segunda-feira, 31 de outubro de 2011

João Doria Jr. entrevista Eike Batista


Parte 1

O empresário Eike Batista é o homem mais rico do Brasil e o oitavo do mundo segundo o ranking da Forbes, e sua entrevista foi dividida em duas. Confira a entrevista completa nos vídeos.

Parte 2

Parte 3

Parte 4

Parte 5

República destroçada


Por Marco Antonio Villa - O Estado de S.Paulo
Em 1899 um velho militante, desiludido com os rumos do regime, escreveu que a República não tinha sido proclamada naquele mesmo ano, mas somente anunciada. Dez anos depois continuava aguardando a materialização do seu sonho. Era um otimista. Mais de cem anos depois, o que temos é uma República em frangalhos, destroçada.

Constituições, códigos, leis, decretos, um emaranhado legal caótico. Mas nada consegue regular o bom funcionamento da democracia brasileira. Ética, moralidade, competência, eficiência, compromisso público simplesmente desapareceram. Temos um amontoado de políticos vorazes, saqueadores do erário. A impunidade acabou transformando alguns deles em referências morais, por mais estranho que pareça. Um conhecido político, símbolo da corrupção, do roubo de dinheiro público, do desvio de milhões e milhões de reais, chegou a comemorar recentemente, com muita pompa, o seu aniversário cercado pelas mais altas autoridades da República.

Vivemos uma época do vale-tudo. Desapareceram os homens públicos. Foram substituídos pelos políticos profissionais. Todos querem enriquecer a qualquer preço. E rapidamente. Não importam os meios. Garantidos pela impunidade, sabem que se forem apanhados têm sempre uma banca de advogados, regiamente pagos, para livrá-los de alguma condenação.

São anos marcados pela hipocrisia. Não há mais ideologia. Longe disso. A disputa política é pelo poder, que tudo pode e no qual nada é proibido. Pois os poderosos exercem o controle do Estado - controle no sentido mais amplo e autocrático possível. Feio não é violar a lei, mas perder uma eleição, estar distante do governo.

O Brasil de hoje é uma sociedade invertebrada. Amorfa, passiva, sem capacidade de reação, por mínima que seja. Não há mais distinção. O panorama político foi ficando cinzento, dificultando identificar as diferenças. Partidos, ações administrativas, programas partidários são meras fantasias, sem significados e facilmente substituíveis. O prazo de validade de uma aliança política, de um projeto de governo, é sempre muito curto. O aliado de hoje é facilmente transformado no adversário de amanhã, tudo porque o que os unia era meramente o espólio do poder.

Neste universo sombrio, somente os áulicos - e são tantos - é que podem estar satisfeitos. São os modernos bobos da corte. Devem sempre alegrar e divertir os poderosos, ser servis, educados e gentis. E não é de bom tom dizer que o rei está nu. Sobrevivem sempre elogiando e encontrando qualidades onde só há o vazio.

Mas a realidade acaba se impondo. Nenhum dos três Poderes consegue funcionar com um mínimo de eficiência. E republicanismo. Todos estão marcados pelo filhotismo, pela corrupção e incompetência. E nas três esferas: municipal, estadual e federal. O País conseguiu desmoralizar até novidades como as formas alternativas de trabalho social, as organizações não governamentais (ONGs). E mais: os Tribunais de Contas, que deveriam vigiar a aplicação do dinheiro público, são instrumentos de corrupção. E não faltam exemplos nos Estados, até mesmo nos mais importantes. A lista dos desmazelos é enorme e faltariam linhas e mais linhas para descrevê-los.

A política nacional tem a seriedade das chanchadas da Atlântida. Com a diferença de que ninguém tem o talento de um Oscarito ou de um Grande Otelo. Os nossos políticos, em sua maioria, são canastrões, representam mal, muito mal, o papel de estadistas. Seriam, no máximo, meros figurantes em Nem Sansão nem Dalila. Grande parte deles não tem ideias próprias. Porém se acham em alta conta.

Um deles anunciou, com muita antecedência, que faria um importante pronunciamento no Senado. Seria o seu primeiro discurso. Pelo apresentado, é bom que seja o último. Deu a entender que era uma espécie de Winston Churchill das montanhas. Não era, nunca foi. Estava mais para ator de comédia pastelão. Agora prometeu ficar em silêncio. Fez bem, é mais prudente. Como diziam os antigos, quem não tem nada a dizer deve ficar calado.

Resta rir. Quem acompanha pela televisão as sessões do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e as entrevistas dos membros do Poder Executivo sabe o que estou dizendo. O quadro é desolador. Alguns mal sabem falar. É difícil - muito difícil mesmo, sem exagero - entender do que estão tratando. Em certos momentos parecem fazer parte de alguma sociedade secreta, pois nós - pobres cidadãos - temos dificuldade de compreender algumas decisões. Mas não se esquecem do ritualismo. Se não há seriedade no trato dos assuntos públicos, eles tentam manter as aparências, mesmo que nada republicanas. O STF tem funcionários somente para colocar as capas nos ministros (são chamados de "capinhas") e outros para puxar a cadeira, nas sessões públicas, quando alguma excelência tem de se sentar para trabalhar.

Vivemos numa República bufa. A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário. Basta ler o Estadão todo santo dia. As notícias são desesperadoras. A falta de compostura virou grife. Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor. Os corruptos já não ficam envergonhados. Buscam até justificativa histórica para privilégios. O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional - e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar - proclamando aos quatro ventos seu "direito" de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada.

Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido "Triste Bahia". Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu): triste Brasil. Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: "Pobre te vejo a ti". É a melhor síntese do nosso país.
HISTORIADOR, É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS(UFSCAR)

Beatificação da Princesa Isabel


O arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, recebeu no último dia 19 de outubro passado, o pedido formal de abertura do processo de bem-aventurança e beatificação da Princesa Isabel.
O Prof. Hermers Rodrigues Nery, acompanhado de seu filho, João Victor, 12 anos, entregou-lhe uma carta formalizando o pedido, e apresentou os argumentos e justificativas para a abertura do processo. No encontro, esteve presente o Príncipe Dom Antonio João de Órleans e Bragança, da Casa Imperial do Brasil.
Dom Orani explicou que como primeira providência deverá ir até a Arquidiocese de Paris, dado que a Princesa Isabel faleceu na França, em 14 de novembro de 1921. Feito isso, será constituída uma Comissão para o início dos estudos e pesquisas, sob a supervisão do beneditino Dom Roberto Lopes.
A carta com o pedido foi assinada pelo prof. Hermes Rodrigues Nery, coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida e Movimento Legislação e Vida, da Diocese de Taubaté, e Mariângela Consoli de Oliveira, secretária-Executiva da Associação Nacional pró-Vida e Pró-Família, com sede em Brasília (DF).

sábado, 29 de outubro de 2011

Fazendo as contas



Os mais irônicos fazem as contas: em média a cada 50 dias, cai um ministro de Dilma Rousseff. Cinco debaixo de denúncias de corrupção e um, por falar demais. Ou seja: antes do final do ano, há prazo suficiente para a queda de mais um.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eike apoia macaco para mascote das Olimpíadas do Rio

Empresário investiu R$ 400 mil em campanha de divulgação; assista ao vídeo



O macaco Muriqui, o maior primata das Américas, é o candidato oficial do Estado do Rio a mascote das Olimpíadas de 2016.
A espécie, que está ameaçada de extinção, é a aposta do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da ONG Eco-Atlântica e da Secretaria de Estado do Ambiente, que lançaram juntos a campanha para que o animal seja escolhido como representante dos Jogos Olímpicos que acontecerão no Rio.
Patrocinador do projeto, o Grupo EBX, de Eike Batista, investiu 400 mil reais no material de divulgação, que inclui camisetas, bonés, bonecos e o vídeo abaixo, produzido pela ONG Eco-Atlântica com o depoimento de artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil e Camila Pitanga, que apoiam o projeto.
Segundo o secretário estadual do Ambiente (SEA), Carlos Minc, a candidatura da espécie vai reforçar a mensagem das Olimpíadas, que, em edições anteriores, abordaram temas como a paz ou a luta contra o racismo.
"A mensagem das Olimpíadas de 2016 será a defesa do planeta e as cidades sustentáveis. Esta iniciativa será uma ponte entre o esporte e a preservação da natureza", afirmou.

Assista ao vídeo.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Globo compra os direitos de transmissão do UFC para o Brasil



Depois da RedeTV! conseguir boa audiência transmitindo o UFC Rio, em agosto, as emissoras concorrentes – Band, Record e Globo – entraram em leilão para garantir os direitos das próximas lutas. A assessoria de imprensa do UFC divulgou uma nota nesta quinta-feira confirmando que a TV Globo terá exclusividade nas transmissões para TV aberta no Brasil.

"A Rede Globo e o Ultimate Fighting Championship (UFC) anunciam nesta quinta-feira, dia 27, um acordo de transmissão exclusiva da programação do UFC. A emissora terá exclusividade para exibir ao vivo todos os eventos do UFC no Brasil e três no exterior, além da primeira edição brasileira do reality show The Ultimate Fighter (TUF).

