sábado, 6 de novembro de 2010

Abilio Diniz futuro ministro?



Um velho conhecido do empresariado  brasileiro pode fazer parte do futuro governo, da presidenta eleita Dilma Rousseff. Trata-se de Abilio Diniz, sócio do Grupo Pão de Açúcar, apontado como eventual futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Aos 73 anos de idade, ele tem as credenciais necessárias para isso. Primeiro porque tem afinidade com a nova presidente. Segundo porque é extremamente preparado. Na semana passada, logo depois da eleição, ele escreveu uma carta para seus funcionários elogiando a nova presidente.

Essa não é a primeira vez que um homem da iniciativa privada assume o ministério. Alcides Tápias, ex-presidente da Febraban, esteve no posto durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Luiz Fernando Furlan, copresidente do conselho da Brasil Foods, assumiu a pasta no primeiro governo Lula.

Essa também não é a primeira vez que Abilio pode trabalhar no governo. Entre 1979 e 1989, ele foi membro do Conselho Monetário Nacional, convidado pelo ex-ministro Mário Henrique Simonsen (1935-1997). O dono do Pão de Açúcar só deixou a vida pública porque havia se afastado dos negócios – o que quase levou a companhia à bancarrota.

Agora, os tempos são outros. Em 2002, último ano do governo FHC, o Grupo Pão de Açúcar tinha 500 lojas, 58 mil funcionários e um faturamento de R$ 11,1 bilhões. Em 2010, o grupo deverá fechar com faturamento superior a R$ 40 bilhões, mais de 1,5 mil lojas e 145 mil funcionários.

De acordo com a revista Forbes, que lista os homens mais ricos do mundo, em 2009, Abilio ocupava a 468ª posição, com uma fortuna de US$ 1,5 bilhão. Neste ano, ele subiu para o 316º lugar, com US$ 3 bilhões. Hoje, Abilio tem condições de se dedicar a um trabalho no futuro governo.

Na semana passada, logo depois da eleição, ele escreveu uma carta para seus funcionários elogiando a nova presidente

A diferença entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões é apenas numérica. Há um momento em que o dinheiro deixa de ser o maior objetivo (perdão, Eike Batista).

Desejo muito sucesso a Dilma. De minha parte, continuarei trabalhando firme para ajudar na tarefa de construir um Brasil melhor, mais humano e solidário. Continuarei fazendo aquilo que acredito ser a maior contribuição de um empresário comprometido com o seu País e com o social: crescer sustentavelmente, gerar empregos e contribuir com o aumento e distribuição de renda.”

Quem sabe, ele possa fazer tudo isso do outro lado do balcão.

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