segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Os mitos da pobreza, segundo Bill e Melinda Gates

Por Bill e Melinda Gates | The Wall Street Journal

Com base em quase qualquer indicador, o mundo está melhor agora do que jamais esteve antes. Os níveis de pobreza extrema foram reduzidos pela metade nos últimos 25 anos, a mortalidade infantil está em queda e muitos países que por um longo tempo dependeram da ajuda externa são hoje autossuficientes.
Então, por que tantas pessoas parecem pensar que a situação global está piorando? Grande parte do motivo é que muitos se agarram a três mitos altamente prejudiciais sobre a pobreza e o desenvolvimento global. Não se deixe levar por eles.
O primeiro mito é que os países pobres estão condenados a permanecerem pobres.
Em nossas vidas, a imagem global de pobreza foi completamente redesenhada. A renda per capta na Turquia e no Chile é similar à dos EUA em 1960. A Malásia está quase lá e o Gabão também. Desde 1960, a renda real per capta da China se multiplicou por oito; a da Índia quadruplicou; a do Brasil quase quintuplicou. E o minúsculo Botsuana, com uma gestão perspicaz de seus recursos minerais, viu a renda per capta real se multiplicar por 30. Uma nova classe de países de renda média que mal existia 50 anos atrás agora inclui mais da metade da população do mundo.
E isso é verdade mesmo na África. A renda anual per capta na África subiu 33% desde 1998, de pouco mais de US$ 1.300 para quase US$ 2.200 hoje. Sete das dez economias que mais cresceram nos últimos cinco anos estão na África.
Nossa previsão é a seguinte: até 2035, não haverá quase nenhum país pobre no mundo.

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