“Em 2010, foi tudo pela Dilma. Agora, é tudo pelo PT”. Para a presidente Dilma Rousseff, o que Ruy Facão falou de largada, já investido do cargo de presidente nacional do PT, soou, de alguma maneira, como uma declaração de guerra. A Chefe do Governo não suporta Falcão, foi obrigada a engoli-lo em substituição a José Eduardo Dutra (e em cima da hora, sem nenhuma chance de contra-ofensiva), não fala com ele desde que foi afastado da campanha de 2010 pelo episódio de compra de dossiê contra familiares de José Serra e sabe que Falcão vai lhe incomodar. O PT não quer apenas mais cargos, quer também participar do núcleo principal do governo – e, supostamente, governar junto. E com Dilma, essa possibilidade (remota) não existe. Por ela, Ruy Falcão nem pisa em seu gabinete.
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