terça-feira, 2 de setembro de 2014

Cavalo de Troia, a síndrome nefasta da falsa mudança


Por José Luiz Tejon

Mudar para mudar e nessa louca mudança comprar ilusões na forma de sonhos e de comodidades irrealizáveis no jogo secular das mentiras ilusionistas do povo. Num marco histórico havia um povo louco para mudar seu destino, e criar novas relações com um inimigo indesejável. A cidade que queria mudar tudo, chamava-se Troia, e os que prometiam mudanças, paz, comodidade, conforto, riqueza e alegrias eram os gregos.
Prepararam um lindo e majestoso presente, um lindo cavalo, um símbolo da promessa de tudo o que a maioria dos troianos queriam. Eles não desejavam lutar, perseverar, enfrentar as suas duras realidades. Ao acordarem de manhã, com o majestoso presente grego, ficaram tomados de esperanças. A grande maioria queria pegar o cavalo, aceitar o presente e obter uma vida tranquila e deliciosa. Uns poucos, de Troia, eram contra.
Tentavam alertar a maioria para o engodo, o engano. Mas nunca existirá engano superior ao poder do autoengano. Esses que eram contra receber o falso presente foram mortos e expulsos pelos demais, a gigantesca maioria troiana. Abriram os portões e receberam o presente. Quando o cavalo estava na praça central de suas fortificações, soldados saíram de seu ventre, escancararam as defesas de Troia e aniquilaram os inimigos.
Muito cuidado, líderes, e autolíderes. Prometemos mudanças, falamos de mudanças, como se essas palavras por si só tivessem o poder mágico de equacionar todos os nossos desejos, na sua grande maioria legítimos de esperanças, mas na quase totalidade falsos como sacrifícios para serem obtidos.
Agora nas eleições, quem mais está identificado com as tais mudanças, mais cresce nas intenções de votos.
Muito cuidado, cavalos de Troia existem, e sempre existiram.

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