quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Brasil registra segunda maior alta em imóveis residenciais entre 23 países

  • Levantamento da The Economist mostra que preços em 2013 aumentaram 12,8%. Em 1º lugar está os EUA, com variação de 13,6%

RIO — Os preços dos imóveis residenciais no Brasil aumentaram 12,8% em 2013, a segunda maior variação entre 23 países pesquisados pela revista britânica The Economist, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que tiveram alta de 13,6% no período. O estudo da revista apresenta dados semelhantes aos divulgados esta semana pelo Índice FipeZap, que apontou um crescimento de 12,7% na pesquisa de sete capitais, e de 13,7%, na análise de 16 cidades.
A publicação destaca que o Brasil, que abriga a Copa do Mundo em junho, vive um boom imobiliário, e que no Rio, onde ainda acontecerá as Olimpíadas de 2016, os preços triplicaram desde 2008. Do total de países analisados, 18 tiveram aumento, sendo que no ano anterior foram 12.

Indícios de bolha na China e Índia

Já a China, liderada por um desenvolvimento excessivo e baixa ocupação, poderia enfrentar uma bolha imobiliária, afirma a revista. De acordo com o índice da Economist, com base em dados oficiais de 70 cidades chinesas, os preços aumentaram 8,7 % no ano até novembro de 2013. E a Índia pode seguir o mesmo caminho, pois os preços em 15 cidades aumentaram 7% no terceiro trimestre de 2013.
Nos Estados Unidos, onde foi registrada a maior alta, os preços das casas subiram 24% desde março de 2012, mas, ainda assim, estão 20% abaixo do pico registrado em abril de 2006. Ao todo, as propriedades americanas estão desfrutando de uma recuperação, mas não há uma bolha, diz a revista. O Canadá, entretanto, parece ter sido bem-sucedido em seu mercado, pois a inflação dos preços de imóveis residenciais baixou 3,4%.

Preços das casas caíram em países da Europa

Na Europa, os preços das casas caíram entre 1,5% e 5,9%. De todos os pesquisados, França, Espanha, Itália e Holanda tiveram queda nos preços dos imóveis — Japão foi o único lugar fora da região em que os preços recuaram. Porém, na Irlanda, o mercado chegou ao seu limite depois de reduzir o índice pela metade ao longo de seis anos. Os preços na Alemanha estão subindo no ritmo mais rápido desde a sua reunificação, embora a habitação ainda esteja desvalorizada.
Na Grã-Bretanha, os preços tiveram o maior aumento de taxa nos últimos três anos, alimentando os temores de uma bolha imobiliária, particularmente em Londres, onde os valores aumentaram em 12%. Entretanto, avaliando pela supervalorização dos preços das casas em contraponto com os aluguéis e rendas, a Grã-Bretanha não sofreu um impacto na habitação na escala dos Estados Unidos, em grande parte porque a oferta é pequena. Além disso, o governo britânico tem desfeito metas de construção de casas desde 2010, entre outras medidas.
FONTE: Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

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