Impressionante a foto publicada em setembro de 2012 no site especial do
programa da Nasa.Vista do espaço, a Coreia do Norte se torna um fantasma mergulhado
na escuridão, onde é possível apenas vislumbrar um pequeno foco de luz vindo da
capital, Pyongyang, centro do regime. Em contraste, a Coreia do Sul aparece
plenamente iluminada. Só na capital falta
energia três vezes por semana, por muitas horas. Dá para imaginar ficar sem
energia num inverno de 20 graus negativos? O país não tem acesso à internet. A
Coreia do Norte tem sua versão da rede, mas restrita a funcionários do governo
e estudantes destacados. Até o início do ano era proibido entrar com celulares
no pais e turistas deixavam seus aparelhos no aeroporto. Sem o poder econômico chinês
para censurar a rede, o país censura aparelhos que possibilitam a conexão. Mas
nem pense em fazer ligações para fora do país: a rede telefônica não permite
nem mesmo que os funcionários da Air Koryo, empresa aérea controlada pelo
governo, possam fazer ligações internacionais nem quando é o caso de contatar
as sucursais da empresa em países vizinhos como China e Rússia. A comunicação
internacional, em casos como este, é resolvida através de uma tecnologia que,
no Ocidente, já morreu e só falta ser enterrada — o fax. Certamente esperamos o
dia em que esse governo cairá e todos esses coreanos desfrutem do mundo real
sem terem que ser obrigados a colocarem retratos de seus líderes nos prédios. Coreia do Norte: única dinastia comunista da
história, o país mais desconectado da internet — da realidade — e do mundo.
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