domingo, 29 de dezembro de 2013

Feliz 2014

 
 
Feliz 2014 
Durante nossa vida aprendemos a valorizar coisas
que não são fundamentais: materialismo, modismo, poder,
status e coisas desse tipo, são o que importam na nossa sociedade.
Por isso queremos convocá-lo para uma revolução.
Vamos renovar a espécie humana!
Vamos investir na alma!
Resgatar não só a natureza, mas o natural.
Vamos vender mais paz, não filtrar as emoções, coar a inveja.
Contabilizar as boas relações, reciclar as relações ruins,
reatar as velhas amizades.
Equipar o prazer, trabalhar a perseverança.
Vença o cansaço!
Faça a diferença, sem precisar de propaganda, resolva tudo sem alarde.
Use o marketing da sinceridade.
Cobre profissionalismo de todos, inclusive daqueles que você elegeu.
Vamos maximizar a energia!
Preservar os recursos.
Tratar a água, pois ela é nossa fonte de vida e como o ar,
também é meio de vida...
Vamos ser transparentes!
Renove o estoque de sorrisos.
Canalize os bons pensamentos.
Use o marketing do amor:
Abrace mais, beije seus amores, relembre o quanto os ama.
E com a mesma força, diga não:
ao racismo, a intolerância, a discriminação.
Seja saudável, inclusive nas atitudes.
Dê bons exemplos!
Diga a verdade, principalmente as crianças,
para que elas cresçam sabendo acreditar.
Crie seus filhos como cidadãos do mundo.
Cultive Deus e ....
Viva a razão da emoção.
Lutando pela felicidade plena, por um futuro melhor e....
Agradeça sempre por estar nesse mundo.

(Texto Metalsinter)
 

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Invepar vence disputa pela BR-040, com deságio de 61%


A Investimentos e Participações em Infraestrutura S/A (Invepar) venceu o leilão de um trecho de 936,8 quilômetros da rodovia BR-040 que começa em Brasília, no Distrito Federal, e vai até Juiz de Fora, em Minas Gerais. A companhia ofereceu tarifa de pedágio de R$ 3,22528, equivalente a um deságio de 61,13% sobre o preço teto fixado pelo governo (R$ 8,29763). 

A disputa contou ainda com outros sete participantes. O segundo lugar ficou com o Consórcio Via Capital, que ofereceu deságio de 44,63%. Em seguida apareceu a proposta da Contern, correspondente a um deságio de 42,90%. O Consórcio Integração fez oferta de deságio de 29,29% e o Caminho Novo, de 23,99%. Na sequência figuraram a Companhia de Participações em Concessões (CPC), uma controlada do grupo CCR, com deságio de 15,22%, a Triunfo (9,98%) e, em último, o Consórcio Queiroz Galvão, com oferta equivalente a um deságio de 4,99%.

A concessão da BR-040 terá prazo de 30 anos e prevê investimentos R$ 7,4 bilhões, além de R$ 3,3 bilhões em custos operacionais. O trecho concedido terá que ser duplicado em até cinco anos.

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Fonte: (Eduardo Laguna | Valor)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Eike Batista fecha acordo com credores



A OGP, antiga petroleira OGX, de Eike Batista, conseguiu fechar acordo com credores internacionais, segundo notícia publicada pelo site do jornal Folha de S. Paulo.
A companhia, que pediu recentemente recuperação judicial, está afundada em dívidas que chegam a mais de US$ 5,6 bilhões.
De acordo com o jornal, os investidores estrangeiros (entre eles, Pimco, BlackRock, Ashmore e GSO) vão injetar cerca de US$ 200 mi e converter a dívida total da antiga empresa X em ações da companhia.
Se tudo ocorrer como planejado, o acordo, ainda segundo a reportagem da Folha de S. Paulo, vai reduzir a participação de Eike para apenas 12%. Enquanto isso, todos os credores da empresa passarão a ter 83% das ações da antiga OGX.
Com o acerto, os acionistas minoritários podem se tornar os maiores perdedores dessa história, diz o jornal. A fatia deles, segundo a reportagem, deve cair de 50% para apenas 5% das ações da companhia.


quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Investimentos imobiliários

 


O grupo Brasilinvest fechou uma parceria com a norte-americana Coldwell Banker de corretagem de imóveis.

Na joint venture, a Brasilinvest fará a ponte com investidores brasileiros, de acordo com Fernando Garnero, CEO do grupo.

"A Coldwell Banker investe conosco R$ 17 milhões com a expectativa de gerar R$ 2 bilhões com franquias ao ano", afirma o empresário.

"É uma imobiliária que já tem dez unidades afiliadas no país e nossa meta é fechar dezembro com um total de 12. Pretendemos expandir para o Rio e para Brasília", acrescenta Garnero.

Neste mês, os parceiros inauguram a primeira franquia regional em Campinas (SP). A meta é abrir 350 franquias no país em cinco anos.

Com taxa de franquia a partir de R$ 30 mil, a abertura de uma unidade da rede exigirá um aporte de ao menos R$ 60 mil.

É a primeira atuação do Brasilinvest na área de corretagem de imóveis.
O grupo já fez investimentos imobiliários na cidade de Campinas, onde planeja outros lançamentos.

