O Grupo Águia Branca e a Itapemirim - parecem dispostas a ignorar as
hostilidades do passado e seguir numa só direção. Por uma só direção,
entenda-se a fusão de dois dos maiores conglomerados de
companhias de ônibus do país, que transportam por ano cerca de 15
milhões de pessoas. A associação daria origem a uma empresa
responsável pela venda de aproximadamente 12% de todas as passagens
interestaduais comercializadas no país e com uma receita anual perto
de R$ 3 bilhões - o valor contabiliza apenas a unidade de transporte
rodoviário da Águia Branca, que corresponde a 20% do faturamento do
grupo (R$ 4 bilhões em 2013). Ao volante deste comboio estão o nonagenário Camilo Cola, fundador da
Itapemirim, e Nilton Carlos Chieppe, presidente e um dos principais
acionistas da Águia Branca. Chieppe vislumbra na parceria um movimento estratégico capaz de revigorar sua operação de transporte de passageiros, que, ano a ano, tem participação cada vez menor no faturamento do Grupo Águia Branca. O nonagenário Camilo Cola é quem tem as maiores - e mais dolorosas - motivações para
fechar o negócio. A operação seria uma porta de saída para o
inflamável contencioso familiar e o impasse sucessório que pesam
sobre os ombros do empresário e colocam em dúvida o próprio futuro da
Itapemirim. O imbróglio consanguíneo teve início em 2008, com a morte
de Ignez Cola, mulher de Camilo. Desde então, sua filha, Ana Maria
Cola, briga na Justiça contra o pai e, por tabela, com o irmão, Camilo
Filho.
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