terça-feira, 17 de março de 2009

E lá se foi Clodovil


O deputado federal e estilista Clodovil Hernandes (PP-SP) morreu após sofrer uma parada cardíaca, ocorrida no momento em que a equipe se preparava para iniciar o processo de retirada de seus órgãos para transplante. Ele já havia sofrido uma parada na segunda-feira. A informação foi confirmada pelo hospital Santa Lúcia, em Brasília. Clo, para os íntimos, morre depois de ter sido encontrado ontem de manhã, em sua casa de Brasília, desacordado, vítima de um AVC. No hospital que o atendeu teve parada cardíaca. Estava em coma profundo e não resistiu. Melhor assim. Se sobrevivesse, talvez ficasse numa cama, vegetando. Acho que ele detestaria um fim assim. Do jeito que foi, Clodovil se despede em glória, com velório no Salão Negro da Câmara, por duas horas, esta noite. De lá vai para São Paulo, para ser velado na Assembléia Legislativa. O enterro será amanhã, em horário ainda não definido, no Cemitério do Morumbi. Sua última vitória tinha sido na quinta-feira passada, quando o TSE decidiu que sua saída do PTC, pelo qual se elegeu, se deu por justa causa. Mas o suplente de Clo na Câmara será Jairo Paes Lira, de seu antigo partido. Parece praga... Clodovil podia ser extremamente simpático e generoso, mas tinha muitos desafetos. Não tinha medo de nada, falava o que bem entendia e sabia ser cruel, como foi com a deputada que ele chamou de feia, que não dava nem para ser prostituta.Numa das várias reviravoltas de sua vida, depois de ficar algum tempo em ostracismo por ter saído brigado de uma das emissoras de TV, e ao começar de novo em nova casa, Clodovil era como uma fênix, que sempre conseguia renascer das cinzas. Ele tinha uma capacidade de se renovar, de se refazer, de se levantar de novo. Clodovil Hernandez era o tipo de pessoa difícil de se conviver. Mas que, por tudo o que foi, fez e criou, por tudo o que disse, brigou, viveu, pela persona pública que criou, vai fazer falta. De um jeito ou de outro, era sempre notícia.

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