quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Uma nova marca com charme e design italianos

Por Vanessa Barone | Para o Valor, de São Paulo


Lapo Elkann: “Não há mais nada a inventar em termos de forma”

Junte um herdeiro de uma das empresas mais conhecidas da Itália, outros dois empresários igualmente bem-sucedidos, o apreço pela inovação e um inconfundível charme da moda italiana. São esses os ingredientes que garantem o glamour a Italia Independet (I-I), grife de acessórios criada em Turim, em 2007 pelos italianos Giovanni Accongiagioco, Andrea Tessitore e Lapo Elkann. Esse último, neto de Gianni Agnelli e um dos herdeiros da Fiat, foi considerado um dos homens mais elegantes pela revista de moda masculina "GQ". Vender moda e design aliada à tecnologia automotiva é o negócio da Italia Independet, que acaba de trazer a sua linha de óculos para o Brasil.
Muito mais do que artigos funcionais, os óculos da I-I capricham no apelo "fashion high tech". É o caso do modelo 090V, cuja superfície aveludada leva o mesmo tipo de acabamento "flocado" dos cockpits das Ferraris. Outro produto que impressiona, o I-Thermic, possui um pigmento de cor que reage ao calor. Uma vez em contato com temperaturas por volta dos 30°C, ele revela uma estampa ou outra cor que estava por baixo.
Italia Independet

"As pessoas não precisam comprar artigos de moda, mas o fazem quando eles são únicos e distintos", diz Lapo Elkann, em entrevista ao Valor. Segundo o empresário, mais do que nunca, o consumidor, tanto o homem quanto a mulher, sabe bem o que quer e não é facilmente iludido.
Os óculos da I-I capricham no apelo “fashion high tech”. “As pessoas não precisam comprar artigos de moda, mas o fazem quando eles são únicos e distintos”, diz Lapo Elkann. “Então, nos concentramos em encontrar materiais inovadores e em adaptar tecnologias originárias de outras indústrias”. De acordo com ele, seguir as tendências de moda é menos importante do que fazer produtos que realmente atendam às necessidades do consumidor
"No segmento ótico, não há mais nada a inventar em termos de forma", diz Elkann. "Então, nos concentramos em encontrar materiais inovadores e em adaptar tecnologias originárias de outras indústrias". De acordo com ele, seguir as tendências de moda é menos importante do que fazer produtos que realmente atendam às necessidades do consumidor. "Queremos ter artigos que sejam usáveis por todo mundo, independente do sexo e da idade. Isso é o mais difícil de fazer".
O foco da marca, diz Elkann, é o "luxo acessível" - o que no caso da I-I significa vender óculos por, em média, 150 euros (por aqui, nas óticas, estima-se que eles custarão entre R$ 370 e R$ 900). "O verdadeiro luxo é poder distribuir, em todo o mundo, um acessório que realmente expresse a criatividade e o know how italiano", diz Elkann. Presente em 43 países, a Italian Independet possui o capital aberto desde o ano passado, quando lançou ações na Bolsa de Valores de Milão. Em 2013, a empresa faturou 24,9 milhões de euros, o significou um crescimento de 36% sobre o ano anterior.

FONTE: Valor Econômico

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