A primeira transmissão que marcará o acordo será a esperada luta entre o campeão peso-pesado Cain Velasquez contra o brasileiro Junior “Cigano” dos Santos, marcada para o dia 12 de novembro, em Anaheim, na Califórnia. A TV Globo também vai transmitir todos os eventos UFC no Brasil e outros programas do UFC ao redor do mundo.

'O Brasil é um enorme mercado para o UFC e faz todo sentido que seja o primeiro país em que produzamos nosso primeiro The Ultimate Fighter local. Vamos encontrar o próximo Anderson Silva ou José Aldo, não tenho dúvida! E fazer isso ao lado da Rede Globo é fantástico', vislumbra o presidente do UFC, Dana White, sobre a primeira temporada do The Ultimate Fighter (TUF) no Brasil.

'O UFC Rio teve o clima mais sensacional que já vi. Os fãs brasileiros foram inacreditáveis. E vocês podem apostar que traremos mais eventos ao vivo para o país. A TV Globo é a parceira perfeita que vai elevar o nível do MMA no Brasil. Mal posso esperar para voltar', complementa o presidente do UFC."

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O ministro foi demitido

A reportagem da VEJA, diziam os "puros", não passava de uma conspiração para derrubar Orlando Silva. Tudo seria uma grande armação reacionária contra esses notáveis revolucionários do PCdoB. Taí. O ministro foi demitido. MAS NÃO FOI DEMITIDO PORQUE A “VEJA” QUIS. FOI DEMITIDO POR SEUS ATOS À FRENTE DO MINISTÉRIO. Como bem disse Orlando Silva, quem nomeia e demite ministros é a presidente Dilma Rousseff. A VEJA, como imprensa que se preza, faz o seu trabalho. Conta ao leitor aquilo que sabe desde que diga respeito ao interesse público.

Hoje ouvi de uma pessoa que o PT  é vítima de perseguição por parte da revista VEJA. Justiça seja feita, VEJA sempre informou os podres dos governos, foi assim com Collor, FHC e Lula. Se o PT aparece mais nas capas da revista, é somente porque rouba mais, e porque mais escândalos têm vindo à tona. "Nunca antes nesse país", como gosta de dizer o Lula, tanta podridão apareceu. É um escândalo atrás do outro, inclusive dificultando a tarefa da mídia, que fica perdida sem saber onde focar. Se o PT não está satisfeito com os fatos que a mídia mostra, seria mais honesto mudar os fatos, e não condenar a mídia.

"Pô, essa VEJA não pára?" Não! Quem tem de parar são os ladrões, com ou sem ideologia. Não adianta o esperneio. A verdade é que sem Veja não há faxina.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

STF abre inquérito sobre desvios no Ministério do Esporte


Supremo vai investigar as denúncias feitas pelo policial João dias contra o ministro Orlando Silva

O ministro do Esporte, Orlando Silva, será investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de prática de desvio de dinheiro. A ministra Cármen Lúcia aceitou ontem (24) o pedido de abertura de inquérito, feito na semana passada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas a decisão só foi divulgada hoje (25).

Há duas semanas, o policial militar João Dias acusou o ministro de participar de um esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo. A denúncia foi publicada pela revista Veja. Desde então, Orlando Silva vem negando participação no esquema, tendo prestado informações ao Congresso Nacional. Ele também pediu ao Ministério Público que o investigasse para garantir sua inocência.

O ex-ocupante da pasta e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também é acusado de desviar dinheiro do programa. A ministra Cármen Lúcia determinou que o inquérito que já investiga Agnelo Queiroz no Superior Tribunal de Justiça (STJ) seja levado ao STF para que ela avalie se o processo deve correr em conjunto com o de Orlando Silva. De acordo com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, há uma “relação intensa” entre os casos.

A ministra também determinou que o Tribunal de Contas da União (TCU) envie informações sobre processos de fiscalização de convênios suspeitos do Ministério do Esporte, mas negou, por ora, os pedidos de Roberto Gurgel para tomar depoimentos de Orlando Silva, Agnelo Queiroz, do PM João Dias e do motorista Célio Soares Pereira, que disse ter visto a movimentação de dinheiro no ministério. Para a ministra, ainda é preciso analisar os indícios antes de definir quem será ouvido.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O LULISMO AMORDAÇOU O BRASIL

Por *Percival Puggina

É preciso reconhecer. A mitificação de Lula no nível que alcançou só poderia ocorrer mediante o invulgar conjunto de circunstâncias que alia características pessoais do líder; notáveis estratégias de poder e de comunicação social; circunstâncias internacionais favoráveis à economia brasileira; manutenção, durante boa parte de seu governo, das políticas de responsabilidade fiscal iniciadas com Itamar Franco; dotação de significativos recursos para o programa Bolsa Família; simpatia internacional ao perfil do "operário no poder cuidando dos pobres". E por aí vai.

