quinta-feira, 12 de maio de 2011

BICBANCOacelera crédito no primeiro trimestre


Por Aline Lima | Valor
12/05/2011

Por motivos sazonais, todo primeiro trimestre de ano, na comparação com oquarto trimestre, costuma ser mais fraco para os bancos no que tange a ofertade crédito. Mas o BICBANCO, instituição de médio porte especializada naconcessão de financiamentos a empresas também de médio porte, conseguiuapresentar forte expansão de sua carteira nesses primeiros três meses emrelação ao quarto trimestre de 2010, de 6,6%, para R$ 14,1 bilhões. Nacomparação com o primeiro trimestre de 2010, o avanço foi de 33,1%.
O lucro líquido alcançou R$ 81,9 milhões no primeiro trimestre, crescimento de2,1% ante igual período de 2010 e de 17,5% na comparação com o quarto trimestredo ano passado. O retorno sobre o patrimônio líquido médio melhorou, passandode 15,1%, em dezembro, para 17,6%, em março, mas ainda é inferior aos 19,3% demarço de 2010.
Uma das explicações talvez esteja na linha de despesas de pessoal eadministrativa, que em 12 meses subiram 34,6%, para R$ 82,2 milhões. Alémdisso, a margem financeira líquida, de 8,0%, ficou praticamente estacionada emrelação ao trimestre anterior (7,9%), mas recuou 0,8 ponto percentual nacomparação com o primeiro trimestre de 2010.
"Constitui exceção ao quadro positivo o percentual da margem financeiralíquida, cujo aparente borboleteio contrapõe-se acintosamente ao esforço deestabelecer-lhe uma rota previsível e constante", escreveu na demonstraçãode resultado o vice-presidente de operações do banco, Milto Bardini. "Emque pese a independência de algumas das variáveis que o formam, em particular onível de caixa recomendado pelas circunstâncias de mercado, não haveria razõespara que ele não se aproximasse, na média anual, do nível previsto."
Em julho, começa a operar a BrasilFactors, "factoring" que o BICBANCO está criando em sociedade com o FIMBank (banco europeu com sede em Malta) e a International Finance Corporation (IFC). A atuação será um pouco diferente dasdemais empresas do setor em atividade no país, explica Bardini. Além deutilizar apólices de seguro de crédito nas concessões, o foco da operaçãoestará no cedente das duplicatas (empresa cliente que compra a mercadoria), enão no sacado (fornecedor da mercadoria).
"A ideia é comprar fluxos anuais de faturamento de pequenasempresas", diz Bardini. "Não estamos inovando em nada, mas apenasreplicando um modelo de negócios que existe em vários países do hemisférionorte." Num primeiro momento, porém, os impactos dessa nova operação nãoserão sentidos nos balanços dos próximos trimestres, nem em termos de aporte -o capital inicial da factoring será de apenas US$ 10 milhões, divididoproporcionalmente entre os três sócios -, nem em termos de receita. A projeção,aliás, é que o equilíbrio financeiro da BrasilFactors seja alcançado no segundoano de funcionamento e, resultados positivos, a partir do terceiro ano.
Em compensação, os nove pontos de venda abertos pelo BICBANCO em 2010 atingiramo equilíbrio financeiro nesse primeiro trimestre, enquanto a Sul Financeira passou a trabalhar com lucro operacional.

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