Uma boa forma de ler os comunicados dos ministros
e da presidente Dilma é interpretar tudo ao contrário. Se o
ministro disse que é frito, é porque é assado. Se prometeu que o
preço da gasolina não vai subir, corra encher o tanque. Se a
presidente diz que a inflação está controlada, espere por dois
dígitos no IPCA no fim do ano.
A estratégia sempre funciona. Em setembro de
2013, por exemplo, em resposta à capa da Economist sobre a
crise no Brasil, Dilma disse
no Twitter:
Eles estão desinformados. O
dólar estabilizou, a inflação está sob controle e
somos o único grande país com pleno emprego. Somos a terceira
economia que mais cresceu no mundo no segundo trimestre. Quem aposta
contra o Brasil, sempre perde.
Um ano depois, foi Guido Mantega quem recomendou
aos cidadãos confiar na força da moeda brasileira. “Vai
quebrar a cara quem apostar na alta do dólar”, disse o
então ministro da Fazenda.
A verdade era o contrário, é claro. Quem
investiu em dólar ganhou quase 25% nos últimos doze meses.
Interpretar ao contrário os comunicados do governo é uma
estratégia financeira simples e imbatível.
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