Oitenta e tantos por cento de aprovação no mercado interno, a condição de celebridade internacional e a louvação da mídia mundial compõem um irresistível quadro de mitificação que colocam Lula num altar onde só se pode depositar flores. Critique quem quiser no país, mas não faça isso com Lula. Pega muito mal e retira de você credibilidade para qualquer outra coisa que pretenda dizer. É inútil mostrar que o governo petista se encaminha para fechar uma década com o país ostentando os piores indicadores, seja entre os membros do BRIC, seja entre nossos vizinhos da América Ibérica: a economia que menos cresce, a maior taxa de juros, a menor taxa de investimento, a maior inflação e a maior carga tributária. E as funções essenciais do governo (Educação, Saúde, Segurança e Infraestrutura) numa precariedade que ninguém, em sã consciência, deixará de reconhecer. São afirmações inúteis. Tudo se passa como se, depois de oito anos no poder, Lula nada tivesse a ver com isso. A ele, apenas créditos.

No entanto, há débitos pesados na conta do lulismo instilado ao país. Em artigos anteriores, tenho afirmado que a política exige senso de realidade, que os bons estadistas são pessoas realistas, são pessoas afastadas de utopias e devaneios e interessadas em respostas corretas para duas interrogações essenciais: qual é o problema? qual é a solução? Nesse sentido, reconheça-se, ao romper com os delírios esquerdistas do PT, Lula conseguiu acertos e afastou-se de muitos erros. Mas na política, o realismo de Lula tornou-se cínico, desprovido de restrições de ordem moral. Abrigou à sombra do poder as piores figuras da política nacional. Não apenas as acolheu. Foi buscá-las para compor a base do governo. Entregou-lhes poder, cargos, fatias do orçamento e poderosas empresas estatais. Teve olhos cegos e ouvidos moucos para as patifarias que proliferaram do topo à base da pirâmide do governo. Seu partido, quando na oposição, brandia indignações morais, pedia CPI para carrocinha de cachorro quente e levantava suspeições sobre a honra de quem se interpusesse no seu caminho. No poder, foi o que se viu, o que ainda hoje se vê, e o quanto já veio à superfície nos primeiros meses da presidente Dilma, sob silêncio conivente das instrumentalizadas organizações sociais cuja boca foi emudecida por cargos e recursos públicos.

A corrupção, casada em união estável e comunhão de bens com a impunidade, alcançou níveis sem precedentes. Estudo da Fiesp adverte para o fato de que ela consome algo entre 1,4% a 2,3% do PIB e custa cerca de R$ 69 bilhões nas contas da gatunagem fechadas a cada réveillon. A nação chegou ao fastio e à náusea dos escândalos de cada dia. Há uma indignação silenciosa. Ensaiam-se mobilizações de repulsa à corrupção. Mas elas são escassas, pequenas e de utilidade duvidosa. Por quê? Porque a corrupção pode ter filiais até na mais miserável prefeitura do país, mas a matriz está onde está a grana grossa, no poder central da República, para onde convergem todos os cargos, todas as canetas pesadas, todas as decisões financeiras, todos os contratos realmente significativos. E 23% do PIB nacional. O resto é resto.

Mas não há como apontar o dedo nessa direção sem atingir em cheio o peito de quem, durante oito anos, desempenhou a mesma função de seus antecessores. E a estes, Lula, seu partido e fieis seguidores, sistematicamente, responsabilizavam por toda desonestidade existente no país. Quem quer que sentasse para governar, logo vinha o "Fora Collor", o "Fora Sarney", o "Fora FHC". Alguém sabe me dizer por que, de repente, a corrupção não tem nome próprio nem governo definido? Eu sei. O lulismo amordaçou a moralidade nacional.

* Percival Puggina (66) é titular do blog www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.

sábado, 22 de outubro de 2011

Morre o Príncipe Sultan bin Abdel Aziz


Os Estados Unidos perderam um valioso amigo com a morte do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Sultan bin Abdel Aziz, falecido neste sábado, aos 83 anos em um hospital americana, afirmou o presidente Barack Obama.
"O príncipe herdeiro apoiou com firmeza a associação profunda e duradoura entre os dois países", afirmou Obama em um comunicado no qual expressou suas condolências "ao rei Abdullah, à família real e ao povo da Arábia Saudita".

O príncipe Sultan bin Abdel Aziz faleceu na madrugada deste sábado aos 83 anos nos Estados Unidos, onde recebia tratamento médico.