Louis Vuitton interrompe seu desfile à espera do novo figurino


O que pediria de Natal o diretor-geral da Louis Vuitton no Brasil, Marc Sjostedt? Uma boa aposta seria a definição em relação aos planos de expansão da empresa no país. O executivo não sabe com que figurino a companhia vai desfilar em 2014. Por ora, tudo é interrogação no que diz respeito à estratégia do grupo para o mercado brasileiro. Os principais projetos já programados pela Louis Vuitton para o ano que vem estão em compasso de espera, a começar pelo lançamento de novas coleções e, sobretudo, pela expansão da rede. Os franceses pretendiam inaugurar duas lojas por ano até 2015. No entanto, dos dois pontos de venda previstos para 2013, apenas um saiu do papel.
O silêncio de Paris aumenta o suspense e embala as especulações entre os próprios dirigentes da Louis Vuitton no Brasil. A rigor, olhando-se apenas para os números, Marc Sjostedt não teria motivos para preocupações ou excessiva ansiedade. As vendas da grife no Brasil vão bem, obrigado, com crescimento anual na casa dos dois dígitos. No entanto, os franceses costuram reto por linhas tortas. Se serve de bússola para o que está por vir no Brasil, nos últimos meses o grupo tem adotado uma política de austeridade em países da Europa. O próprio adiamento da abertura de novas lojas no país é mais do que sugestiva. De Paris há sinais de que o grupo estaria disposto a segurar a expansão de sua rede, trocando escala por rentabilidade, com foco na venda de artigos de altíssimo luxo.
Há um personagem importante neste enredo. Ou melhor: havia. A saída de Marc Jacobs ? estilista da grife por 16 anos ? só alimenta as dúvidas em relação aos futuros planos da empresa. Mais do que estilista, Jacobs foi o grande costureiro da estratégia da Louis Vuitton ao longo deste século. A eventual preferência dos franceses pela venda de produtos triple A seria, de certa forma, um retorno às origens e o oposto do caminho trilhado por Jacobs, que, dentro do possível, procurou tornar a Louis Vuitton uma marca mais acessível. Por ora, no entanto, os que os dirigentes da empresa no Brasil têm à mão são apenas conjecturas. O mistério poderá começar a ser desfeito nos primeiros meses de 2014, quando Delphine Arnault deverá visitar o Brasil. Filha de Bernard Arnault, maior acionista do grupo LVMH, Delphine é a responsável por redesenhar o modelito estratégico da empresa.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

De volta à essência em busca de um estilo pessoal



 Costanza Pascolato

As primeiras revistas femininas foram criadas ainda no século XIX (a americana "Harper's Bazaar" é de 1867). Pode-se dizer, portanto, que é antiga a necessidade das mulheres de entender a linguagem da moda, de seguir tendências e, por que não, de copiar estilos. Mas se antes, havia muita demanda para pouca oferta de informação, hoje o problema é o inverso: há modelos, manuais e "blogs" demais para inspirar o vestuário nosso de cada dia. O que fazer? Voltar-se ao essencial talvez seja a saída.
E é o que propõe a obra "O Essencial", da consultora de moda e jornalista Costanza Pascolato. Publicada originalmente em 1999, a obra acaba de ganhar uma nova edição que contempla as questões da vida atual, cada vez mais pautada pelo mundo virtual. O que a autora sugere é um retorno às origens: "Mais do que nunca, respeite a sua essência, seja você mesma". É a melhor maneira de construir um estilo.
Segundo Costanza, a infinidade de imagens trazidas pela internet exacerbou a mania antiga de seguir modelos, de copiar a maneira como outros se vestem, agem ou se apresentam ao mundo. "Entretanto, a cópia cria uma desadaptação, um estranhamento em relação à própria personalidade, o que se reflete também no visual", escreve a autora, ela mesma um modelo de elegância replicado por nove entre dez editoras de moda.


Entre dicas, sugestões e impressões sobre moda, beleza e até saúde, Costanza afirma e reafirma uma verdade inconveniente: não se pode brigar com a idade e nem querer parecer o que já não se é. E se o tempo muda o rosto e o corpo, também deve modificar a maneira de olhar para roupas, acessórios e maquiagem. "Nessa nova edição do livro, o que mais gostei foi poder falar sobre a maturidade", afirma a consultora, bela e estilosa aos 70 anos, que nunca mentiu sobre a sua idade. "Na verdade, sempre gostei de aumentá-la um ou dois anos", diz Costanza.
A mania de eternizar a juventude, diz a autora, não melhora a aparência de ninguém. "O melhor mesmo é sentir-se bem na própria pele". E fazer as escolhas certas, obviamente, para valorizar o que se tem de bonito.
As escolhas de Costanza, felizmente, estão por todo o livro. Com a autora, aprendemos que não se deve fazer compras acompanhada de marido ou namorado - mesmo que ele esteja pagando a conta. "Homens não têm paciência para o ritual do olha-separa-experimenta", diz.
No capítulo "Preto X Branco", ela explica porque adotou o preto como marca registrada lá pelos anos 1980, "quando todas as pessoas ligadas à moda usavam também". O preto, diz a consultora, suja pouco, não chama a atenção e costuma se adequar a um número imenso de situações, horas do dia, lugares e pessoas. E mais: "me deixa mais magra (confesso uma obsessão)".
Sim, como quase todas as mortais, Costanza também está sempre de olho na balança, tem suas manias e até inseguranças. E é aí que mora o charme de "O Essencial": ainda que propondo o "seja você mesma", ele cativa mesmo é mostrando "como ser Costanza".

Por Vanessa Barone | Para o Valor, de São Paulo 

Fonte: Jornal Valor Econômico S.A.











segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Novos caminhões para a coleta de lixo iniciam os trabalhos nesta segunda-feira


A partir desta segunda-feira, 16, já estarão atuando nas ruas do município os 22 novos veículos alugados que irão renovar a frota utilizada no serviço de coleta de lixo em Juiz de Fora. Os caminhões foram entregues na manhã da última sexta-feira, 13, em evento realizado no “Terreirão do Samba”, com a presença do prefeito Bruno Siqueira e do diretor-geral do Demlurb, André Zatorre Medeiros.

De acordo com o prefeito, os novos caminhões irão proporcionar um serviço mais eficiente para a população. “Acreditamos que nós vamos melhorar o serviço em Juiz de Fora”. Ele ressaltou, ainda, a importância da participação da população para melhorar a limpeza urbana. “Para manter a cidade limpa, é importante a colaboração de todos. Dessa forma, nós solicitamos mais uma vez à população que coloque o lixo no horário correto. Nosso site informa o horário da coleta em cada um dos pontos da cidade”.

Segundo o diretor-geral do Demlurb, com essa renovação de frota, o departamento busca a eficiência na limpeza urbana. “Quando venceu o contrato dos caminhões, nós fizemos um novo processo licitatório, o que culminou com a aquisição destes equipamentos, que são mais modernos, com uma sustentabilidade maior. Isso irá ocasionar mais eficiência na limpeza e irá melhorar a qualidade da coleta em Juiz de Fora”, destacou.

