quarta-feira, 27 de junho de 2012

A mentalidade do atraso


Abrir o jornal desta quarta-feira e ler que o PCBPartido Comunista Brasileiro terá candidato a prefeito de Juiz de Fora, foi dose. Mas o pior mesmo foi ler o candidato a prefeito Laerte Braga dizer que “o socialismo é a única alternativa para acabar com a barbárie instaurada pelo sistema capitalista". Esse Laerte Braga deve estar é gagá. O velho marxismo morreu de falência múltipla dos órgãos. A sua realização prática eram as economias planificadas, que não resistiram à globalização — descrita ou antevista, como queiram, pelo próprio Marx no “Manifesto Comunista”. Igualdade? Justiça? Reparação? Nada disso. Consolida-se é o divórcio entre os partidários desse igualitarismo — que, de fato, é um particularismo que corrói as bases do Estado de Direito — e os da universalidade. O “novo homem” do antigo marxismo — que era, sim, uma utopia liberticida e homicida — foi substituído pelos bárbaros, cujo mundo ideal é aquele disputado por hordas, tribos, bandos, de que entidades do “terceiro setor” são proxenetas bem remuneradas. Nenhuma ideologia trouxe tanta desgraça ao mundo como o comunismo, influenciado pelas teorias marxistas. Essa utopia já sacrificou algo como cem milhões de vidas inocentes.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A vingança maligna de Maluf’, editorial do Estadão

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA QUARTA-FEIRA

Perto das imagens que estavam ontem na primeira página dos principais jornais do País, o fato de o PT de Lula ter ido buscar o apoio do PP de Paulo Maluf à candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo chega a ser uma trivialidade. O chocante, pela abjeção, foi o líder petista se dobrar à exigência de quem ele já chamou de “ave de rapina” e “símbolo da pouca-vergonha nacional”, indo à sua casa em companhia de Haddad, e posar em obscena confraternização, para que se consumasse o apalavrado negócio eleitoral.
Contrafeito de início, Lula logo silenciou os vagidos íntimos de desconforto que poderiam estragar os registros de sua rendição e cumpriu o seu papel com a naturalidade necessária, diante dos fotógrafos chamados a documentar o momento humilhante: ria e gesticulava como se estivesse com um velho amigo, enquanto o anfitrião, paternal, afagava o candidato com cara de tacho. Da mesma vez em que, já lá se vão quase 20 anos, colocou Maluf nas “nuvens de ladrões” que ameaçavam o Brasil, Lula disse que ele não passava de “um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão”. Nunca antes ─ e talvez nunca depois ─ o petista terá errado tanto numa avaliação.
Criatura do regime militar, desde então com uma falta de escrúpulos que o capacitaria a fazer o diabo para satisfazer as suas ambições de poder, prestígio e riqueza, Maluf aprendeu a esconder sob um histrionismo não raro grotesco a sua verdadeira identidade de homem que calculava. As voltas que o País deu o empurraram para fora do proscênio ─ menos, evidentemente, no palco policial ─, mas ele soube esperar a ocasião de mostrar ao petista quem era o bobo alegre. A sua vingança, como diria o inesquecível Chico Anísio, foi maligna. Colocou de joelhos não o Lula que desceu do Planalto para se jogar nos braços do povo embevecido, deixando lá em cima a sucessora que tirara do nada eleitoral, mas o Lula recém-saído de um câncer e cuja proverbial intuição política parece ter-se esvanecido.
Nos jardins malufistas da seleta Rua Costa Rica, anteontem, o campeão brasileiro de popularidade capitulava diante não só de sua bête noire de tempos idos, mas principalmente da patologia da sua maior obsessão: desmantelar o reduto tucano em São Paulo, primeiro na capital, na disputa deste ano, depois no Estado, em 2014, para impor a hegemonia petista ao País com a reeleição da presidente Dilma ou – por que não? ─ a volta dele próprio ao Planalto, “se a Dilma não quiser”. Lula não é o único a acreditar que, em política, pecado é perder. Mas foi o único a dizer, em defesa das alianças profanas que fechou na Presidência, que, se viesse a fazer política no Brasil, Jesus teria de se aliar a Judas.
Não se trata, portanto, de ficar espantado com a disposição de Lula de levar a limites extravagantes o credo de que os fins justificam os meios. O que chama a atenção é a sua confiança nos superpoderes de que se acha detentor, graças aos quais, imagina, conseguirá dar a volta por cima na hora da verdade, elegendo Haddad e sufocando a memória da indecência a que se submeteu. Não parece passar por sua cabeça que um número talvez decisivo de eleitores possa preferir outros candidatos, não pelo confronto de méritos com o petista, mas por repulsa à genuflexão de seu patrono perante a figura que representa o que a política brasileira tem de pior.
Lula talvez não se dê conta de que a maioria das pessoas não é como ele: respeita quem se respeita e despreza os que se aviltam, ainda mais para ganhar uma eleição. Ele tampouco se lembrou de que, em São Paulo ─ berço do PT ─, curvar-se a Maluf tem uma carga simbólica incomparavelmente mais pesada do que adular até mesmo um Sarney, por exemplo. Não se iluda o ex-presidente com o recuo da companheira de chapa do candidato, a ex-prefeita Luiza Erundina, do PSB. Ontem ela desistiu da candidatura a vice, como dera a entender na véspera ao dizer que “não aceitava” a aliança com Maluf. Razões outras que não o zelo pela própria biografia podem tê-la compelido, no entanto, a continuar apoiando Haddad. Já os eleitores de esquerda são livres para recusar-lhe o voto pela intolerável companhia.

