Adolfo
Melito, 60, presidente do conselho de criatividade da Fecomercio-SP,
afirma estar criando a primeira plataforma de "equity crowdfunding"
(compra de pequenas porcentagens de empresas por meio de uma vaquinha
virtual) no Brasil.
O site inglês Crowdcube é a inspiração dele, que pretende lançar a empreitada ainda neste ano.Para
poder fazer isso, ele irá usar um tipo de contrato chamado sociedade em
conta de participação. Por essa regra, é possível haver um sócio
majoritário, chamado de "ostensivo", e sócios participantes, que detém
pequenos fragmentos da organização.
Ele
exemplifica: se uma nova companhia é avaliada em R$ 1 milhão, poderá
decidir vender 20% da titularidade no site. Seria o equivalente a R$ 200
mil -ou seja, por R$ 1.000 compra-se 0,1% da corporação.
Poderão levantar recursos no projeto pequenas companhias, que têm faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano.
Por
serem regidas pelo estatuto das pequenas empresas, as organizações
ficam isentas de registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o
órgão que fiscaliza o mercado de ações. Em nota, a CVM afirma que, caso
verifique alguma irregularidade, pode determinar que os envolvidos
"cessem de imediato a prática".
A
ideia é acelerar o processo de financiamento das empresas. Segundo
Sergio Risola, da incubadora de negócios Cietec, no Brasil "é realmente
lento o processo de namoro entre empreendedores e investidores", o que
faz com que seja difícil para elas conseguirem recursos.
"Montar
uma minibolsa de valores não é simples", diz Melito. Para isso, ele
buscou apoio da agência especializada em "crowdsourcing" Mutopo, da
diretora Marina Miranda, 41. "Empresas que não têm recursos vão precisar
encontrá-los de alguma maneira, e essa será uma delas", ela afirma.
FONTE: REVISTA VEJA
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