Zatorre Medeiros também ressaltou que é muito importante o trabalho de conscientização sobre o horário da coleta, já realizado pelo Demlurb. “Na coleta noturna, por exemplo, o caminhão só sai do Demlurb a partir das 19 horas. Então, não adianta colocar o lixo mais cedo, pois isso acarreta vários problemas. O nosso grande desafio é conscientizar a população com relação ao horário da coleta.”

Conforme o diretor de Operações do departamento, Paulo Delgado, a antiga frota estava muito gasta. “Os caminhões agora são mais resistentes; os compactadores mais adequados ao serviço; o barulho que esses veículos fazem durante a operação é menor; eles acondicionam melhor o lixo. Além disso, o sistema de vedação evita o derramamento de chorume nas ruas da cidade”. Segundo Paulo, a comunidade será melhor atendida na qualidade dos equipamentos e no tempo de coleta, entre outros benefícios. “Porque agora serão 22 caminhões rodando e mais três reservas, então, nós não teremos tantos problemas de manutenção como acontecia com a frota antiga.”

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Escola para terroristas?

Por Rodrigo Constantino


Uma escola em Salvador resolveu mudar o nome. Em vez de Médici, em homenagem ao ex-ditador do regime militar, agora ela vai se chamar Carlos Marrighella, em homenagem ao “ativista” que combateu o regime militar. Ativista foi o termo que alguns jornais usaram para se referir ao terrorista comunista que ensinava manual de guerrilha urbana para as pessoas. Ou seja, a matar civis inocentes com bombas para sacudir o “sistema”.
O revisionismo histórico atual passou de qualquer limite do razoável. Não basta investigar e punir erros dos militares no passado; é preciso pintar aqueles comunistas de então como vitimas inocentes de uma ditadura cruel que foi instalada do nada. Enquanto essa gente não conseguir convencer a todos dessa mentira escancarada, eles não vão descansar. Mesmo que, para isso, crianças inocentes tenham que frequentar uma escola que leva o nome de um terrorista.
Marighella só pode ser o herói de pessoas muito ignorantes ou com sérios desvios de caráter. É o caso de seu próprio guru, o também guerrilheiro assassino Che Guevara. Ambos tinham inclinações à violência pela violência, coisa de psicopatas, e encontraram na ideologia uma desculpa, um pretexto para colocar em prática sua ânsia por sangue. Enaltecer esses dois é desejar a destruição da liberdade.
Basta ver o destino de Cuba, onde seus ideais foram aplicados. A mais longa ditadura do continente, que espalhou apenas miséria e escravidão. Se Marighella tivesse sido bem-sucedido naquela época, o Brasil hoje seria como Cuba, uma ditadura nefasta e assassina. Era exatamente por isso que ele lutava. Mas hoje tentam colocá-lo como vítima inocente de militares malvados. Não cola.
É vergonhoso para a História do Brasil uma escola levar o nome de um guerrilheiro comunista, como forma de homenagear sua luta contra a ditadura. Não era uma luta pela democracia, de forma alguma. Marighella jamais teve apreço pelo regime democrático. Assim como seus seguidores de hoje ainda não têm. Dá vergonha de ser brasileiro nessas horas…

‘Dilma e os fatos da vida’, editorial do Estadão

‘Dilma e os fatos da vida’, editorial do Estadão

Publicado no Estadão desta quinta-feira

Fatos da vida podem ser chocantes, mas, com algum cuidado, alguém deveria contar à presidente da República a verdade sobre a meta da inflação: ela é 4,5%, nunca foi alcançada no atual governo e dificilmente será nos próximos dois anos. Sendo uma pessoa forte, a presidente poderia assimilar o choque rapidamente e em seguida repassar a informação a seu ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ambos continuam falando – e isso ocorreu ontem, de novo, no Encontro Nacional da Indústria – como se o alvo oficial fosse qualquer número até 6,5%, limite superior da escandalosa margem de tolerância adotada no País. Os dois apresentaram aos empresários, ao Brasil e ao mundo, como de costume, um país cor-de-rosa, com inflação controlada, contas públicas em ordem, economia saudável e puxada por investimentos e indústria fortalecida por um eficaz programa de desonerações.
Se esse país brilha menos do que poderia, é só por causa da crise internacional e da escassez do crédito ao consumo, as “duas pernas mancas” da economia brasileira, segundo o ministro Mantega. O ministro e sua chefe insistem no esforço de atribuir os problemas brasileiros principalmente a causas externas, como o baixo crescimento do mercado global e a alta de preços das commodities agrícolas, consequência de uma seca nos Estados Unidos. Mas as cotações agrícolas já se acomodaram e o nível geral de preços no País continua a subir. Outros países emergentes têm crescido bem mais que o Brasil, apesar da crise externa, mas o ministro continua discursando como se essa diferença inexistisse.
Além de cor-de-rosa, esse mundo é muito estranho. A produção teria avançado mais, se o crédito ao consumo tivesse crescido, nos últimos meses, tanto quanto vinha crescendo? Acreditar nessa tese é insistir em viver no mundo da fantasia. Em outubro a produção industrial foi 0,6% maior que em setembro, mas a expansão ainda ficou em 1,6% no ano e em 1% em 12 meses. Não há como atribuir esses números a uma desaceleração do consumo. Da mesma forma, é preciso buscar em outros fatores a explicação dos maus resultados da indústria no comércio exterior. A questão relevante é: por que a produção industrial brasileira perde espaço dentro e fora do País?
A resposta é conhecida até em Brasília, mas, segundo a presidente e seus ministros, tudo está sendo feito para elevar a produtividade e melhorar o desempenho do setor. De alguma forma, apesar do discurso tortuoso, a necessidade de mais investimentos é reconhecida pelas autoridades. A presidente mencionou aos industriais o programa de ampliação e modernização da infraestrutura, além da oferta de recursos para o investimento empresarial. Mas deixou de mencionar o enorme atraso na implementação do plano de logística, os erros de concepção das licitações e os fracassos na tentativa de elevar a taxa de investimentos.
No ano passado o País investiu 4% menos que em 2011. O aumento esperado para este ano será, na melhor hipótese, pouco mais que suficiente para neutralizar a queda de 2012. O total investido continuará, quase certamente, inferior a 20% do Produto Interno Bruto (PIB), uma proporção pífia. Nem as estatais, subordinadas à autoridade presidencial, cumprem seu papel. Até outubro, o Grupo Eletrobrás desembolsou apenas 43% do previsto para o ano. Em conjunto, as estatais investiram 75% dos R$ 111 bilhões programados. Desde 2006, a média, em dez meses, era de 82,3% da meta do ano.
Confortável em seu mundo de fantasia, o governo tem errado e continua errando em seu diagnóstico dos problemas econômicos. Insiste em estimular o consumo quando os entraves estão do lado da oferta interna. Reconhece um tanto obscuramente a necessidade de mais investimento para mais produtividade, mas é incapaz de apontar um rumo aos empresários e de oferecer segurança aos investidores. No ano passado os juros foram baixos, pelos padrões históricos, mas o investimento caiu. Impossível, para quem tem alguma percepção, desconhecer a inflação elevada, a piora das contas públicas e a maquiagem como instrumento de política. Nenhum discurso cor-de-rosa anula esses dados.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Clinton Global Initiative Latin America