Com a morte de Sultan, o príncipe Nayef, de 78 anos, ministro do Interior e também meio-irmão do soberano, figura na segunda posição na ordem sucessória.
Sua morte acontece quando o próprio rei Abdullah, de 87 anos, continua hospitalizado depois de submeter-se esta semana a uma nova operação nas costas num hospital de Riad.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Lula a Kadafi: "meu amigo, meu irmão e líder"



 
Isto aconteceu em julho de 2009, na cúpula da União Africana, realizada na Líbia.
"Meu amigo, meu irmão e líder”, prostrou-se o convidado de honra diante do serial killer que, entre outras anotações no prontuário, ordenou a derrubada de um avião da PanAm em 1988.
 
Não se deve esquecer que Lula sempre demonstrou predileção por tiranos. Sob seu governo, o Itamaraty se aliou à escória internacional (Chávez, os ditadores africanos etc.).

Entusiasmado com “a persistência e a visão de ganhos cumulativos que norteia os líderes africanos”, Lula recomendou ao mundo mais paciência com ditaduras vitalícias. “Consolidar a democracia é um processo evolutivo”, ensinou. O companheiro  Omar Al-Bashir, por exemplo, é ditador do Sudão há apenas 20 anos.

OBS: Será que Lula vai ao enterro do amigoirmão???

Pergunta

E se a Comissão da Verdade iniciasse os trabalhos pelo Ministério do Esporte?

Miopia & safadeza

Nós temos de ter muita serenidade nessa hora porque não apareceu nenhuma prova contra o Orlando.”

Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e maleiro-chefe de Lula e Dilma Rousseff, que não consegue enxergar a montanha de provas sobre as bandalheiras no Ministério do Esporte mas jura ter visto provas suficientes para garantir que o assassinato do prefeito Celso Daniel foi um crime comum e que o mensalão não existiu.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Bola da vez


O ministro Orlando Silva, dos Esportes, diante de novas denúncias envolvendo sua participação no propinoduto das ONGs de sua pasta, volta a ser rotulado – e nem poderia ser diferente – de bola da vez. É um replay, com novas acusações, de situação que ele já enfrentou há poucos meses. Ele deverá resistir, mas entra em processo de fritura. Orlando, para quem não sabe, conhece todos os caminhos, trilhas e atalhos dos subterrâneos do ministério: já exerceu os cargos de Secretario Nacional de Esporte, Secretário Nacional do Esporte Educacional e secretário-executivo do Ministério do Esporte. Foi ele que encobriu o famoso episódio de desvio de diárias do então ministro Agnelo Queiroz na Olimpíada de Atenas, denunciado na época pela ex-jogadora Magic Paula.

País rico

País rico é outra coisa: somente nos dois últimos anos de seu governo, o ex-presidente Lula distribuiu mais de R$ 61 bilhões do contribuinte brasileiro para 27 países, a maioria da América Latina, sendo oito da África e incluindo-se na lista ditaduras como Líbia, Síria e Irã. Parte expressiva dos recursos saiu do Brasil por meio de financiamento do BNDES para obras tocadas pelas empreiteiras amigas. Mais: esses R$ 61 bilhões deixaram o país sem autorização do Senado, conforme prevê a legislação vigente. O BNDES até admite desembolsos de US$ 1,2 bilhão na América Latina e US$ 906 milhões para África.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

BHP mira compra da brasileira Ferrous Resources





A mineradora anglo-australiana BHP Billiton. está perto de anunciar a aquisição da brasileira Ferrous Resources por 2 bilhões de libras esterlinas, de acordo com uma reportagem publicada no jornal Sunday Times. A BHP iniciou as negociações com a empresa brasileira no começo deste ano. A mineradora anglo-australiana se recusou a comentar sobre o assunto, enquanto a Ferrous Resources não estava imediatamente disponível para fazê-lo. A Ferrous pretende construir uma usina siderúrgica em Juiz de Fora, conforme já foi anunciado pela imprensa. As informações são da Dow Jones.

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Almoço com Madeleine Albrigth, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos

William Xavier de Carvalho e Madeleine Albright no almoço empresarial promovido pelo LIDE em São Paulo

Hoje participei, a convite do empresário João Doria Jr, da brilhante palestra proferida pela ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Madeleine Albright durante almoço com empresários do LIDE, em São Paulo. O papel de protagonismo que os países emergentes passaram a desenvolver no cenário global deve ser acompanhado de outras funções “menos gloriosas”.
Segundo a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Madeleine Albright, os emergentes “devem assumir o ônus do crescimento”.

Em encontro promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), de João Doria Jr, realizado nesta sexta-feira em São Paulo, Madeleine fez um discurso em tom crítico com relação ao papel exercido pelos emergentes.
Ela cobrou participação mais efetiva em temas de interesse global, como o conflito no Oriente Médio.
Madeleine, por outro lado, elogiou o desempenho da economia brasileira, a quem classificou como “a mais sólida entre os emergentes”.
O Brasil tem um futuro brilhante pela frente”, pontuou.

