terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Trem-bala só depois das Olimpíadas

Quem imaginava viajar de São Paulo em trem de alta velocidade para assistir aos Jogos Olímpicos no Rio em 2016, vai ficar frustrado. A ligação completa entre Rio e São Paulo pelo trem-bala não deve ficar pronta a tempo.Se tudo correr no prazo previsto, as obras deverão durar cinco anos.

2 comentários:

Oberdan Leite disse...

Impressionante mesmo foi a covardia dos militares, até hoje é!Cadê o Stuart Angel e outros ativistas de esquerdas mortos pela Ditadura? Quantas pessoas esses militares listados mataram, você tem essa relação? Deixa de ser hipócrita. Aqueles militares defasados da Adesg dizem que nunca existiu ditadura no Brasil, e você concorda com isso? Não faça média. Encare a história! Ou você acha que morreram mais militares que civis durante os mais de 20 anos de DITADURA? Você é um brincalhão!

William Xavier de Carvalho disse...

Eu não lembrei os homicídios praticados pelas esquerdas porque pretendo demonstrar que a tortura e os assassinatos, ao arrepio da lei, tinham razão de ser. Aquelas pessoas que, uma vez presas, foram torturadas ou mortas em dependências do estado ou por agentes a seu serviço têm mesmo de ser indenizadas - ou suas respectivas famílias. Ainda que fossem terroristas, ainda que fossem bandidas. Sob a guarda do estado, passam a ter direito ao devido processo legal - ainda que a legalidade um estado de exceção. Já quem morreu lutando, de arma na mão, fez uma escolha.
A indenização deveria ser encarada como ofensa.
Mas isso nada tem a ver com a Lei da Anistia e sua revisão. O perdão a ambos os lados foi uma escolha política, não uma opção por justiça. Quem não entende isso não sabe o que é anistia e não sabe o que é justiça. Até porque, tivesse o país escolhido fazer justiça em vez de fazer política, forçoso teria sido punir criminosos dos dois lados. E, em vez de pacificação, teria havido novo confronto. Com um detalhe: teria prevalecido o mais forte - no caso, os militares, titulares das armas. A conversa de que a Abertura era inevitável é coisa de idealista do miolo mole ou de historiador vigarista. A abertura foi uma escolha e uma construção do regime militar e da oposição de então. Querer, 30 anos depois, jogar no lixo aquele desenho é coisa do bolchevismo adormecido que resolve dar um último espasmo de vida para cuspir.

Publico, sim, a lista dessas pessoas que as esquerdas mataram porque se trata de um fato. E a imprensa não tem de temer os fatos. “E as vítimas da ditadura”? Ora, há 30 anos não se fala de outra coisa. Não há qualquer tentativa de esconder a história. Ao contrário até: notórios assassinos, como Carlos Lamarca e Carlos Marighella, foram transformados em heróis, e suas famílias, indenizadas. Os mortos sem sepultura histórica, submetidos ao processo de apagamento, são os outros; são aqueles que as esquerdas mataram. A imprensa os ignora; os livros didáticos os ignoram; os partidos políticos os ignoram. Tornaram-se, com o tempo, “não-pessoas”.

Freqüentemente, esse apagamento é fruto da ideologia mesmo. Os esquerdistas da imprensa e da academia entendem que os “mortos da direita” certamente foram vitimados por bons motivos. E há também a covardia: o receio de que a lembrança de que houve vítimas do lado de lá se confunda com a defesa da tortura e dos assassinatos extrajudiciais. Com receio de ser “mal interpretado”, o sujeito renuncia à sua obrigação, omite os fatos e permite que prosperem a farsa e a mistificação. Bem, eu não tenho receio nenhum. E estou pouco me importando para o que dizem porque as coisas que escrevo escritas estão. Repudio a tortura, a pena de morte, as execuções extrajudiciais. Mas eu as repudiou de um lado e de outro.Pra cima de mim? Não mesmo! Assaltaram, mataram, torturaram, executaram pessoas em simulacros de julgamentos feitos por seus próprios facínoras. Não são moralmente superiores àqueles que pretendem transformar em modelos de algoz. Estão todos no mesmo lixo moral, com a diferença de que os “companheiros” diziam querer construir um novo homem, e isso os coloca um tantinho abaixo no reino animal.