A convite da Clinton Foundation participei na última segunda-feira (9) do meeting da Clinton Global Initiative Latin America (CGI) no Rio de Janeiro.
 
O presidente Bill Clinton reuniu líderes internacionais, incluindo a Presidente Dilma Rousseff, dos setores empresariais, governamentais, filantrópicos e sem fins lucrativos na reunião da Clinton Global Initiative América Latina (CGI América Latina) 

O presidente Bill Clinton com a Presidente Dilma Rousseff


Com José María Figueres Olsen ex-presidente da República da Costa Rica — em Copacabana Palace by Orient-Express.

 
Com a simpática Susana Villarán de la Puente, prefeita da Municipalidade Metropolitana de Lima, Peru
 
Plenária: Investimento em infraestrutura: garantindo um futuro sustentável: Moderador:

Thomas Stelzer, Embaixador da Áustria para Portugal, Ministério de Relações Internacionais, República da Áustria


Participantes:
Otavio Marques de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez S.A.


Pedro Suárez, presidente da Dow América Latina, da Dow Chemical Company


Alida Spadafora, Diretora Executiva, National Association for the Conservation of Nature
 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Triênio para esquecer

Por MARCO ANTONIO VILLA *

É muito difícil encontrar na história brasileira um triênio presidencial com resultados tão pífios como o da presidente Dilma Rousseff. Desde a redemocratização de 1985, o único paralelo possível é com o triênio de Fernando Collor, que conseguiu ser pior que o da presidente. Em dois dos três anos houve recessão (1990 e 1992).
Mas Collor encontrou um país destroçado. Recebeu o governo com uma inflação anual de 1.782%, as contas públicas em situação caótica e uma absoluta desorganização econômica.
Dilma assumiu a presidência com um crescimento do PIB de 7,5%. Claro que o dado puro é enganoso. Em 2009 o país viveu uma recessão. Mas o poder de comunicação de Lula foi tão eficaz que a taxa negativa de 0,2%, deu a impressão de crescimento ao ritmo chinês — naquele ano, a China cresceu 8,7%.
No campo da ética, o triênio foi decepcionante. Nos dois primeiros anos, a presidente bem que tentou assumir um discurso moralizador. Seus epígonos até cunharam a expressão “faxineira”. Ela iria, sem desagradar a seu criador, limpar o governo de auxiliares corruptos, supostamente herdados de Lula.
Fez algumas demissões. Chegou até a entusiasmar alguns ingênuos. Logo interrompeu as ações de limpeza e, mais importante, não apurou nenhuma das denúncias que levaram às demissões dos seus auxiliares. Todos — sem exceção — continuaram livres, leves e soltos. E mais: alguns passaram a ser consultores de fornecedores do Estado. Afinal, como conheciam tão bem o caminho das pedras….
Sem carisma e liderança, restou a Dilma um instrumento poderoso: o de abrir as burras do Tesouro para seus aliados. E o fez sem qualquer constrangimento. As contas públicas foram dilaceradas e haja contabilidade criativa para dar algum ar de normalidade.
Todos os programas do seu triênio fracassaram. Nenhum deles conseguiu atingir as metas. Passou três anos e não inaugurou nenhuma obra importante como um aeroporto, um porto, uma estrada, uma usina hidrelétrica. Nada, absolutamente nada.
O método petista de justificar a incompetência sempre foi de atribuir ao antecessor a culpa pelos problemas. É construído um discurso que sataniza o passado. Mas, no caso da presidente, como atribuir ao antecessor os problemas? A saída foi identificar os velhos espectros que rondam a história brasileira: os Estados Unidos, o capitalismo internacional, o livre mercado.
A política externa diminuiu o tom panfletário, que caracterizou a gestão Celso Amorim. Mas a essência permaneceu a mesma. O sentido antiamericano — cheirando a naftalina — esteve presente em diversas ocasiões. Em termos comerciais continuamos amarrados ao Mercosul, caudatários da Argentina e, quando Chávez vivia, da Venezuela (basta recordar a suspensão do Paraguai). Insistimos numa diplomacia Sul-Sul fadada ao fracasso. No triênio não foi assinado sequer um acordo bilateral de comércio.
A política de formar grandes grupos econômicos — as empresas “campeãs nacionais” — teve um fabuloso custo para o país: 20 bilhões de reais. E o BNDES patrocinou esta farra, associado aos fundos de pensão das empresas e bancos públicos. Frente à burguesia petista, J.J. Abdalla, o famoso mau patrão, seria considerado um exemplo de honorabilidade e eficiência.
A política de energia ficou restrita à manipulação dos preços dos combustíveis fornecidos pela Petrobras. Enquanto diversos países estão alterando a matriz energética, o Brasil ficou restrito ao petróleo e apostando na exploração do pré-sal, que poderá se transformar em uma grande armadilha econômica para o futuro do país.
A desindustrialização foi evidente. Nos últimos três anos o país continuou sem uma eficaz política industrial. Permaneceu dependente da matriz exportadora neocolonial, que gerou bons saldos na balança comercial, porém desperdiçando bilhões de reais que poderiam ser agregados ao valor das mercadorias exportadas.
O Ministério da Defesa sumiu do noticiário. Celso Amorim, tão falante quando estava à frente do ministério das Relações Exteriores, é uma espécie de titular fantasma. Pior, continuamos sem política de defesa, e as Forças Armadas estão muito distante do cumprimento das suas atribuições constitucionais. Sem recursos, sem treinamento, sem equipamento — sempre aguardando o recebimento da última sucata descartada pelos europeus e americanos.
A equipe ministerial ajuda a explicar a mediocridade do governo. Quem se arriscaria citar o nome de cinco ministros? Quem é o ministro dos Portos? E o da Integração Nacional? Alguém sabe quem é o ministro da Agricultura?
A presidente recebeu o governo com 38 ministérios. Não satisfeita com o inchaço administrativo, criou mais: o da micro e pequena empresa, tão inexpressivo que sequer possui um site.
Se as realizações do triênio são pífias, é inegável a eficiência da máquina de propaganda. O DIP petista deixou seu homônimo varguista no chinelo. De uma hora para outra, segundo o governo, o Brasil passou a ter mais 20 milhões de pessoas na classe média. Como? Tal movimento é impossível de ter ocorrido em tão curto espaço de tempo e, mais importante, com uma taxa de crescimento medíocre. Mas a repetição do “feito” transformou a fantasia estatística em realidade econômica.
Dilma Rousseff encerra seu triênio governamental melancolicamente. Em 2012, o crescimento médio mundial foi de 3,2% e o dos países emergentes de 5,1%. E o Brasil? A taxa de crescimento não estava correta. A “gerentona” exigiu a revisão dos cálculos. O PIB não cresceu 0,9%. O número correto é 1%! Fantástico.

