segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Moda brasileira na China


Desde 2003, quando foi fundada, a Associação Brasileira de Estilistas (Abest) luta para abrir espaço para a moda brasileira nos Estados Unidos e na Europa. No ano passado, porém, a China entrou na lista de prioridades e tornou-se um dos mercados alvo da entidade. Em dezembro, ela fez a primeira missão prospectiva no país. "Queríamos saber qual o potencial de venda que a moda brasileira tinha naquele mercado", conta Roberto Davidowicz, vice-presidente. A equipe da Abest teve reuniões com "dois grandes players" do segmento de e-commerce - que é bem desenvolvido no país -, com investidores - elemento necessário, segundo o porta-voz, para a entrada nas grandes redes de varejo -, com jornalistas locais e com duas consultoras de marketing, uma das quais começa neste ano a trabalhar para a associação desde Pequim. Os encontros, continua Davidowicz, mostraram à Abest que ainda existe muito desconhecimento no país em relação ao Brasil. Ao contrário do que acontece em mercados "maduros", a China não conhece e não consegue identificar o estilo da moda feita no Brasil. Ela gosta de logotipos, de monogramas, de marcas conhecidas - como os brasileiros, aliás. "As marcas internacionais são nossas maiores concorrentes", pondera. Assim, a Abest começa o trabalho de divulgação na China já neste Carnaval, trazendo para o camarote da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) na Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro, o blogueiro do site de moda Jing Daily e um executivo da multimarca FEI Space. O investimento inicial de R$ 360 mil também inclui a participação da entidade em março, pela primeira vez, do ENK Mode Shanghai, principal salão de negócios de moda do país. Entre as marcas confirmadas no evento estão Cecilia Prado, Serpui Marie e Uqbar.

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