PAULO HENRIQUE AMORIM E O PT: UM POUCO SOBRE O CRIADOR DA SIGLA "PIG"
Hoje, quando se pretende atacar um veículo de comunicação, sempre que este questiona o Governo Federal, usa-se a sigla "PIG" (Partido da Imprensa Golpista). Ela foi cunhada por Paulo Henrique Amorim e a idéia de "golpismo" consiste na crítica do PT e de seu governo. Falou mal? É golpe. Simples assim.
Mas Paulo Henrique Amorim, ou PHA, diz que é jornalista desde os tempos em que os bichos falavam (é o que está em seu site). Não sei se em 1997 eles ainda diziam alguma coisa, mas convém lembrar a série de reportagens que ele próprio divulgava na Rede Bandeirantes, na condição de âncora e editor do principal programa jornalístico da emissora.
Trechos abaixo (estão nas sinopses da Radiobras):
"Denúncia de corrupção em partido político não é novidade. Novidade é o partido. Trata-se do Partido dos Trabalhadores. Paulo de Tarso Venceslau ajudou a sequestrar o embaixador americano e a fundar o PT. Foi também secretário de finanças de duas prefeituras do partido. Ele garante que uma empresa contratada sem concorrência por prefeitos petistas, desviava verbas públicas para os cofres do partido. Ele quer provar que a cúpula do PT sabia das fraudes e não tomou providências.
Paulo de Tarso Venceslau, autor da denúncia contra o PT, tem 53 anos e uma biografia movimentada. Na década de 60 ele pertencia ao grupo guerrilheiro Aliança Libertadora Nacional. Participou de sequestro do embaixador americano, Charles Albrick, em 1969. Ironia ou não, ajudou a tirar da cadeia José Dirceu, seu amigo e companheiro na época. José Dirceu, hoje presidente do PT, disse que Venceslau não tem nenhum documento que comprove a corrupção, mesmo assim haverá investigação." (grifos nossos)
Em 1998, VÉSPERA DAS ELEIÇÕES DAQUELE ANO, tudo se repetiu. E quem fala a respeito é Alberto Dines que, na ocasião, DEFENDEU LULA. Vejam que coisa engraçada:
"Paco, o linchador - Em seu site Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim publicou na noite de sexta-feira (3/11) a seguinte manchete: "Internautas criticam artigo de Alberto Dines". Clica-se e aparece a foto deste observador e um pequeno texto: "A favor da mídia. Internautas criticam artigo em que Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, se manifesta a favor da mídia". Os curiosos então clicam para saber o que Paulo Henrique Amorim, porventura, tem a dizer sobre o assunto e descobrem que Paulo Henrique Amorim, como sempre, nada tem a dizer: escafedeu-se. Mas como precisa fazer jus ao cachê de linchador, remete para os comentários dos internautas furiosos com este observador. Convém registrar que o afiadíssimo site é completamente cego em matéria de interatividade e democracia: não recebe comentários dos leitores. Paulo Henrique Amorim – Paco, para os íntimos – é o protótipo do linchador. Paradigma do empastelador. Agente provocador de quebra-quebras. Tem longa experiência nesta matéria. Paco agora anda camuflado de militante petista. O disfarce vai durar pouco. Em setembro de 1998, véspera da segunda disputa Lula-FHC, ele comandou na TV Bandeirantes uma viciosa cruzada contra Lula com os mais torpes argumentos. Pretendia denunciar a operação financeira que permitira ao então líder sindical a compra de um apartamento em São Bernardo do Campo. Não foi um ataque político, foi um golpe baixo. Não foi um surto pontual, foi uma cruzada contínua, demorada, persistente. Em todas as edições do principal telejornal da Band, durante longos minutos, com todos os recursos de edição, depoimentos, documentos e aquela vozinha histérica, nasalada, tentando levantar os ânimos para derrotar Lula logo no primeiro turno. Paco, o linchador, era o âncora do telejornal e conseguiu ser ouvido por alguns veículos. IstoÉ, como sempre, viu na denúncia uma chance de ganhar alguns trocados e foi na onda. O Observatório da Imprensa protestou. Naquela fase, alguns artigos opinativos eram assinados coletivamente, "Os Observadores". A responsabilidade era obviamente do editor-responsável. Alguns leitores protestaram contra o Observatório. É sempre assim. Quando um delirante grita "Mata!", logo aparecem outros para berrar "Esfola!". Esta é a insana dinâmica das execuções sumárias e do paredón." (grifos nossos)
Hoje, o Presidente é Lula, do PT, e a oposição é o PSDB. Paulo Henrique Amorim, desde 2003, nunca mais tocou no assunto que tanto repisou em 1997 e 1998 - e continua sem solução satisfatória.
"PIG", né? Ok, então...
"PIG", né? Ok, então...
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