* Marco Antonio Villa Bacharel é Licenciado em História, Mestre em Sociologia e Doutor em História. Professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (1994-2013).

Polícia Federal:Família Perrella não tem ligação com tráfico de cocaína

A Polícia Federal (PF) descartou ontem (segunda-feira) a possibilidade de a família Perrella ser responsável pelo transporte de 445 quilos de cocaína encontrados num helicóptero apreendido em terras capixabas, no dia 24 de novembro. À TV Gazeta, afiliada da Rede Globo no Espírito Santo, o delegado Leonardo Damaceno, que investiga o caso e pretende concluir o inquérito até o dia 19 deste mês, disse que ligações feitas nos telefones das pessoas presas deixam claro que os donos da aeronave não têm ligação com a droga. A aeronave pertence à empresa Limeira Agropecuária, que tem como sócios o deputado mineiro Gustavo Perrella e a irmã dele, Carolina Perrella, entre outros.
Segundo as investigações, a droga encontrada no helicóptero veio do Paraguai. O delegado afirma que uma perícia feita no GPS da aeronave indica que o helicóptero esteve no país vizinho no dia 23 de novembro. Depois, os traficantes retornaram ao Brasil e esconderam a droga em algum lugar ainda não revelado no estado de São Paulo. O helicóptero, sem a cocaína, foi guardado no Campo de Marte. No dia seguinte, a aeronave pegou a droga, fez uma escala em Minas Gerais para abastecer e seguiu para o Espírito Santo. Quando chegou à cidade de Afonso Cláudio, na região serrana capixaba, a Polícia Federal já estava esperando, à espreita. Foram presos o piloto, o co-piloto e dois homens que estavam no local. A polícia acredita que a droga seria levada para outros países.

FONTE: O Globo

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Fundação Estudar recebe inscrições para programa de bolsas

Estão abertas as inscrições para o programa de bolsas da Fundação Estudar. O processo é voltado para jovens entre 16 e 34 anos com perfil de liderança e interesse na área empresarial, governo, terceiro setor, academia ou empreendedorismo.
O programa oferece bolsas para cursos de graduação no Brasil, no exterior, pós-graduação no exterior e intercâmbio durante a graduação. Podem participar estudantes matriculados ou em processo de aceitação em instituições de ensino de renome. Em 2013, 27 jovens foram selecionados, entre mais de 11 mil candidatos. As inscrições vão até março de 2014.

Mais informações pelo site: http://bolsas.estudar.org.br/

Arthur Moreira Lima se apresenta em Juiz de Fora

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De todas as suas atividades, uma se sobressai: empregar seu vasto e singular talento na busca da democratização da música, a mais nobre das artes”, afirma o jornalista Eric Nepomuceno, responsável pela biografia de Arthur Moreira Lima. O renomado pianista brasileiro encerra as atividades do projeto Som de Domingo em 2013, no próximo dia 8, às 10h30, em concerto aberto ao público, na Praça Cívica do campus. Para o evento, Arthur Moreira Lima desembarca em Juiz de Fora com seu caminhão-teatro de 45 metros quadrados de cena, o mesmo utilizado pelo pianista em viagens pelo país com o concerto Um piano pela estrada.

Arthur Moreira Lima

Com o veículo, o pianista brasileiro desenvolve um projeto de inclusão social e musical, levando a grande música de concerto aos mais diversos públicos e a todos os cantos do país. Adaptado a um caminhão Scania, o baú carroceria se transforma em palco em apenas uma hora. Já foram realizadas mais de 400 apresentações, proporcionando cultura a mais de um milhão de pessoas.
Arthur Moreira Lima será acompanhado pela Orquestra de Câmara Sesiminas, convidada especialmente para o concerto, que integra uma série de apresentações organizadas pelo Sesi em comemoração aos 80 anos da Fiemg. O repertório do grupo mescla música clássica universal – Mozart, Piazzolla, Kreisler e outros compositores, na versão da Orquestra – a clássicos da MPB, como Pixinguinha e Luiz Gonzaga, interpretados pelo pianista. A apresentação contará ainda com dois cantores do coral do Sesi.
Para esta edição especial do Som de Domingo a Universidade firmou parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ausência de pudor

Ausência de pudor

Por DENIS LERRER ROSENFIELD - O Estado de S.Paulo 02 de dezembro de 2013 
 
A prisão dos condenados do mensalão está, literalmente, virando um pastelão. Montou-se toda uma encenação como se os hoje condenados, devendo cumprir com suas respectivas penas, não tivessem tido direito à defesa e fossem vítimas de uma imaginária conspiração das "elites" ou da "mídia", eterno bode expiatório dos que almejam o controle total do poder.
Há duas ordens de questões envolvidas: uma de ordem, digamos, "humanitária", se quisermos ser benevolentes, e outra de ordem propriamente institucional, que diz respeito ao ataque que vêm sofrendo o Supremo Tribunal Federal (STF) e, em particular, o seu presidente.
A primeira é visível no caso do ainda deputado José Genoino, apresentado como uma "vítima" e, conforme as circunstâncias, como um lutador da liberdade no período mais "obscuro" do regime militar. Esta última consideração, aliás, não resiste a uma análise mais elementar dos fatos, pois a guerrilha do Araguaia foi uma tentativa maoista de estabelecer no País o totalitarismo comunista.
As suas avaliações médicas - feitas por duas juntas, uma composta por especialistas da Universidade de Brasília, a pedido do STF, e outra por médicos da Câmara dos Deputados - tiveram como resultado que seu estado não é de cardiopatia grave, merecendo, como qualquer pessoa em sua condição, cuidados especiais. Ao contrário do que chegou a anunciar o seu advogado, não estaria tendo um "infarto". Há um evidente superdimensionamento da doença com o intuito de criar um constrangimento político ao presidente Joaquim Barbosa.
Há, contudo, algo bem mais grave aqui. O que o PT está reivindicando para José Genoino e para os seus outros presos (não se fala de outros "companheiros", como membros de outros partidos, banqueiros, empresários e publicitários) é um tratamento privilegiado, típico das elites. O discurso de Lula caracteriza-se por ser contra as "elites", o seu comportamento e de seu partido, porém, é o de que a elite petista é diferente dos demais cidadãos.
A contradição é flagrante. O Partido dos Trabalhadores não está preocupado com os outros "trabalhadores", mormente negros, pardos e de baixa renda, que vicejam nas prisões brasileiras. Quantos destes precisam de prisão domiciliar? E quantos necessitam de tratamento médico adequado? Silêncio total!
A questão chegou ao paroxismo quando, nas visitas, os horários e os dias estipulados não foram minimamente observados, como se petistas presos não devessem seguir as mesmas regras de outros condenados. Mulheres, mães e irmãs comuns esperando em longas filas, desde a madrugada, reclamaram precisamente dos privilégios. O Ministério Público Federal, em Brasília, chegou a exigir isonomia de tratamento. Ou seja, a tão proclamada ideia da igualdade não vale para as lideranças petistas, a nova elite.
A situação chega a ser hilária. Pessoas de altas responsabilidades governamentais e lideranças partidárias acabam de "descobrir" que as condições de prisão no Brasil são "sub-humanas". Ora, de súbito, tiveram uma crise de humanismo. Eis a grande descoberta após 11 anos de governo petista. O partido ficou muito mal na foto, revelando um indiscutível traço elitista.
A segunda concerne ao processo em curso de deslegitimação do presidente Joaquim Barbosa e, por extensão, do Poder Judiciário. Enquanto o julgamento do mensalão não era definitivo, contentavam-se as lideranças petistas em dizer que as decisões seriam respeitadas. No momento em que o partido foi contrariado, seus dirigentes não hesitam em enveredar por um caminho de instabilização institucional e de negação do Estado de Direito. Há até mesmo ameaças de processos contra o ministro Joaquim Barbosa, exibindo um partido alheio ao respeito pelas instituições.
Aliás, o PT não se entende nem consigo mesmo. Segundo o seu estatuto, dirigentes partidários condenados em última instância deveriam ser expulsos do partido, não mais correspondendo às regras, de fundo moral, que deveriam reger a vida partidária. O que está acontecendo? Ninguém mais se refere aos estatutos, todos se comportam em solidariedade aos detentos, como se houvesse a figura única dos "criminosos do bem", os que emprestam seus serviços ao partido, empregando todo e qualquer meio.
Nesse sentido, não deixa de ser curiosa a defesa do deputado José Genoino de que seria um homem sem patrimônio, que levaria uma vida modesta, não tendo enriquecido com a política. A mensagem implícita consiste em absolver qualquer desvio de recursos públicos, porque feito em nome do "valor maior" do partido. Logo, o desvio de recursos públicos, o caixa 2, a compra de parlamentares e a corrupção são atividades lícitas sempre e quando forem para o "bem" do PT. Padrões morais universais, referências republicanas e de bem comum, entre outras formas de vida política, são considerados como secundários e irrelevantes, pois acima de todas as instituições está o partido. A corrupção partidária seria, portanto, muito bem-vinda.
As retóricas dos "presos políticos" e do "regime de exceção" situam-se, precisamente, num comportamento político de instabilização institucional. As chances de sucesso são praticamente inexistentes, além de a própria presidente Dilma Rousseff ter-se distanciado desses arroubos ideológicos.
O Brasil vive um de seus mais sólidos momentos de estabilidade democrática, mostrando a vitalidade do País e a plena vigência da Constituição de 1988, rigorosamente respeitada. A prova adicional disso é o fato de o próprio PT governar o País por dois mandatos de Lula e um de Dilma, esta disputando a reeleição com possibilidade de vitória. Falar de perseguição e exceção revela apenas falta absoluta de bom senso. A piada de salão de Delúbio Soares não tem graça na prisão.
A democracia não é um instrumento que esteja a serviço de um partido qualquer, por mais "virtuoso" que ele se queira representar. O "Bem" da República está situado acima do "bem próprio" partidário, uma lição elementar que, infelizmente, não foi ainda bem aprendida.