Segundo ela, o Brasil faz o que os Estados Unidos não fazem.
Vocês acumulam reservas, enquanto nós pedimos emprestado à China.”

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Almoço empresarial com Madeleine Albright e executivos do LIDE


De São Paulo chega convite do LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria Jr, para o ALMOÇO-EMPRESARIAL, sexta-feira, dia 14/10, com a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos e especialista em mercados emergentes, Madeleine Albright. A ex-secretária, que foi a primeira mulher a ocupar o cargo tornando-se, na época, a mulher em mais alto escalão na história do governo dos EUA, virá a São Paulo se encontrar com os CEOs das principais empresas do País para expor sobre O Papel do Brasil na Nova Geopolítica Mundial. O evento acontece no hotel Caesar Park Faria Lima.

Fazendo as contas do Rock in Rio


Em 2001, a verba de patrocínio do Rock in Rio respondia por 80% de seu orçamento e o ingresso de R$ 35 apresentou uma bilheteria menos expressiva. Agora, o montante gerado pelos patrocinadores foi de R$ 55 milhões (60% do total), enquanto a venda de ingressos chegou perto de R$ 100 milhões. Como os custos total do Rock in Rio foram de R$ 90 milhões, o lucro encostou em R$ 65 milhões, para alegria da família Medina.

domingo, 9 de outubro de 2011

O LIVRO PROIBIDO




O LIVRO FOI PROIBIDO

O Best Seller da Corrupção, leia e guarde no arquivo.


  Está aí o livro para quem quiser ler.

 
O CHEFE


        O Livro Proibido de Ivo Patarra


O jornalista Ivo Patarra levou "O Chefe" a duas editoras, que recusaram a publicaçãodo livro.
O livro sobre as falcatruas do Lula, que foi proibido está disponível para leitura na Internet.
DIVULGUEM ESTE LIVRO SEM RESTRIÇÃO PARA A LISTA DE E-MAILS...

O livro que compila todos os escândalos do desastroso governo Lula, não conseguiu ser publicado!!!

JÁ QUE TODOS NEGARAM  PUBLICÁ-LO !
O AUTOR O  COLOCA GRÁTIS NA INTERNET

PARA LER E BAIXAR O LIVRO ACESSE:



Não deixe mesmo de ver esse site, nem que seja só para confirmar que ele existe.

Divulguem!

ANDEC
Associação em Defesa da Ética e da Cidadania 


Abrace esta causa!!!

Steve Jobs



Por Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal
O ministro da Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante, que nada entende de ciência e tecnologia, disse sobre Steve Jobs: "Ele era um visionário. Um símbolo de talento, criatividade e um grande inovador. Espero que a Apple consiga superar a perda desse gênio, e não perca o espírito". Mercadante disse ainda que o Brasil precisa de pessoas com o talento e a inspiração de Jobs: "Espero que o exemplo dele inspire jovens de todo o mundo. No Brasil, precisamos muito de pessoas talentosas e inovadoras. São elas que impulsionam o processo de desenvolvimento de uma nação”, afirmou o ministro.

Ora, ministro, são pessoas assim que, de fato, impulsionam o desenvolvimento. E não o governo! Portanto, saia da frente, retire os obstáculos todos do governo que impedem o surgimento de inovadores capitalistas. Não vamos esquecer que Steve Jobs não se interessava muito pelo Brasil, um país com quase 200 milhões de habitantes, justamente por causa das barreiras estatais. Sequer somos livres para consumir seus produtos, como as músicas do iTunes. Sem falar do preço que, graças aos escorchantes impostos, chega a ser mais que o dobro do que pagam os “pobres” americanos. Se Steve Jobs fosse brasileiro sob seu governo, ministro, ele nunca teria saído daquela garagem!

Se, de um lado, quem não devia elogiou Steve Jobs, por outro lado surgiram aqueles jurássicos esquerdistas para atacá-lo. O argumento, que circula na internet, diz basicamente que não foi Jobs quem produziu o iPad e demais produtos da Apple, e sim as crianças asiáticas. O que essa turma ainda não compreendeu é que o valor gerado, ainda mais na era da informação, depende da mente, e não dos braços. Trabalho mecânico qualquer um faz, e há que se agradecer a Apple por levar empregos a estes pobres trabalhadores da Ásia. Mas o verdadeiro valor está na inteligência. Como disse um personagem de Ayn Rand em sua novela “A Revolta de Atlas”:

Olhe para um gerador de eletricidade e ouse dizer que ele foi criado pelo esforço muscular de criaturas irracionais. Tente plantar um grão de trigo sem os conhecimentos que lhe foram legados pelos homens que foram os primeiros a plantar trigo. Tente obter alimentos usando apenas movimentos físicos, e descobrirá que a mente do homem é a origem de todos os produtos e de toda a riqueza que já houve na terra.”

Alguns também criticam Jobs por não ser engenheiro, não ser aquele que realmente criava a tecnologia. Também erram o alvo: o valor do empreendedor é justamente esta visão mais holística, que sabe pegar as partes separadas e juntá-las num produto final fantástico e demandado por todos. Os críticos podem dizer o que quiserem, mas o fato é que a genialidade de Steve Jobs entrou para a história. A maçã de Eva, a maçã de Newton e a maçã de Jobs: três maçãs que mudaram o mundo para sempre.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Campeão do lixo eletrônico

O Brasil já pode se orgulhar de ser detentor de novo recorde: é o país emergente que mais produz lixo eletrônico, segundo dados da ONU. São nada menos do que 96,8 mil toneladas de computadores descartados por ano. Hoje, desde máquinas de lavar, microondas, DVDs, televisões e celulares, é difícil achar alguém que ainda leve todas essas coisas para o conserto. Compram modelos novos e a preços mais baixos. No ano passado, os brasileiros compraram 29 milhões de celulares e lideraram compras de televisões, netbooks e câmeras digitais entre os emergentes. Mais: o brasileiro troca de celular a cada dois anos, ou seja, faz supor que a conta final fique no negativo.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Eike Batista é o brasileiro mais influente


Eike Batista, contorlador do Grupo EBX, é o único brasileiro presente na lista das 50 pessoas mais influentes para as finanças globais, segundo a revista Bloomberg Markets.O empresário integra a mesma relação em que estão Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano); Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI); os prêmios Nobel de Economia Paul Krugman e Joseph Stiglitz; além dos empresários Warren Buffet, Steve Jobs e Carlos Slim.
Batista aparece na categoria “empreendedores inovadores”, como um dos dez empresários do ranking. A lista foi elaborada a partir das opiniões de repórteres e editores da agência em todo mundo. Os 50 mais influentes nas finanças globais, segundo a revista, são aqueles cujos comentários mexem com os mercados; seus negócios estabelecem o valor das empresas e das ações; e suas ideias e políticas moldam corporações, governos e economias.

sábado, 1 de outubro de 2011

Imprensa - Lei da mordaça

Setembro de 2011: Juíza proíbe revista Viver Brasil de circular em função das denúncias de improbidade administrativa contra o prefeito de Nova Lima, Carlos Rodrigues (PT)

 