70 anos de antecedência

Vejam abaixo o texto do grande Heráclito Fontoura Sobral Pinto num trecho de uma carta escrita em outubro de 1944. Na carta, o jurista admirável coloca em frangalhos, com quase 70 anos de antecedência, a tese forjada para justificar a parceria entre márcios e cachoeiras:

“O primeiro e mais fundamental dever do advogado é ser o juiz inicial da causa que lhe levam para patrocinar. Incumbe-lhe, antes de tudo, examinar minuciosamente a hipótese para ver se ela é realmente defensável em face dos preceitos da justiça. Só depois de que eu me convenço de que a justiça está com a parte que me procura é que me ponho à sua disposição”. “A advocacia não se destina à defesa de quaisquer interesses. Não basta a amizade ou honorários de vulto para que um advogado se sinta justificado diante de sua consciência pelo patrocínio de uma causa. O advogado não é, assim, um técnico às ordens desta ou daquela pessoa que se dispõe a comparecer à Justiça. O advogado é, necessariamente, uma consciência escrupulosa ao serviço tão só dos interesses da justiça, incumbindo-lhe, por isto, aconselhar àquelas partes que o procuram a que não discutam aqueles casos nos quais não lhes assiste nenhuma razão”. “É indispensável que os clientes procurem o advogado de suas preferências como um homem de bem a quem se vai pedir conselho.  Orientada neste sentido, a advocacia é, nos países moralizados, um elemento de ordem e um dos mais eficientes instrumentos de realização do bem comum da sociedade”.

Desde 2005, quando o mensalão o induziu a excluir valores éticos dos critérios que determinam a aceitação de uma causa, o espetáculo tristonho se repete: sempre que Márcio Thomaz Bastos triunfa num tribunal, a Justiça é derrotada e a verdade morre outra vez. Gente com culpa no cartório escapa da cadeia, cresce a multidão de brasileiros convencidos de que aqui o crime compensa e ganha consistência a suspeita de que lutar pela aplicação rigorosa da lei é a luta mais vã.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Frase provocativa da sexta-feira

Frase provocativa da sexta-feira, para todos os Zeligs que pululam por aí, "amigos" de todos (o mesmo que não ser amigo de ninguém):

"A sociabilidade de cada um está quase na proporção inversa do
seu valor intelectual."

(Arthur Schopenhauer)

Semana da Indústria destaca importante momento vivido pelo setor na cidade

Ao contrário do cenário nacional, Juiz de Fora comemora chegada de novas empresas 

Na próxima semana, entre os dias 18 e 22 de junho, o Centro Industrial de Juiz de Fora realiza a Semana da Indústria, com objetivo de valorizar e motivar o desenvolvimento industrial na cidade. Ao contrário do cenário nacional, cujas estatísticas apontam para uma estagnação, Juiz de Fora, com chegada de importantes empresas, está cada vez mais desperta para este setor.
Conforme o presidente do Centro Industrial de Juiz de Fora, Aurélio Marangon, diversas entidades industriais, como o próprio Centro Industrial, estão defendendo a indústria brasileira com o objetivo de reverter a situação de desindustrialização. Afinal, o setor representa um dos importantes meios de geração de emprego.