PROFESSOR DE FILOSOFIA NA UFRGS

E-MAIL: DENISROSENFIELD@TERRA.COM.BR

Partido novo do Estado mínimo

Partido novo do Estado mínimo

A gente não é a nova direita, até porque a gente não acredita nessa coisa de esquerda e direita. As pessoas dizem isso só porque a gente defende o Estado mínimo. É claro que a gente defende: tudo o que é privado funciona. Tudo o que é público é uma droga.
Pensa bem: o mundo não seria muito melhor se fosse uma grande empresa, com wi-fi, coffee break e um bom termostato? Não existe nada mais deprimente que uma repartição pública. Ou que o piscinão do Sesc.
Todo mundo sabe que os melhores hospitais são os privados: o médico ganha melhor e o paciente é mais bem tratado. Quem sai perdendo com a privatização da saúde? O PT, que ganha uma baba com essa festa da uva que é a saúde pública. Iam perder essa bocada. Pior para eles. E para os médicos da saúde pública, que hoje em dia estão de papo para o ar e do dia para noite teriam que trabalhar que nem todo mundo.
A educação é a mesma coisa. Só mesmo privatizando para acabar com a farra dos professores. Precisava de um bom Roberto Justus para dizer: você está demitido. Duvido que ia ser essa festa --você já viu a Coca-Cola entrar em greve? Não entra. O que falta na educação é alguém para fazer a limpa e deixar só quem presta.
Aí vocês me perguntam: e aqueles que não podem pagar por educação ou por saúde? De repente, isso é bom para dar uma sacudida neles. O mundo é meritocrático. O que isso significa? Significa que eu não ralei a bunda por cinco anos numa faculdade privada das 9 às 5 da tarde pegando trânsito todo dia e tendo que fazer matérias que eu não queria, algumas inclusive de religião, para botar os meus filhos na mesma escola que o filho do motoboy que levou o meu retrovisor.
Agora, se o motoboy tiver que pagar caro pelos serviços, tudo muda. Ele pensa: "Eu tenho que trabalhar, senão não vou enriquecer, senão meu filho com leucemia não vai ter tratamento". Resultado: desemprego zero. Crescimento a toque de caixa. Não adianta: sem a obrigação de trabalhar, o povo não trabalha.
Bom mesmo era entregar o país nas mãos de um puta empresário. Tipo o Eike. Ou o presidente da Gol. Esse daí é um gênio. "Acabou essa festa de todo mundo ganhar barrinha de cereal. Agora você tem que pagar por ela. E caro." É disso que o Brasil precisa: de um bom CEO, com MBA no exterior, que manje de marketing, "people management" e Excel. Vou ligar para o Eike. Vai que ele topa. Acho que hoje em dia ele topa.

gregorio duvivier Gregorio Duvivier é ator e escritor. Também é um dos criadores do portal de humor Porta dos Fundos.

Petrobras perde R$ 20 bilhões



Petrobras perde R$ 20 bilhões em valor só hoje. Uma empresa que perdeu 46% do seu patrimônio na última década, comprando combustível por um valor e vendendo mais barato, dívidas tributáveis na ordem de R$ 7 Bilhões, sem caixa para investimentos, cujos valores arrecadados em leilões estão indo para cobrir BURACOS de metas de superavit - como alguém em sã consciência avalia que esta empresa é uma "potência incomparável" ??? É uma piada ???

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mentir, conspirar, trair

O PT nem inventou a corrupção nem a inaugurou no Brasil. Mas só o partido ousou, entre nós, transformá-la numa categoria de pensamento e numa teoria do poder. E isso faz a diferença. O partido é caudatário do relativismo moral da esquerda. Na democracia, sua divisa pode ser assim sintetizada: "Aos amigos tudo, menos a lei; aos inimigos, nada, nem a lei". Para ter futuro, é preciso ter memória.
Eliana Tranchesi foi presa em 2005 e em 2009. Em 2008, foi a vez de Celso Pitta, surpreendido em casa, de pijama. Daniel Dantas, no mesmo ano, foi exibido de algemas. Nos três casos, e houve uma penca, equipes de TV acompanhavam os agentes federais. A parceria violava direitos dos acusados. Quem se importava? Lula batia no peito: "Nunca antes na história deste país se prendeu tanto". Era a PF em ritmo de "Os Ricos Também Choram".
Ainda que condenados em última instância, e não eram, o espetáculo teria sido ilegal. Ai de quem ousasse apontar, como fez este escriba (os arquivos existem), o circo fascistoide! Tornava-se alvo da fúria dos "espadachins da reputação alheia", era acusado de defensor de endinheirados. Procurem um só intelectual petista --como se isso existisse...-- que tenha escrito uma linha contra os exageros do "Estado repressor". Ao contrário! Fez-se, por exemplo, um quiproquó dos diabos contra a correta 11ª Súmula Vinculante do STF, que disciplinou o uso de algemas. "A direita quer algemar só os pobres!", urravam.
Até que chegou a hora de a trinca de criminosos do PT pagar a pena na Papuda. Aí tudo mudou. O gozo persecutório cedeu à retórica humanista e condoreira. Acusam a truculência de Joaquim Barbosa e a espetacularização das prisões, mas não citam, porque não há, uma só lei que tenha sido violada. Cadê o código, o artigo, o parágrafo, o inciso, a alínea? Não vem nada.
Essa mentalidade tem história. Num texto intitulado "A moral deles e a nossa", Trotsky explica por que os bolcheviques podem, e devem!, cometer crimes, inaceitáveis apenas para seus inimigos. Ele imagina um "moralista" a lhe indagar se, na luta contra os capitalistas, todos os meios são admissíveis, inclusive "a mentira, a conspiração, a traição e o assassinato".
E responde: "Admissíveis e obrigatórios são todos os meios, e só eles, que unam o proletariado revolucionário, que encham seu coração com uma inegociável hostilidade à opressão, que lhe ensinem a desprezar a moral oficial e seus democráticos arautos, que lhe deem consciência de sua missão e aumentem sua coragem e sua abnegação. Donde se conclui que nem todos os meios são admissíveis".
O texto é de 1938. Dois anos depois, um agente de Stalin infiltrado em seu séquito meteu-lhe uma picaretada no crânio. Sinistra e ironicamente, a exemplo de Robespierre, ele havia escrito a justificativa (a)moral da própria morte. Vejam ali. Conspirar, mentir, trair, matar... Vale tudo para "combater a opressão". Só não é aceitável a infidelidade à causa. Pois é...
José Dirceu quer trabalhar. O "consultor de empresas privadas" não precisa de dinheiro. Precisa é de um hotel. Poderia fazer uma camiseta: "Não é pelos R$ 20 mil!". Paulo de Abreu, que lhe ofereceu o, vá lá, emprego, ganhou, nesta semana, o direito de transferir de Francisco Morato para a avenida Paulista antena da sua Top TV, informou Júlia Borba nesta Folha. O governo tomou a decisão contra parecer técnico da Anatel, com quem Abreu tem um contencioso razoável. Dizer o quê? Lembrando adágio famoso, os petistas não aprenderam nada nem esqueceram nada.
Aos amigos, tudo, menos a lei. Aos inimigos, José Eduardo Cardozo e Cade. É a moral deles.


