banco Central depois da descoberta do segundo rombo de quase R$ 1,5 bilhão, que se somou aos R$ 2,5 bilhões anteriores. A autoridade monetária monitorou o desenrolar das negociações e exerceu pressão sobre os bancos, o FGC e o empresário para um desfecho favorável.

FONTE: Jornal Vor Economico -  Vanessa Adachi | De São Paulo -  01/02/2011

Cinco lições importantes

Cinco lições importantes: pense sempre grande; nada substitui o trabalho árduo; nunca deixe que erros e desastres o abatam; não desperdice energia com coisas pequenas e mesquinhas; e, por fim, não deixe que o ódio o domine, anulando o espaço para a alegria na vida.