Entre os setores que mais se destacam, segundo o presidente, está o segmento da construção civil. “Juiz de Fora está em um momento muito especial. O incentivo do poder local, principalmente a Prefeitura, tem alavancado o setor industrial. Entre as áreas que mais crescem, podemos destacar a construção civil”, afirma.

O presidente do Sindicado das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Juiz de Fora, José Tadeu Filgueiras, confirma o momento conveniente para a construção, que também beneficia o seu segmento: “O despertar para o investimento em imóveis e o crescimento da população e da cidade pedem que esses setores estejam, cada vez mais, fortes e presentes”.

Entretanto, o presidente ressalta que, mesmo estando em um momento próspero, ainda existem alguns gargalos a serem observados. “O Governo está assumindo e incentivando, através de projetos, a construção no país. Contudo, se essas medidas não se tornarem perenes, o esforço do setor da construção terá sido em vão”, afirma.


Conforme Leomar Delgado, presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil de Juiz de Fora, o setor ficou um bom tempo abandonado e agora a cidade está retorando ao que sempre foi: “um pólo industrial respeitável”.
 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

A qualquer custo

Por Roberto Desiderio

O cidadão eleitor juiz-forano, principalmente aquele mais antenado nas questões políticas da cidade, está estarrecido com o comportamento dos Delgados nos últimos cinco meses. Por volta de uns quarenta dias passados quando se especulava a possibilidade da filha do ex-prefeito Tarcisio Delgado, Érika Delgado compor chapa com o deputado estadual Bruno Siqueira para concorrer a prefeitura da cidade nas eleições de outubro, e, com isto tornar o partido indivisível, vejam na íntegra o pronunciamento do ex-prefeito: “Que me desculpem os especuladores políticos sobre as eleições, mas entendo que o respeito à privacidade deve ser mantido. Érica, mãe de quatro filhos, trabalha sete dias por semana, literalmente de Domingo a Domingo, ao lado do marido Gustavo, para criar sua família. Dá um duro que não é mole. Não tem militância política a não ser nas campanhas eleitorais para apoiar seu pai e seu irmão. De repente, não mais que de repente, aparece no jornal, inclusive com foto, como candidata, coisa de que jamais cogitou. Quem passou seu nome para o jornalista cometeu um desrespeito à sua privacidade”. Este mesmo homem, em nome do PMDB, que ele tanto ama e quer bem, em detrimento de Itamar Franco, tantas vezes apoiou o ex-governador Newton Cardoso. Porque Tarcisio perdeu tão repentinamente este colossal amor pelo PMDB e não caminha com Bruno? Tamanha incoerência familiar foi exposta hoje em todos os jornais de Minas Gerais. Em letras garrafais as manchetes informam que o ex-prefeito Tarcisio Delgado e o filho deputado federal Julio querem indicar a filha-irmã Érika Delgado para ser vice na chapa da candidata do PT, Margarida Salomão. Tão assustadora mudança faz crer que o clã Delgado possui uma poção mágica que da noite para o dia, transforma uma senhora, mãe de quatro filhos, sem vocação para política e mulher dedica a cuidar do marido Gustavo e sem militância política a ser ocupante de um posto municipal que exige o contrário desta santa inocência. Julio por seu lado se limita a dizer que não há mais conversas com o deputado acusando-o de personalista. Foi no inicio do ano corrente quando começaram as rodas de articulações políticas. De lá a cá, por três ocasiões, Julio e Bruno se encontraram para este fim. Não foi possível acordos, aja vista que Julio ta com Margarida. Ignoramos tantos sejam os motivos que não tornara possível tal aliança, mas, de um episódio tomamos conhecimento. Julio Delgado infelizmente comentara com um amigo em comum, que Bruno é arrogante e personalista, por isso não seria possível ladearem-se em campanha. O fofoqueiro de plantão, ávido por fazer cartaz com o deputado, comentou e aumentou um pouco as falácias. Rubro e possesso de raiva, Bruno liga para o celular de Julio com o intuito de desfazer o mal entendido. Júlio o atendeu e o barraco foi ao chão. Em apenas 48 (quarenta e oito) horas após, Julio declara em nota na imprensa que desistira da campanha e anuncia apoio à candidata do PT, Margarida. As bases o acordo fez com que, em caso de vitoria da petista, Julio terá apoio incondicional à sua reeleição a câmara federal e seis secretarias na prefeitura para alojar sua claque. São tantas incoerências que muitos da trupe peemedebista que seguira Tarcisio neste êxodo maluco à casa querem retornar. Ao acusar o deputado Bruno de personalista, Julio terá que fazer uma reflexão mais detalhada dos últimos acontecimentos que envolva a si e o pai. Eles querem empurrar goela abaixo do PT, qualquer nome, mesmo que seja da filha inocente na política. Por que logo após a vitoria massacrante de Bruno, Tarcisio não é mais cotado para ser vice de Margarida? A qualquer custo querem impedir que o PMDB retorne ao poder. Desembarcam em inicio da semana que vem em Juiz de Fora direções estaduais de duas legendas, PRB e PR para confabularem com Bruno a respeito de coligações. Bruno guarda no bolso do palito quatro nomes, dos quais escolherá um que forme chapa majoritária. Pedro Lessa, PMDB, Isauro Calais, PMN, Antonio Aguiar, PMDB, tendo este descartado a possibilidade alegando que como vereador tem mais possibilidades de ajudar a cidade. E por ultimo o nome do vereador e presidente da câmara municipal, Carlos Bonifácio, (leia-se) Jornal Hoje em DIA, TV Record, Igreja Universal do Reino de Deus e Folha Universal. O PR trará minutos preciosismos para o horário de propaganda eleitoral.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