twitter.com/reinaldoazevedo
reinaldo azevedo Reinaldo Azevedo, jornalista, é colunista da Folha e autor de um blog na revista "Veja". Escreveu, entre outros livros, "Contra o Consenso" (ed. Barracuda), "O País dos Petralhas" (ed. Record) e "Máximas de um País Mínimo" (ed. Record). Escreve às sextas-feiras.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Retratos do Brasil na prisão dos mensaleiros

 
O escândalo do mensalão gera desdobramentos extraordinários desde a entrevista do então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) à Folha de S.Paulo, em 2005, na qual ele denunciou o esquema de compra literal de apoio político e parlamentar ao governo Lula.

Beneficiário daquela obra de engenharia financeira da baixa política projetada em altos escalões do primeiro governo petista, Jefferson viria a ser um dos condenados no processo que inicialmente arrolou 40 mensaleiros, um fato inédito na mais que centenária história da República brasileira.
E o ineditismo não parou por aí. Como nunca houve um banco de réus VIPs tão amplo, a história da Justiça nacional não aconselhava qualquer otimismo quanto a condenações. Pois aconteceu o oposto.
Apesar de todas as possibilidades de recursos protelatórios permitidos pela legislação — à disposição de alguns dos melhores e mais bem remunerados advogados do país —, ilustres terminaram condenados à prisão, outro fato pouco visto na vida pública. E neste sentido importa menos se o regime da pena é ou não de cárcere fechado do que o veredicto que pune poderosos, importante por si.
Expedidos, durante o feriadão da semana passada, os primeiros 12 mandados de prisão de mensaleiros condenados por corrupção, o processo do mensalão passou a gerar excentricidades. Como o primeiro escalão petista apanhado neste primeiro arrastão judicial se autodeclarar “prisioneiro político”.
Não passa de reação risível, sob encomenda para militantes sectários, o ex-ministro José Dirceu, o deputado e ex-presidente do PT José Genoino e o tesoureiro petista Delúbio Soares se considerarem “presos políticos” devido à sentença de um Supremo Tribunal Federal composto, em sua maioria, por ministros indicados pelos governos companheiros de Lula e Dilma Rousseff, e num processo que transcorre há seis anos, com o exercício de amplos direitos de defesa.
Neste caso, Marcos Valério também seria um perseguido do regime? Bizarro.
A reação dos petistas, coreografada por gestos de punhos cerrados como revolucionários de gibi, da primeira metade do século XX, denuncia uma faceta de uma certa esquerda brasileira ─ a de viver do passado. Já inaceitáveis privilégios com que os prisioneiros petistas têm sido tratados na Papuda, em Brasília, denunciam outra faceta: a do Brasil arcaico, aristocrático até a medula, do “você sabe com quem está falando?”.
Deste Brasil, Dirceu, Genoino e Delúbio também fazem parte. Eles são “mais iguais” que os prisioneiros comuns — entre eles, cardíacos, com certeza — cujo sistema de visita é espartano, em contraste com o regime de portas constantemente abertas que tem valido para as personalidades petistas condenadas.
O velho Brasil das elites — ironicamente tão enxovalhadas por facções do PT — está expresso em cores fortes nos acontecimentos em torno das primeiras prisões de mensaleiros.
 
Publicado no Globo

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Instagram disponível para Nokia Lumia


Aplicativo oficial da rede social de fotos está disponível para download na Windows Phone Store a partir de hoje.
 
Sabe aquele aplicativo que todo mundo esperava, todo mundo queria e todo mundo perguntava? Pois então, o Instagram, a rede social de fotos mais querida por todos – com mais de 150 milhões de usuários – acaba de chegar oficialmente ao Windows Phone!
Com o novo app, você pode exibir para seus amigos as incríveis fotos que a câmera do seu Nokia Lumia faz. Temos certeza que a tag #nofilter, uma das mais famosas na rede social quando a foto é publicada sem filtros, vai ser muito usada entre os usuários da Nokia, afinal, nossas fotos sempre são as mais legais, né?
Com o novo Instagram Beta, você só precisa criar um perfil (se já não tiver um) para compartilhar as fotos na rede social e divulgá-la em seu Twitter, Facebook, Tumblr e Foursquare. A partir daí, você pode selecionar qualquer foto da galeria e colocar um pouco de “arte”, aplicando filtros como Rise, Lo-fi, Earlybird, Sutro, 1977 e outros, além de poder acrescentar moldura, claridade e desfoque. Você também pode utilizar o aplicativo para ver e comentar as fotos dos seus amigos que também usam a rede social.
Uma novidade para quem gosta de ser diferente, só no Windows Phone você pode contar com o recurso do Live Tile na tela inicial que traz as últimas atualizações sem você nem precisar abrir o aplicativo.
Ansioso para usar? O Instagram está disponível na Windows Phone Store e é compatível com todos os aparelhos Nokia Lumia com Windows Phone 8.




domingo, 24 de novembro de 2013

Confirmado: Land Rover terá a sua fábrica no Rio de Janeiro

 
 
Agora é oficial. A Land Rover terá a sua fábrica no Rio de Janeiro. Será em Itatiaia , na divisa com Minas Gerais e pertinho de São Paulo. O anúncio será feito pelo governador Sérgio Cabral dia 3 de dezembro. Será segunda fábrica da Jaguar Land Rover fora da Inglaterra. O investimento será entre R$ 600 milhões e R$ 1 bilhão.