Por Vanessa
Barone | Para o Valor, de São Paulo
Lapo Elkann: “Não
há mais nada a inventar em termos de forma”
Junte um herdeiro de uma das empresas mais
conhecidas da Itália, outros dois empresários igualmente
bem-sucedidos, o apreço pela inovação e um inconfundível charme
da moda italiana. São esses os ingredientes que garantem o glamour
a Italia Independet (I-I), grife de acessórios criada em Turim, em
2007 pelos italianos Giovanni Accongiagioco, Andrea Tessitore e Lapo
Elkann. Esse último, neto de Gianni Agnelli e um dos herdeiros da
Fiat, foi considerado um dos homens mais elegantes pela revista de
moda masculina "GQ". Vender moda e design aliada à
tecnologia automotiva é o negócio da Italia Independet, que acaba
de trazer a sua linha de óculos para o Brasil.
Muito mais do que artigos funcionais, os óculos
da I-I capricham no apelo "fashion high tech". É o caso
do modelo 090V, cuja superfície aveludada leva o mesmo tipo de
acabamento "flocado" dos cockpits das Ferraris. Outro
produto que impressiona, o I-Thermic, possui um pigmento de cor que
reage ao calor. Uma vez em contato com temperaturas por volta dos
30°C, ele revela uma estampa ou outra cor que estava por baixo.
Italia Independet
"As pessoas não precisam comprar artigos de
moda, mas o fazem quando eles são únicos e distintos", diz
Lapo Elkann, em entrevista ao Valor. Segundo o
empresário, mais do que nunca, o consumidor, tanto o homem quanto a
mulher, sabe bem o que quer e não é facilmente iludido.
Os óculos da I-I capricham no apelo “fashion
high tech”. “As pessoas não precisam comprar artigos de moda,
mas o fazem quando eles são únicos e distintos”, diz Lapo
Elkann. “Então, nos concentramos em encontrar materiais
inovadores e em adaptar tecnologias originárias de outras
indústrias”. De acordo com ele, seguir as tendências de moda é
menos importante do que fazer produtos que realmente atendam às
necessidades do consumidor
"No segmento ótico, não há mais nada a
inventar em termos de forma", diz Elkann. "Então, nos
concentramos em encontrar materiais inovadores e em adaptar
tecnologias originárias de outras indústrias". De acordo com
ele, seguir as tendências de moda é menos importante do que fazer
produtos que realmente atendam às necessidades do consumidor.
"Queremos ter artigos que sejam usáveis por todo mundo,
independente do sexo e da idade. Isso é o mais difícil de fazer".
O foco da marca, diz Elkann, é o "luxo
acessível" - o que no caso da I-I significa vender óculos
por, em média, 150 euros (por aqui, nas óticas, estima-se que eles
custarão entre R$ 370 e R$ 900). "O verdadeiro luxo é poder
distribuir, em todo o mundo, um acessório que realmente expresse a
criatividade e o know how italiano", diz Elkann. Presente em 43
países, a Italian Independet possui o capital aberto desde o ano
passado, quando lançou ações na Bolsa de Valores de Milão. Em
2013, a empresa faturou 24,9 milhões de euros, o significou um
crescimento de 36% sobre o ano anterior.
FONTE: Valor Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário