segunda-feira, 5 de julho de 2010

O HORROR – ASSIM SE MATA NO IRÃ


Leiam isto, que está hoje no Globo Online:


Um ativista de direitos humanos iraniano alertou nesta segunda-feira que Sakineh Mohammadie Ashtiani, mãe de duas crianças, será apedrejada até a morte a qualquer momento, de acordo com a pena de morte dada por autoridades iranianas. Somente uma campanha internacional, feita para pressionar o regime de Teerã, pode salvar a sua vida, disse Mina Ahadi, chefe da Comissão Internacional Contra Apedrejamento e Pena de Morte.

Legalmente, está tudo acabado - disse Ahadi à CNN. - É um acordo fechado. Sakineh pode ser apedrejada a qualquer minuto. É por isso que decidimos iniciar um amplo movimento internacional. Só isso pode ajudar.”

Sakineh, de 42 anos, será enterrada até o peito, informou a Anistia Internacional, citando o código penal iraniano. As pedras lançadas contra a mulher serão grandes o suficiente para causar dor, mas não grandes para matá-la imediatamente.

A mulher, que é da cidade de Tabriz, foi condenada por adultério em 2006. Ela foi forçada a confessar depois de levar 99 chibatadas, afirmou o advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei. Em seguida, Sakineh retirou a confissão e negou o adultério. Sua condenação não foi baseada em provas, mas na determinação de três dos cinco juízes que participaram do julgamento. Desde então, já pediu perdão, mas os juízes não concederam clemência.

Mostafaei acredita que um impedimento de idioma impediu que sua cliente compreendesse os procedimentos da corte. Sakineh é descendente de azerbaidjano e fala turco, e não farsi. As circunstâncias do caso não fazem dela uma exceção, de acordo com a Anistia Internacional, que acompanha casos de pena de morte em todo o mundo.

A maioria dos condenados à morte por apedrejamento é mulher. Elas sofrem de forma desproporcional por tal punição”, afirmou o grupo de direitos humanos num relatório em 2008.

Na quarta-feira, a Anistia fez um novo pedido ao governo iraniano para suspender imediatamente todas as execuções. O grupo registrou 126 execuções no Irã do início do ano até o dia 6 de junho.

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