4ª Assembleia da Zona da Mata apresenta avanços e conquistas

No dia 29 de junho, das 9h30 às 13h, acontece a 4ª Assembleia da Zona da Mata, no Auditório da Fiemg (Avenida Garcia Paes, 12.395 – Bairro Industrial). A reunião tem como foco a avaliação do andamento das propostas da Agenda Regional de Desenvolvimento da Zona da Mata, com foco em três ações: infraestrutura (melhoria das rodovias e Aeroporto Regional da Zona da Mata), saúde (Rede Regional de Urgência e Emergência) e rede de inovação e Parque Tecnológico de Juiz de Fora. “As Assembleias tem que ser objetivas, por isso temos que focar em determinadas ações”, explica o diretor da Faculdade de Economia da UFJF, Lourival Batista Oliveira Júnior.
De acordo com Lourival, é o momento de prestar contas à sociedade e mostrar os avanços, conquistas, entraves, o que pode ser melhorado, entre outros pontos. “Todos os oito focos são importantes e em cada um deles há projetos específicos. Nessa Assembleia discutiremos os três pontos especificados acima, mas abriremos espaço para pequenas explicações das outras ações, que virão a ser discutidas mais profundamente em outras assembleias”, destaca Lourival.
A Agenda Regional de Desenvolvimento da Zona da Mata compreende os seguintes focos: Infraestrutura; Serviços da Saúde; Segurança Pública; Política Industrial; Programa de Modernização, aumento de produtividade e diversificação do agronegócio regional; Rede de Inovação e Parque Tecnológico de Juiz de Fora e região de influência; Meio Ambiente; Criação de Áreas Incentivadas.
“Todos têm que caminhar de maneira equilibrada sob a pena da própria agenda não caminhar de forma correta. Não adianta resolver infraestrutura se não resolve capital humano; não adiantar resolver distritos industriais se não tiver condições de mão de obra, infraestrutura e logística. Além disso, temos que pensar de maneira sustentável”, enfatiza Lourival.

A 4ª Assembleia da Zona da Mata é aberta ao público. Várias lideranças políticas e econômicas da região já garantiram participação. As confirmações de presenças e outras informações podem ser obtidas pelo telefone (32) 2102-3966.

Confira programação completa: www.assembleiadamata.com.br