segunda-feira, 4 de março de 2013

Banqueiros brasileiros perdem espaço no ranking da Forbes

Com exceção de Joseph Safra e André Esteves, todos os bilionários do setor bancário perderam posições na lista dos mais ricos - e alguns, inclusive, perderam bilhões
A revista Forbes divulgou nesta segunda-feira o ranking das maiores fortunas do mundo - aquelas que, de acordo com a metodologia da publicação, ultrapassam 1 bilhão de dólares. A queda colossal do patrimônio do empresário Eike Batista foi um dos destaques entre a participação brasileira. Mas Eike não foi o único a amargar queda no ranking. Entre os banqueiros, apenas Joseph Safra, do banco Safra, e André Esteves, do BTG Pactual, subiram degraus. Suas fortunas passaram de 13,8 bilhões de dólares e 3 bilhões de dólares, respectivamente, para 15,9 bilhões de dólares e 4 bilhões de dólares e houve avanço de posições no ranking. Já as famílias Villela e Aguiar, dos bancos Itaú e Bradesco, respectivamente, perderam posições na lista. E os Moreira Salles, também acionistas do Itaú, desapareceram do ranking.
Alfredo Egydio Villela Filho, presidente do grupo Itaúsa (holding controladora de Itaú Unibanco, Duratex e Itautec), e sua irmã, Ana Lúcia Villela, viram suas fortunas despencarem 2 bilhões de dólares devido a um erro de cálculo da Forbes, que havia avaliado de maneira incorreta o patrimônio de ambos em 2011, segundo nota da própria publicação. Os irmãos Moreira Salles (João, Fernando, Pedro e Walter), acionistas do Itaú Unibanco depois que o banco da família, o Unibanco, se fundiu ao conglomerado da família Setubal-Villela, figuravam entre os 20 brasileiros mais ricos na lista publicada no início de 2012, mas foram descartados desta edição por não terem mais, individualmente, fortuna superior a 1 bilhão de dólares, segundo dados coletados pela publicação.
As irmãs Lia e Lina Aguiar, filhas adotivas do fundador do Bradesco, Amador Aguiar, tiveram um aumento relativo em suas fortunas, que passaram de 1,1 bilhão de dólares e 1,4 bilhão de dólares, respectivamente, para 1,3 bilhão de dólares e 1,6 bilhão de dólares. Porém, perderam classificação no ranking: Lia passou de 1075º para 1107º lugar, enquanto Lina recuou de 913º para 931º lugar.
Já o banqueiro Aloysio de Andrade Faria, que vendeu a maior parte de suas ações no banco Real para o ABN Amro em 1998 e criou o banco Alfa, teve seu patrimônio avaliado em 3,8 bilhões de dólares na lista atual, ante 4,2 bilhões de dólares no ano anterior. A publicação não cita a causa da queda da fortuna do empresário. Apenas relata que ele está aposentado e vive em sua fazenda em meio a livros e cavalos puro-sangue. No ano passado, Faria foi listado pela Forbes como o 8º mais rico do país. Atualmente, é o 15º - e o 353º mais rico do mundo.
Um dos destaques entre as quedas da lista é a matriarca Dorothea Steinbruck, que saiu da posição de mulher mais rica do país, no ano passado, para o 45º lugar entre as fortunas brasileiras. Segundo a Forbes, a queda ocorreu porque a publicação costumava listar o patrimônio da família Steinbruck - mas agora, decidiu utilizar apenas a fortuna pessoal da mãe do executivo Benjamin Steinbruck, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional.
Dorothea perdeu o posto de mulher mais rica do país para Dirce Navarro de Camargo Penteado, viúva de Sebastião Camargo, fundador do grupo Camargo Correa. Avessa a aparições sociais, a matriarca jamais havia sido listada pela Forbes. Sua idade é desconhecida até mesmo pela publicação que produziu a lista. A fortuna de Dirce e suas três filhas, Rosana, Regina e Renata, soma 11,5 bilhões de dólares.
 

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