"Este livro é
mais do que uma autobiografia comum: descreve uma jornada intelectual
incomparável, que parte dos costumes tribais de uma infância na
Somália, passa pelo fundamentalismo severo da Arábia Saudita e
desemboca no Ocidente contemporâneo. Ao longo do caminho, Hirsi Ali
exibe o seu maior dom: o talento de relembrar, descrever e analisar
com honestidade o estado preciso de seus sentimentos em cada estágio
da jornada." - Anna Applebaum, Washington Post.
Em novembro de 2004, o
cineasta Theo van Gogh foi morto a tiros em Amsterdã por um
marroquino, que em seguida o degolou e lhe cravou no peito uma carta
em que anunciava sua próxima vítima: Ayaan Hirsi Ali, que fizera ao
lado de Theo o filme Submissão, sobre a situação da
mulher muçulmana. E assim essa jovem exilada somali, eleita deputada
do parlamento holandês e conhecida na Holanda por sua luta pelos
direitos da mulher muçulmana e por suas críticas ao fundamentalismo
islâmico, tornou-se famosa mundialmente. No ano seguinte, a revista
Time a incluiu entre as cem pessoas mais influentes do
mundo. Como foi possível para uma mulher nascida em um dos países
mais miseráveis e dilacerados da África chegar a essa notoriedade
no Ocidente?
Em Infiel, sua autobiografia precoce, Ayaan, aos 37 anos, narra a impressionante trajetória de sua vida, desde a infância tradicional muçulmana na Somália, até o despertar intelectual na Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente. É uma vida de horrores, marcada pela circuncisão feminina aos cinco anos de idade, surras freqüentes e brutais da mãe, e um espancamento por um pregador do Alcorão que lhe causou uma fratura do crânio. É também uma vida de exílios, pois seu pai, quase sempre ausente, era um importante opositor da ditadura de Siad Barré: a família fugiu para a Arábia Saudita, depois Etiópia, e fixou-se finalmente no Quênia.
Obrigada a freqüentar escolas em muitas línguas diferentes e a conviver com costumes que iam do rigor muçulmano da Arábia (onde as mulheres não saíam à rua sem a companhia de um homem) à mistura cultural do Quênia, a adolescente Ayaan chegou a aderir ao fundamentalismo islâmico como forma de manter sua identidade. Mas a guerra fratricida entre os clãs da Somália e a perspectiva de ser obrigada a casar com um desconhecido escolhido por seu pai, conforme uma tradição que ela questionava, mudaram sua vida e ela acabou fugindo e se exilando na Holanda. Ayaan descobre então os valores ocidentais iluministas da liberdade, igualdade e democracia liberal, e passa a adotar uma visão cada vez mais crítica do islamismo ortodoxo, concentrando-se especialmente na situação de opressão e violência contra a mulher na sociedade muçulmana.
"Infiel mostra que uma mulher decidida pode mudar muito mais do que sua própria história." - Christopher Hitchens, Sunday Times
Em Infiel, sua autobiografia precoce, Ayaan, aos 37 anos, narra a impressionante trajetória de sua vida, desde a infância tradicional muçulmana na Somália, até o despertar intelectual na Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente. É uma vida de horrores, marcada pela circuncisão feminina aos cinco anos de idade, surras freqüentes e brutais da mãe, e um espancamento por um pregador do Alcorão que lhe causou uma fratura do crânio. É também uma vida de exílios, pois seu pai, quase sempre ausente, era um importante opositor da ditadura de Siad Barré: a família fugiu para a Arábia Saudita, depois Etiópia, e fixou-se finalmente no Quênia.
Obrigada a freqüentar escolas em muitas línguas diferentes e a conviver com costumes que iam do rigor muçulmano da Arábia (onde as mulheres não saíam à rua sem a companhia de um homem) à mistura cultural do Quênia, a adolescente Ayaan chegou a aderir ao fundamentalismo islâmico como forma de manter sua identidade. Mas a guerra fratricida entre os clãs da Somália e a perspectiva de ser obrigada a casar com um desconhecido escolhido por seu pai, conforme uma tradição que ela questionava, mudaram sua vida e ela acabou fugindo e se exilando na Holanda. Ayaan descobre então os valores ocidentais iluministas da liberdade, igualdade e democracia liberal, e passa a adotar uma visão cada vez mais crítica do islamismo ortodoxo, concentrando-se especialmente na situação de opressão e violência contra a mulher na sociedade muçulmana.
"Infiel mostra que uma mulher decidida pode mudar muito mais do que sua própria história." - Christopher Hitchens, Sunday Times
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