domingo, 30 de maio de 2010

O encarte de O GLOBO e às agências de publicidade de Juiz de Fora


Hoje fui a banca de jornal comprar a Tribuna e o Diário Regional, o dono da banca me perguntou se eu não gostaria de levar também o jornal O Globo, que estava trazendo um encarte especial sobre os 160 anos de Juiz de Fora, comprei o jornal só de curiosidade para ver o tal encarte, pois raramente eu compro “O Globo”.
O encarte trouxe um especial sobre os 160 de Juiz de Fora, num total de 64 páginas. O que me deixou surpreso foi ver o quanto o jornal carioca conseguiu em publicidade aqui na cidade, às agências de publicidade adoram prestigiar o que é de fora, em detrimento do que é produzido em Juiz de Fora com qualidade, gerando empregos e impostos. O comercial de O Globo, vem à Juiz de Fora, entra em contato com as agências locais, e é tratado com total deferência, as agências nem descontos pedem para os seus clientes, pagam o preço de tabela sem questionar.
Agora quando uma revista produzida na cidade vai procurar uma agência, envia a proposta comercial, muitas delas nem resposta dão, ou quando dão, começa a choradeira, pedindo desconto ou querendo colocar preço no produto dos outros. Um absurdo. Falo isso em nome da minha revista, a Ponto de Vista, e tomo a liberdade para falar em nome das outras que são produzidas em Juiz de Fora, como a Em Voga, Pleased, Pauta Econômica e a mais nova no mercado, a revista Ecaderno.
Agora, quando você fecha um anúncio com o dono de uma empresa, e ele fala para entrar em contato com a agência que cuida da conta, para pegar a arte do anúncio, a agência tem a cara de pau de pedir os 20% de comissão, sem ter feito nada para merecer, para mim o nome disso épedágio” . Eu pago os 20% com o maior prazer quando a agência faz a intermediação da venda, mas quando eles não movem uma palha, não vejo o porque de pagar à comissão. Nessa última edição da Ponto de Vista aconteceu isso, um sem noção queria a comissão sem ter feito nada, mandou um e-mail para o meu gerente comercial, exigindo os 20%, mandei o meu gerente oferecer ao sujeito no máximo um vidro de óleo de peroba.
Mas culpa disso não é só das agências, a culpa é também de alguns empresários da cidade que acham bonito em anunciar no jornal “O Globo”.

Numa cidade com mais de 500 mil habitantes, o jornal não tem 1000 assinantes, acreditam nisso? E as vendas em bancas ficam atrás da Folha de São Paulo e O Tempo. Mas para às agências e alguns empresários de Juiz de Fora, anunciar em O Globo é bonito....
Faço mesmo a defesa da minha revista e das outras quatro que citei, pois vocês não sabem como é difícil produzir uma revista de qualidade em um mercado como o de Juiz de Fora, aí vem um jornal de fora e é recebido com todas as honras na cidade. Alguns setores da cidade têm que parar com esse pensamento de que tudo o que é de fora é melhor, temos muita coisa boa produzida aqui em Juiz de Fora que é muito melhor do que vem de fora. As agências tem que rever os seus conceitos, inclusive no atendimento tanto aos clientes como aos veículos de comunicação da cidade. Pois se não algumas dessas que se julgam “grandes agências” em um futuro não muito distante vão ser apenas lembranças, tipo assim: “ Lembra do fulano, dono daquela agência tal”..... “Lembro sim, quebrou né?Ô coitado.

3 comentários:

Unknown disse...

A mentalidade do pessoal de Juiz de Fora é sempre valorizar oque é de fora... nunca valorizam a própria cidade... tomara que algum dia eles passem a valorizar mais os nossos trabalhos..

muito bom o seu texto amigo..

Unknown disse...

Por essa cultura é que a cidade está estagnada. Não temos nada a comemorar de 160 anos !!

LÉO PEIXOTO PALESTRA disse...

Você colocou o dedo na ferida. Coragem de sua parte.
Pra colocar o novo PROGRAMA LÉO PEIXOTO no ar, traçei um plano alternativo, por já saber de tudo isso que descreve.
Porém, optei em num primeiro momento seguir paralelamente pra depois com o produto na vitrine, insistir com as agências locais.