Passados mais de 40 anos da publicação do AI-5, que marcou o período mais duro do regime militar no Brasil, a Viver Brasil torna-se vítima de um ato de censura. A juíza substituta Adriana Garcia Rabelo, da 1ª instância de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, proibiu, por meio de liminar de 6 de setembro, a circulação de exemplares da 65ª edição da revista no município. O recurso judicial, interpretado por autoridades, entidades de classe e instituições de defesa do Estado de Direito como uma tentativa de amordaçar a imprensa, foi apresentado pelo prefeito da cidade, Carlos Roberto Rodrigues (PT), mais conhecido como professor Carlinhos.
A reportagem, intitulada “Mina de Denúncias”, trata de supostas irregularidades do político à frente da administração municipal. Publicada em 26 de agosto, a matéria diz que o prefeito é acusado de desvio de dinheiro público, dispensa de licitação, superfaturamento de obras, doação irregular de terrenos e até de recebimento de propina pelos principais órgãos de combate à corrupção no país: Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Polícia Federal.
Diante da decisão da magistrada, a Viver Brasil foi obrigada a recolher exemplares e a retirar a notícia da sua página na internet. A juíza Adriana Rabelo, que também indeferiu o pedido de afastamento de Carlos Roberto Rodrigues do cargo por improbidade administrativa, feito pelos promotores Ivana Andrade, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Nova Lima, e Daniel Sá Rodrigues, do Grupo Especial do Patrimônio Público (Gepp), escreveu em seu despacho que a revista incorreu em “abuso da liberdade de imprensa”.
Em seu despacho, a juíza não só suspendeu a circulação da edição 65 da Viver Brasil como estendeu a restrição a “qualquer ato que possa ou venha ofender a imagem e a honra do requerente por qualquer meio, inclusive outdoors, sob pena de multa a ser fixada”.
Para a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a decisão de Adriana Rabelo é um caso flagrante de censura prévia. “Causa preocupação que o ataque à liberdade de expressão venha não de forças alheias ao Estado, mas do próprio Judiciário. A imprensa livre é fundamental em qualquer democracia”, afirma, por meio de nota. O documento da Abraji diz ainda que, no Brasil, tanto a legislação penal quanto a civil preveem mecanismos para reparar danos a reputações e privacidades. “É a esses mecanismos que deve recorrer o cidadão que se sente ofendido por qualquer reportagem. A associação espera que o Judiciário reveja seu posicionamento neste e em todos os casos análogos”, finaliza.
O presidente da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Roberto Muylaert, considera o caso “gravíssimo” e repudia de forma enérgica a medida liminar. “Tal decisão judicial fere de maneira frontal a Constituição Federal do Brasil, que não admite qualquer tipo de censura em seu artigo 220, parágrafos 1º e 2º. Por isso consideramos que tal determinação afronta os direitos e garantias fundamentais da livre manifestação do pensamento”, ressalta.
Já a vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, lembra que é um dos papéis do profissional de comunicação fazer denúncias contra agentes públicos, sejam eles prefeitos, governadores, presidentes da República ou membros do Judiciário. “O bom jornalismo está a serviço dos interesses maiores da sociedade e deve ser exercido com ampla liberdade e responsabilidade. Além do mais, a Constituição Brasileira é clara ao estabelecer que não haverá censura prévia no país e o que a juíza faz é desconhecer o princípio constitucional”, frisa Maria José.
Ainda segundo a vice-presidente da entidade, a censura imposta pela magistrada de Nova Lima é mais um atentado à liberdade de imprensa no Brasil, perpetrado pelo Poder Judiciário. “A Fenaj não exige que os membros do Judiciário brasileiro compreendam o fazer jornalístico e a importância do jornalismo para a democracia e a constituição da cidadania, mas não pode admitir que o judiciário continue a ser instrumento de censura a jornalistas e a veículos de comunicação”, ataca.
A atitude de impor um psiu à revista também foi repudiada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG). “A Constituição Brasileira não delegou ao Judiciário poder extraordinário para exercer papel de censor. Dessa maneira, o SJPMG vem reafirmar sua indignação diante de mais um ato de representantes do Judiciário que, indo na contramão das conquistas civilizatórias do povo brasileiro, ataca a Carta Magna e o Estado Democrático de Direito”, diz a nota oficial.
O presidente da seccional mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), Luís Cláudio Chaves, manifestou que a entidade é contra qualquer apreensão de material jornalístico, visto que a censura, mediante impedimento de distribuição de obra literária ou de veículo de informação, está na contramão das liberdades democráticas garantidas pela Constituição. “A liberdade de imprensa é um principio fundamental, sendo garantia de todo cidadão o direito à informação. E a pessoa que se sentir lesada diante de uma informação, tem o direito de resposta assegurado pela jurisprudência, bem como a eventual reparação dos danos.”

Associação Nacional dos Jornais (ANJ) também criticou a sentença. “É mais um caso absurdo de censura judicial”, afirmou Ricardo Pedreira, diretor executivo da entidade, em entrevista ao O Estado de S. Paulo. No dia 15 de setembro, com o título “Em Minas Gerais, revista é obrigada a recolher edição”, o jornal publicou matéria sobre a censura em território mineiro. Vários jornalistas renomados e sites especializados também repercutiram o assunto. Assinado por José Cleves, editor do jornal A Notícia, de Nova Lima, o texto “A perigosa (e execrável) censura da revista Viver Brasil” ganhou espaço no site Observatório da Imprensa, website e programa de rádio e TV cujo foco é a análise da atuação dos meios de comunicação em massa no país. O mesmo artigo também mereceu destaque no blog do jornalista Luis Nassif.
Âncora do Grupo Bandeirantes, Ricardo Boechat dedicou, no último dia 16, vários minutos de seu programa matinal na BandNews para comentar a reportagem “Mina de Denúncias” e criticar a sentença da juíza. O caso ainda foi estampado no Portal Imprensa, desta vez, com a chamada “revista Viver Brasil é censurada em cidade mineira”.
Políticos mineiros também consideraram a decisão judicial um atropelo à democracia. “Sou contra qualquer medida que traga controle da mídia. É o que manda a Constituição”, resumiu o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa. O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Léo Burguês, condenou a tentativa de abafar fatos que devem ser públicos. “Nos tempos da ditadura, vivemos o temor da censura na imprensa. Não podemos admitir que o Brasil retroceda com relação à democracia conquistada”, frisou. O ex-senador Arlindo Porto engrossa o coro antimordaça: “Estamos em um processo democrático. Não é privando a circulação de órgãos de imprensa que as verdades não serão colocadas. Cabe ao cidadão conhecer, avaliar e julgar”, declarou. O departamento jurídico da Viver Brasil está analisando o caso e, em breve, adotará as medidas cabíveis. Procurada, a juíza Adriana Rabelo não quis se pronunciar sobre o assunto.