O empresário Mario Garnero, presidente do Grupo Brasilinvest, primeiro merchant bank do Brasil, afirmou que os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) serão "o dínamo do crescimento econômico mundial nos próximos 10 anos". Ele falou para uma audiência de 500 líderes empresariais e políticos durante o Fórum Rússia 2011, organizado pelo Troika Diologue no World Trade Center de Moscou, nesta quarta-feira (2 de fevereiro de 2011) .
A conferência de Garnero foi precedida por palestras do ex-secretário do Tesouro dos EUA e chefe Econômico da Casa Branca no governo Barack Obama, Lawrence Summers, e do Prêmio Nobel em Economia, Joseph Stiglitz.
Ao analisar o crescimento de cada país do BRIC, Garnero disse que a China segue estratégia comercial bem definida há mais de três décadas. "A China continuará como potência industrial do mundo por muitos anos, porém focada nos mercados de exportação, deixando seu mercado interno para trás", sugeriu.
O presidente do Brasilinvest também salientou as vantagens competitivas da Índia como a mão-de-obra barata e a adição de valor no setor têxtil, outsourcing e TI. Elogiou a Rússia por sua grande comunidade científica e apontou que a recuperação da economia européia será bastante benéfica para Moscou. Além disso, apelou para a necessidade de se estabelecer maior intercâmbio de negócios entre Rússia e Brasil, cujo potencial é enorme.
Segundo Garnero, a presidenta Dilma Rousseff "está convencida da necessidade das reformas trabalhistas, previdenciária e fiscal, pelas quais está trabalhando com afinco".
Para os próximos cinco anos, o Grupo Brasilinvest atrairá recursos externos para a expansão da infraestrutura no Brasil e a realização de megaeventos esportivos, como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. "Também vamos contribuir com grandes projetos imobiliários no hub econômico de Campinas (Estado de São Paulo) e na renovação da área portuária do Rio de Janeiro", acrescentou.
Garnero asseverou que a posição do Brasil na economia global será resultado da sua competitividade na agricultura, mineração, extração de petróleo offshore, biocombustíveis, aviões e conglomerados bancários. "No Brasilinvest, também procuraremos novas tecnologias que possam auxiliar no desenvolvimento das indústrias de energia e TI, áreas prioritárias para nós" concluiu.
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